O fim daquela rotina cansativa era sempre a melhor parte do dia. Em poucos minutos os nomes das candidatas que conseguiram passar estariam sendo anunciados em todos os veículos de informações, principalmente na rádio.
ー Está ansiosa, filha? ー Luana senta no sofá ao lado da filha, estava com um vestido velho de ficar em casa mesmo. Seu sorriso gentil escondia uma ganância fora do normal, e Kalinda sabia disso.
ー Não. As chances de eu passar são mínimas. ー Respondeu ela com um fio de voz, abraçou as pernas e apoiou o queixo sobre os joelhos.
ー Não diga asneiras! ー Repreendeu com um tabefe, a jovem olhou com uma expressão confusa e desatenta.
As notificações chegavam aos montes. Gael já não aguentava mais o celular de Kally tocando a cada segundo. Desde que acordou, a morena não olhava suas notificações. Não podia mesmo se quisesse, seu chefe não a deixaria. O horário proporciona mais calmaria, isto é, se a mera presença um do outro não os irrita sem.ー Mas que merda. ー Disse o gerente batendo os punhos no balcão. Não tinha cliente, apenas ele e a garota, e aquela zuada infernal.ー Eu posso colocar no silencioso… ー Propôs ela. Era cedo demais para criar mais uma briga com ele, era mais sensato conversar.ー Certo, mas nada de ficar lendo tabloides de fofoca. ー Alertou o moreno. Seus fios grossos estavam caindo sobre seus
O breu da noite já avisava que era hora de ir dormir. Kally estava mexendo em seu Instagram, era estranho para ela ter esse tanto de seguidores que vinha ganhando desde que foi anunciado o seu nome em todos os veículos de notícias. O seu direct estava tumultuado, várias mensagens de pessoas que nunca viu na vida, não conseguiria respondê-los mesmo se quisesse, eram muitos.Um barulho de coisa caindo prendeu sua atenção, deixou o celular de lado e foi até a janela do corredor entre sala e cozinha, olhando o lado de fora da casa, viu seu pai se levantando de um arbusto ao qual havia caído, e saiu correndo em direção ao seu carro caindo aos pedaços.ー Pai? ー Murmurou fazendo uma careta confusa. "Onde o senhor vai?" pensou a morena. Era inaceitável, um ultraje, uma audácia sem tamanho.Guilherme respirava profundamente sentado à mesa, na sala de reuniões. Seus trajes eram um terno preto e gravata vermelha. Sua impaciência e irritabilidade estavam evidentemente afloradas. Tinha uma postura desleixada e repousava seus pés sobre a mesa.A rainha abriu as portas rapidamente o pegando de surpresa. O coração dele parece ter errado uma batida pelo susto tomado. A cara da rainha não era nada boa, foi logo ao ponto sem se sentar:ー Sua forma imprudente, desleixada e vergonhosa poderia levar o reino a uma crise. Sabe que um a um, os reinos estão adotando outros tipos de governos, não vou deixar que isso aconteça eCapítulo 11 - Crianças que Comem Doce Escondido dos Pais.
Kalinda teve uma rotina cansativa nesse dia ensolarado de segunda-feira. Sempre que tentava se concentrar em algo, um flash de memória vinha a sua mente. Às vezes eram imagens lindas e atraentes de seu tão amado homem misterioso. E outras sobre a conversa estranha entre ela, Will e a encantadora Isobel.Ela estava usando uma redinha para prender o cabelo, sua fada habitual e um avental preto. Estava tão distraída com lembranças do seu galante amigo, que acabou por deixar uma taça escapar de suas mãos e cair no chão virando nada mais que cacos de vidro.Flashback:"ー Ah é, tinha esquecido de te contar! Eu trabalho no palácio como motorista particular do Príncipe. ー Will desconversou
O cantarolar dos pássaros anunciava que era hora de acordar, ao menos para os pais de Kally, pois a mesma estava desempregada. A conversa entre ela e seus pais foi mais leve e tranquila do que ela imaginaria ser. Eles aceitaram, contanto que ela arrumasse outro com rapidez.Kalinds despertou cedo e não sabia o porquê, o cheiro de cafeína paira no ar e a brisa leve e fria de manhã, ela logo vai escovar a boca e tomar banho. Ao sair da pequena lata de sardinhas vulgo o banheiro ela se deita no sofá que nem se parecia com tal móvel. Destravou seu celular entrando em seu instagram, ela não sabia se ria ou se sentia lisonjeada por ter milhares de likes na foto do seu falecido pato Leôncio.Assim que abriu a aba de mensagens quase teve um ataque cardíaco. O programa
A estrada de terra até o haras do Duque Guilherme estava deserta. Grande parte do pedaço de terra era cercado por uma floresta quase sem fim. Em determinado momento o carro preto havia parado, próximo a um estreito caminho cercado por bananeiras diversas. O entardecer já dava lugar ao anoitecer.O motorista fardado adentrou a vegetação para que segundo ele, era o chamado da natureza. Um disparo foi ouvido pelo duque que aguardava o homem ao lado do carro. Seu coração disparou ao ver um homem de capuz negro com apenas olhos azuis sombrios amostra. O homem misterioso apontou a arma para ele, a única coisa a qual o duque foi capaz de fazer foi se apegar a todos os deuses que pudessem o escutar.ー Chegou sua hora. ー A voz do homem saiu fria assim como sua alma. El
Uma chuva grossa se acomodou no céu antes límpido, agora molhando toda extensão de terra seca. O reino estava de luto pela morte honrosa que seu duque havia tido.A rainha não quis que os súditos soubessem que tudo na verdade se tratou de um assasinato, e pior, a seu mando. Uma história fantasiosa e heróica foi inventada por toda família real, a qual preferiu lembrar-se de Guilherme da melhor maneira possível.O clima no palácio estava tenso, chegava a ser quase palpável. O silêncio aterrorizante predominava em todos os corredores da construção.A única que ousava quebrar o silêncio fora a rainha, a qual se deleitava no maior dos prazeres da carne. Seus gemidos escandalosos e
O seu coração estava a mil. Suas mãos suavam excessivamente. Seu reflexo de frente ao espelho contornado com diversas lâmpadas estava imponente. Seu semblante estava calmo, apesar da confusão que predominava não somente em seu coração mas, também alma e mente.ー Senhorita Forbes... ー A mulher de roupas pretas e prancheta em mãos, entrou no seu camarim. ー, Entrará em cinco minutos.A garota assentiu com a cabeça. Seus cachos eram frutos do trabalho incrível das cabeleireiras do programa, tendo o babyliss como fiel complice.Um contorno lindíssimo e natural estava nas laterais de seu rosto. Suas bochechas pareciam coradas pela maquiagem bem feita, era simples, e ainda sim belo. O sombreamento de seus olhos combinavam com a cor sangue de seu vestido. Tinha também o tão famoso delineado de gatinho. Os sírios eram grandes o bastante para não precisar de postiços.Bateram em sua porta e