- Dia 37

Ser eu é uma tarefa difícil. Às vezes penso, sem comicidade, que devo ter nascido estragada. Viver tudo o que tenho vivido não deve ser normal. Mas aí entra o que a outra parte de mim responde: existe em mim uma programação para alterar sempre o que não está bom, então talvez eu não seja errada em estar vivendo tudo isso, eu só esteja em um processo de atualização, de aperfeiçoamento. Isso pode ser doloroso, mas não precisa ser ruim.

Eu sinceramente não vejo um motivo pra continuar viva. As pessoas dizem que tudo vai melhorar, que isso é uma fase, que eu sou forte e tenho um futuro brilhante pela frente e eu não duvido. Mas toda essa ladainha não faz jorrar da fonte da minha existência essa vontade de viver. Eu tenho estado hipersensível às frustrações e isso significa trazer à mente as informações pesquisadas em outras oportunidades resumidas em formas indolores e rápidas de suicídio. Estou sendo curta e grossa? Estou sendo real. Falando como a ansiedade me faz sentir. É assi

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