Embora Emerson não fosse o favorito na família Carmo, seu passado era inegavelmente distinto. Como todas as pessoas em seu círculo social eram astutas, ninguém ousava ser excessivamente audacioso em sua presença. De maneira casual, Emerson passou o braço pela cintura de Sabrina enquanto se sentava ao seu lado e pediu para ela um copo de água com limão.Álvaro, sentado ao lado de Emerson, observou o gesto e arqueou uma sobrancelha, lançando um olhar significativo para Fabiano, que bebia em silêncio. O espaço reservado era amplo, capaz de acomodar muitas pessoas. Cerca de dez amigos estavam presentes naquele dia, embora outros não pudessem comparecer.Tomando um pequeno gole de sua água com limão, Sabrina foi imediatamente questionada por Daniel Vieira, sentado diagonalmente à sua frente:— Ei, Sabrina, como você pode beber água com limão? Hoje você deveria estar bebendo álcool.Os olhos de Emerson se estreitaram levemente:— Sabrina está machucada, não pode beber álcool.Daniel olhou
Daniel e Salvador aproveitaram a oportunidade para provocar Álvaro:— Álvaro, você não vai intervir? Ele acabou de se casar com sua Sabrina.Álvaro, com um sorriso no canto dos lábios e uma expressão raramente gentil no rosto decidido, respondeu:— Ela já é adulta, não posso a controlar. É melhor deixar ela decidir.Salvador e Daniel riram alto juntos. Aproveitando a distração, Sabrina beliscou a cintura de Álvaro."O que está dizendo, Álvaro?""Nada sério!"Eles permaneceram no Bar Céu Estrelado até o fechamento. Sabrina estava ajudando Emerson a caminhar com dificuldade, mas Álvaro não suportava mais ver e tomou a iniciativa:— Deixe que eu ajude, parece que você está com dificuldade.Sabrina lançou a ele um olhar irritado. Fabiano tinha uma boa capacidade de beber, então não estava bêbado. Apesar de ter bebido muito naquela noite, apenas estava um pouco confuso.Ele seguiu Sabrina e, vendo que ela estava sozinha e sob o efeito do álcool, correu para abraçá-la por trás.Assim que
Salvador e Daniel olhavam para Álvaro:— Álvaro, você realmente concorda com o casamento da Sabrina com ele?Álvaro deu de ombros, exibindo uma expressão de resignação:— A certidão de casamento já foi emitida, o que posso fazer? Além disso... — Acrescentou Álvaro, sorrindo levemente. — O Emerson é um bom cara. Pelo menos, ele combina bem com minha irmã.Salvador e Daniel trocaram olhares, visivelmente surpresos.Após ter bebido naquela noite, Salvador chamou um motorista de aplicativo para voltar para casa. Encostado no banco traseiro do carro, ele tirou o celular do bolso, acessou o WhatsApp, entrou na conversa fixada no topo e enviou uma mensagem:[Ele é um cara legal.]Após enviar a mensagem, como esperado, não houve resposta. Mas ele não se importou, puxou levemente o canto dos lábios e se recostou no assento para descansar um pouco.Ao chegar em casa, abriu a porta e imediatamente viu sua irmã, Isabelly, sentada no sofá.— Você ainda não foi dormir?Salvador esfregou as têmpora
Emerson segurava Sabrina pela cintura com uma mão, enquanto com a outra pressionava sua cabeça contra a sua, se abaixando para capturar seus lábios. No momento em que seus lábios frios tocaram os dela, quentes, foi como se uma corrente elétrica percorresse seu corpo de pé a cabeça. Nesse instante, Emerson finalmente entendeu o que significava experimentar algo para saber o quão bom poderia ser.Sabrina, ofegante e incapaz de respirar devido aos beijos, tentava recuar, mas Emerson a segurava firmemente, acompanhando cada movimento dela. Quando Sabrina não aguentou mais, levantou a mão e deu um leve soco no peito de Emerson. Ele então a soltou, mas a puxou para perto, pressionando ela contra seu peito enquanto um sorriso baixo e rouco escapava entre seus lábios.As bochechas de Sabrina estavam tingidas de um leve rosa, suas mãos agarravam firmemente a barra da camisa dele, e ela escondia o rosto em seu peito, extremamente envergonhada.Finalmente, o elevador chegou ao seu andar, e Sa
"Já que é assim, então não vou me importar por enquanto." Sabrina estava de pé na cozinha, com o celular em mãos, pensativa por um momento antes de discar para sua mãe. Bianca havia acabado de terminar uma chamada de vídeo com Nina, confirmando a hora de chegada dela em casa no final de semana e os pratos que gostaria de comer, quando sua filha mais nova também ligou. Ela rapidamente atendeu, e o rosto de Sabrina, do tamanho de uma palma, apareceu na tela do celular. Observando o fundo atrás dela, Bianca rapidamente percebeu que Sabrina estava na cozinha. Sabrina colocou o celular sobre um prato para apoiá-lo e olhou para Bianca: — Mamãe, você sabe como fazer sopa para curar ressaca? Emerson bebeu demais e eu queria fazer uma sopa para ele, mas eu não sei como. Bianca riu até os olhos se enrugarem: — Querida, Sabrina, a sopa para curar ressaca é complicada demais para você. Sabrina fez bico, claramente chateada: — Mamãe, por que você me desanima assim? Se fosse minh
"Bebida para curar a ressaca?" "Não era uma sopa para curar ressacas que havíamos falado antes do banho?" Emerson estava um pouco confuso, atribuindo tudo ao fato de ter bebido demais e sua mente não estar clara o suficiente para lembrar. Sabrina encontrou mel no armário, pegou uma colherada e adicionou ao chá, levando a xícara com as duas mãos para o quarto. — Beba logo, está na temperatura perfeita. Emerson se levantou para pegar o copo das mãos dela, deu um pequeno gole e o doce aroma do mel, combinado com o frescor do chá de ervas, se espalhou por seu paladar. Ele levantou as sobrancelhas, surpreso, e acabou bebendo todo o conteúdo do copo de uma só vez. — Que tal? Está gostoso? Sabrina olhou para ele, seus olhos brilhando como se estivessem iluminados. Emerson colocou o copo de lado e levantou a mão para acariciar o topo da cabeça dela, elogiando sinceramente: — Está delicioso, muito gostoso. — No final, ele sentiu que não era suficiente e acrescentou. — Esta é a
Emerson desviou o olhar com frieza e, segurando suas coisas, se virou para sair. Ele precisava voltar para preparar o café da manhã para Sabrina e não dispunha de tempo para conversas inúteis. Definitivamente, não sentia nenhuma compaixão que justificasse deixar aquele desgraçado entrar. Ao chegar em casa com suas compras, encontrou Sabrina já acordada, sentada no sofá, de pernas cruzadas e vestindo uma camisola, olhando distraidamente para a porta.— Onde você estava? — Perguntou Sabrina, bocejando, seus olhos nebulosos cobertos por uma camada de lágrimas, num tom sonolento.— Fui comprar algumas coisas para prepararmos o almoço. Já se arrumou? — Emerson levou as compras para a cozinha, e Sabrina o seguiu para ajudar a guardar as compras.Ela abraçou Emerson pela cintura por trás, de maneira manhosa:— Por que não me acordou para ir com você? Poderia ter ajudado a carregar as coisas.Emerson tirou uma mão para acariciar o topo da cabeça dela: — Seus braços e pernas são tão finos,
Álvaro financiou a abertura do Bar Céu Estrelado para Sabrina, cuidando de tudo, desde a decoração até a atração de clientes, com grande dedicação. Como proprietária, Sabrina praticamente não precisava se preocupar com nada. Até agora, os salários dos mais de dez funcionários do bar eram pagos por Álvaro, e o faturamento anual era depositado na conta de Sabrina. Álvaro nunca havia feito uma crítica a ela, ele tinha apenas um pedido, que Sabrina fosse feliz. Ela até pensava que, se seu irmão estivesse com alguém, poderia acabar cuidando tanto da pessoa a ponto de torná-la inútil...Enquanto Sabrina apoiava o queixo e divagava, Agatha tocou seu ombro:— Sabrina, tem alguém aqui para te ver, e parece que vem com tudo!Sabrina voltou a si e olhou para a mulher que se aproximava. Ela usava um elegante conjunto rosa, com os cabelos encaracolados caindo sobre os ombros, uma maquiagem leve e olhos grandes e brilhantes, que a faziam parecer uma boneca. Sabrina se levantou, esboçando um lev