[Minha esposa acabou de sair do banho, não posso falar agora.]Fabiano permaneceu em silêncio.Ele apertava o celular cada vez mais forte, a raiva queimando em seu coração, com um olhar sombrio e repleto de rancor.Emerson colocou o celular de lado e levantou os olhos para Sabrina, que acabava de sair do banheiro.Seu rosto, completamente desprovido de maquiagem, estava levemente úmido, e gotas de água pendiam de seus longos e curvados cílios.Os lábios, umedecidos pela água, apresentavam um tom vermelho e tentador, despertando um desejo irresistível de beijá-los.Com dificuldade, Emerson desviou o olhar, engoliu em seco involuntariamente e sua voz saiu rouca e grave:— Terminou de tomar banho?Sabrina, enxugando o cabelo com uma toalha seca, se sentou na beira da cama e assentiu:— Sim, terminei. Você deveria tomar um também. Deve estar exausto depois de hoje.Emerson respondeu suavemente e, ao levantar os olhos novamente, seu olhar se escureceu ao ver o camisolão dela.Era um modelo
Emerson, sem saída, apertou a testa com os dedos e sorriu levemente, secou as gotas de água de seu corpo e se dirigiu ao outro lado da cama, onde também se deitou.Desligou a luz principal do quarto, deixando apenas o abajur de seu lado aceso.Sob a luz tênue, Sabrina mantinha os olhos firmemente fechados. Com Emerson se deitando ao seu lado, seu corpo ficou tenso.Essa era a primeira vez que ela compartilhava a cama com um homem.O quarto estava tão silencioso que parecia sinistro.Emerson, por sua vez, não tinha vontade de olhar para o celular, sua mente estava preenchida com a imagem de Sabrina aplicando loção no corpo.As pernas dela eram finas e simétricas, de uma brancura quase cegante.Ele se perguntava como seria tocá-las...Emerson se sentia como um vilão.Por um lado, repudiava seus próprios pensamentos, por outro, desejava ardentemente que algo mais acontecesse.No entanto, não ousava fazer nenhum movimento abrupto, temendo assustar Sabrina.Percebendo a respiração pesada ao
Sabrina abriu os olhos cheios de lágrimas, e olhou para ele. Sua expressão, com lábios trêmulos e inocentes, quase enlouqueceu Emerson. Ele se inclinou para beijar os olhos de Sabrina, sua voz tremendo levemente, e riu com um traço de resignação: — Sabrina, feche os olhos. Se você continuar me olhando assim, vou enlouquecer.Sabrina ficou alguns segundos desorientada, como se tentasse entender por que ele enlouqueceria. No segundo seguinte, uma dor dilacerante a atingiu, interrompendo seus pensamentos. Ela abriu os olhos de repente, as lágrimas caíram por seu enquanto ela olhava para Emerson, o acusando: — Dói...Emerson não ousou se mover, consolando ela com beijos suaves: — Eu sei, eu sei, Sabrina.Somente depois de ter certeza de que a dor dela havia diminuído, Emerson se atreveu a continuar com o próximo movimento. ...Duas horas depois, uma Sabrina exauta, que mal conseguia mover os dedos, foi levada por Emerson ao banheiro para se limpar. Ele cuidadosamente lavou o s
Emerson pegou um pequeno pedaço de ovo com o garfo e o levou à boca, mastigando enquanto olhava para ela: — É do outro lado do seu Bar Céu Estrelado. Sabrina ficou muito surpresa. — É aquele restaurante famoso na internet? Sabrina não costuma assistir a esses vídeos nas redes sociais, apenas ouviu os funcionários do Bar Céu Estrelado dizerem que o restaurante em frente era muito popular, que o dono era muito bonito, a comida era boa, os preços eram razoáveis, e era especialmente delicioso. Eles também disseram que o dono do restaurante tinha muitas filiais na Cidade do Sol e até escrevia livros com suas receitas. Esses livros frequentemente esgotavam nas lojas. Emerson parecia ligeiramente atordoado, mas depois sorriu e acenou com a cabeça: — Deve ser. Sabrina se lembrou do que ele havia dito antes, sobre gostar de explorar receitas. "Então..." Ela arregalou os olhos: — Você... É o dono daquele restaurante? Emerson acenou com a cabeça: — Eu pensei que você so
[Faltam apenas dois dias para eu e o Fabiano irmos ao cartório.]Sabrina digitou essa frase com cuidado no bloco de notas do celular, depois colocou o aparelho virado para baixo na mesa e continuou a limpar o quarto, sorrindo. A casa era um presente dos pais de Fabiano para eles como lar de casados, onde Fabiano morava sozinho. Como ele estava ocupado e não tinha tempo para limpar, Sabrina passou esses dias ajudando por lá.As famílias de ambos eram muito próximas, e, após dois anos sendo unidos pelos pais, finalmente estavam prestes a se casar. Todos pensavam que ela estava sendo forçada a ficar com Fabiano, mas só alguns sabiam que ela secretamente o amava há anos. Quando ele concordou em namorá-la diante de ambos os pais, ela ficou tão feliz que não conseguiu dormir aquela noite.Sabrina estava no escritório, com um doce sorriso nos lábios enquanto limpava a mesa, imaginando a vida feliz que teriam ali. Porém, ao se virar, acidentalmente esbarrou em um vaso de gardênia na mesa.O
O tempo em junho mudava rapidamente. Quando Sabrina chegou, o céu estava limpo, mas agora estava coberto de nuvens escuras e chovia torrencialmente.Sabrina saiu correndo da casa de Fabiano, chorando, tão apressada que esqueceu as chaves do carro. Ela correu para a chuva e pegou um táxi na porta para voltar para casa.Quando o táxi parou no destino, Sabrina pagou a corrida com um QR code e correu para o prédio sob a chuva.No elevador, após apertar o botão do décimo terceiro andar, ficou num canto, enxugando as lágrimas incessantemente.O elevador parou, e ela, de cabeça baixa, caminhou até o apartamento e começou a digitar a senha.Estranhamente, a porta, que normalmente se abria de imediato, continuava mostrando erro na senha.Será que ela estava tão perturbada que se esqueceu da senha?Sabrina enxugou as lágrimas e decidiu tentar novamente.Ela tinha acabado de pressionar o primeiro número quando a porta se abriu subitamente de dentro.Eles se encararam, e Sabrina ficou paralisada.
Sabrina havia acabado de abrir a porta quando a voz de sua mãe, Bianca Pires, chegou carregada de soluços:— Sabrina! Por que você não atende o telefone? Término é término, mas por que não atende? Quer me matar de preocupação?"O quê?" "Como isso é diferente do que eu imaginei?"Sabrina piscou, confusa.— Ah... Meu celular estava no silencioso, eu não ouvi.O rosto de seu pai, Rodrigo Amorim, estava tenso como água parada. Ele e Bianca entraram, trocaram os sapatos e se sentaram no sofá.Sabrina trouxe água morna da cozinha e os serviu.— Mamãe, papai, bebam um pouco de água.— Sabrina, o que aconteceu com sua testa e seu braço? — Indagou Rodrigo ao notar o braço dela envolto em várias camadas de ataduras e um grande hematoma roxo na testa, onde até a pele parecia ter sido rompida.Sabrina baixou a cabeça, em silêncio.Bianca examinou mais de perto e percebeu que ela estava gravemente ferida, no braço enfaixado parecia que ficaria uma cicatriz permanente, a testa brutalmente agredida.
Sabrina apontou para o lugar ao seu lado e disse:— Se sente.O homem sorriu levemente e se sentou, segurando um molho de chaves. O chaveiro ostentava um personagem de desenho animado que lhe era vagamente familiar. Sabrina teve a impressão de já ter visto aquilo em algum lugar. Além disso, o personagem de desenho era adorável, o que não combinava com a aparência firme e atraente do homem.— Peço desculpas por esta tarde, eu realmente acabei indo para o andar errado sem querer, espero não ter te causado nenhum transtorno.Sabrina considerou que qualquer pessoa normal acharia absurda a situação de alguém tentar digitar a senha na porta de sua casa.— Não tem problema, eu entendo. – Respondeu ele, com uma voz calma.Sabrina encolheu as pernas, apoiou os pés na cadeira, abraçou os joelhos e repousou a cabeça nos braços.— Meu nome é Sabrina, e o seu?O homem, que tinha lábios finos e um sorriso atraente, respondeu com uma voz suave:— Emerson.Ele fixou o olhar nos olhos brilhantes de Sa