Sempre que Janaína saía com ele, se sentia como se estivesse acompanhada por um guarda-costas.Dedeu, por sua vez, carregava a bolsa cinza de coelho de Janaína.Um homem tão bonito segurando uma bolsa tão fofa na mão parecia um pouco estranho de qualquer ângulo.Do portal até o camarote, uma distância de apenas algumas dezenas de metros, vários olhares femininos se fixaram nele.Algumas até tentaram se aproximar para pedir seu WhatsApp.Dedeu se sentou em frente a Emerson, acenando levemente com a cabeça:— Sr. Emerson, prazer, sou Dedeu, o marido de Janaína.Com essas palavras, ele estendeu a mão para Emerson.Emerson esboçou um leve sorriso e apertou sua mão:— Sr. Dedeu, prazer, sou o marido de Sabrina, Emerson.A família de Dedeu trabalhava com materiais de construção e tinha negócios frequentes com o Grupo Carmo.Ele conhecia Dalila, a irmã de Emerson, mas apenas em termos profissionais.Havia rumores de que o verdadeiro filho da família Carmo não era bem aceito, razão pela qual o
Dedeu sempre foi naturalmente reservado, e toda a sua paixão na vida havia sido dedicada a Janaína. Por isso, mesmo quando estava com ela em público, ele agia mais como um pano de fundo, raramente falando. A notória discrição de Dedeu, que era o chefe do Grupo Souza, já era conhecida por Emerson, que também fazia parte desse círculo social, então não era algo que o surpreendesse.Às seis da tarde, os quatro estavam pontualmente sentados no Restaurante Real Privado, no centro da cidade. A culinária do local era a mais famosa de toda a Cidade do Sol. Se dizia que algumas pessoas de fora iam até a Cidade do Sol especialmente para comer lá. Devido à sua popularidade, o restaurante havia introduzido um sistema de adesão por recarga.Somente aqueles que recarregassem mais de cem mil por mês teriam o direito de reservar uma mesa. Quem recarregasse menos de cem mil teria que telefonar para entrar na lista de espera. Quanto tempo levaria para conseguir uma mesa dependia da sorte. Além di
— Sua maldade vem de você mesma, não é?Sabrina, debruçada sobre a mesa, ria sem conseguir se erguer. Antes que ela pudesse responder, Emerson esboçou um sorriso: — Sim. Nesse momento, Janaína também não conseguiu se conter, e os dois caíram na gargalhada, apoiados na mesa. Emerson e Dedeu, com os olhos baixos, olhavam ternamente para suas esposas, enquanto a atmosfera carregada de insinuações ao redor fazia com que as pessoas olhassem para trás repetidamente.Na hora de fazer o pedido, Emerson passou o cardápio para Janaína, deixando que ela escolhesse o que gostasse. Janaína abriu o cardápio e, ao ver um prato chamado "fios dourados salteados", arregalou os olhos:— Emerson, o que são fios dourados? E ainda por cima salteados?Emerson, tranquilamente, tomou um gole do suco: — Batata frita salteada.Janaína ficou sem palavras."Bom, então é assim que ele quer jogar, né?"Ela queria experimentar, afinal, como seria o sabor de uma porção de "fios dourados salteados" que custava ma
Sabrina se sentia impotente."Essa pessoa tem problemas na cabeça?"Observava pelo espelho, sem expressão alguma, e percebeu que Lavínia não só não demonstrava qualquer remorso, mas ainda a encarava com um ar de triunfo.Sabrina não se conteve.Primeiramente, pegou dois lenços de papel da caixa ao lado e os atirou em Lavínia, em seguida a encarou com sarcasmo:— Srta. Lavínia, se você é incapaz de alcançar os lenços de papel, basta dizer diretamente, não há necessidade de tanta falta de educação, me encharcando.Lavínia, enfurecida, jogou os lenços no lixo:— Eu não queria um lenço. Apenas sacudi a água das mãos, quem mandou você ficar tão perto? O banheiro é amplo, você escolhe ficar ao meu lado, e a água espirra em você, a culpa é de quem?Sabrina, perplexa, pensou:"Então é assim que você quer jogar? Bem, isso certamente me despertou."Com um sorriso que mais parecia um deboche, Sabrina se virou e lavou as mãos novamente.Lavínia pensou que Sabrina estivesse assustada e, com os braç
Lavínia, ao ter suas intenções descobertas, ficou com uma expressão ainda mais feia.Ela mordeu o lábio inconscientemente, olhando para Sabrina com um olhar complicado.Pensava ter ocultado bem seus pensamentos, de modo que ninguém os perceberia.Contudo, não esperava que Sabrina conseguisse discernir tão claramente suas intenções.A mão de Lavínia, que pendia ao lado do corpo, se apertou involuntariamente, e seu coração começou a bater mais rápido, a ponto de ela esquecer até de secar a água do rosto.Sabrina olhou ela com sarcasmo, se virou e pegou dois lenços de papel, os atirando em Lavínia novamente:— Enxugue a água do seu rosto, Srta. Lavínia. Desse jeito, você está feia. Eu realmente não tenho respeito por você. Embora a família Moura não seja uma das grandes famílias da Cidade do Sol, Gustavo Moura e Joyce são pelo menos pessoas de bom caráter, mas olhe para você... — Sabrina balançou a cabeça. — Você realmente não parece alguém que o Sr. Gustavo teria criado.Com isso, Sabrin
Além disso, se não fosse por uma instrução do professor, ele provavelmente nunca teria falado muito com Lavínia durante toda a sua vida. Foi sempre Lavínia que tomou a iniciativa de conversar com ele e até sugeriu que trabalhasse na empresa da família dela. Desde que se formou na universidade, Emerson sempre quis empreender, não para provar algo a alguém, mas porque desejava fazer o que gostava. Por isso, recusou sem hesitar o convite de Lavínia.Sabrina deu de ombros:— Tudo bem.Emerson dirigiu Sabrina de volta ao Bar Céu Estrelado. O site oficial do Restaurante Encontro já havia divulgado a verdade sobre a investigação, e Emerson também compartilhou a notícia em sua conta própria. Algumas pessoas na internet ainda o atacavam incessantemente, mas logo ficaram sem argumentos, pois a polícia também colaborou com Emerson, divulgando os resultados da investigação. Eles não apenas publicaram textos, mas também vídeos e fotos como provas. Diante da verdade, mesmo aqueles que haviam s
O olhar do responsável brilhou de repente:— Ainda bem que o Presidente Fabiano tem uma solução. Então, o dinheiro que você prometeu para mim...Fabiano sorriu com significado profundo:— Fique tranquilo, não vai faltar nada do que é seu.O outro assentiu repetidamente:— Tudo bem, tudo bem, obrigado, Presidente Fabiano.Fabiano desligou o telefone, o canto dos lábios se curvou em escárnio e ele não pôde deixar de suspirar:— Que pessoa tola.Se ele quisesse dar o dinheiro, já o teria feito, ele não teria falado desse jeito. Quando ele fosse condenado e entrasse na prisão, se estava vivo ou morto não seria mais importante para ele.Justo quando o semáforo abriu, Fabiano deu a partida no carro, virou uma esquina e estacionou em um estacionamento nas proximidades, antes de caminhar em direção ao Bar Céu Estrelado.Quando ele entrou, Sabrina ainda não tinha voltado do jantar.Agatha, a recepcionista, ao ver Fabiano, ficou instintivamente alerta:— Presidente Fabiano.Fabiano olhou para e
Agatha disse: — Realmente quero nocauteá-lo e levá-lo ao hospital para ele tratar dessa cabeça.Sabrina levantou o polegar: — Ótima ideia. Então vá em frente, deixo essa excelente oportunidade para você. Se conseguir, encomendarei imediatamente uma placa online para você com uma frase.Agatha sorriu, mostrando todos os dentes: — Que frase? Bonita e charmosa ou atrevida?Sabrina segurou o riso: — Fazer o bem sem saber a quem.Agatha não conseguiu se conter e riu alto.Vendo as duas tão alegres em frente ao balcão, Fabiano colocou seu copo de lado, se levantou e caminhou até lá.Havia bancos altos em frente ao balcão, ele se sentou casualmente, ficando cara a cara com Sabrina.— Sabrina.Sabrina olhou para ele sem boa vontade e disse: — Você quer alguma coisa? Presidente Fabiano, você não deveria estar trabalhando? Não amava seu trabalho antes? O que aconteceu? Ficou ocioso depois de terminar tudo, é isso? — Ela fez uma pausa e continuou. — Ou está dizendo que não queria desperdiçar