— Se você quiser sobreviver a essa noite precisará saber três coisas essenciais que selecionei para você — Olho para a ruiva pensativa com certa curiosidade.
— Acho que se a Alissa quiser passar despercebida do radar de julgamento dos Parker vai precisar de algo mais que três dicas.
Thomás sorri assim que o motorista chega aos portões da grande mansão Parker que já estão abertos recebendo a fila de carros que se formam a nossa frente.
— Isso está tal como me lembro — Ele comenta por fim ao encarar a grande casa que se aproxima a medida que a fila diminui.
— Só para você saber não são simples dicas seu idiota — Poppy revira os olhos para o irmão — É muito mais que isso.
Encaro a casa com um pequeno sorriso, sempre gostei de como suas luzes se exibem no meio da escuridão da noite.
Me lembra da primeira vez que vim aqui com Dylan, quando ainda era tudo novo, ainda estava me habituando com toda essa situação.
Não poss
—Dylan ? — Me solto dele com cuidado para olhar seu rosto. Ou pelo menos a metade que a sua máscara escura não cobre. — Dylan!— Droga! — Ele olha para mim com os olhos arregalados e por um momento parece surpreso ou sem palavras, uma coisa incomum quando se trata dele — Você está...Por mais que queira escuta-lo meu medo ainda está presente e me leva procurando pelo jornalista bruto ainda preocupada.O procuro entre os vários convidados e infelizmente o encontro, ele parece meio perdido em relação a minha direção o que no momento é bom mas não o suficiente pois está muito perto, mais cedo ou mais tarde ele me encontraria.— Alissa você está bem ? Você ouviu o que eu falei ? — Dylan pergunta cautelosamente enquanto escuto o som dos violinos iniciar uma nova música.—
Eu gelo. Vendo Mia fechar batom e guardado na bolsinha. — Varios momentos na verdade. Começou no drive in e olha que aí eu nem conhecia você ainda — Ela ri de firma amarga e olha para nós duas através do espelho — Já desejei o mesmo também na festa do Trevor e pela primeira vez na minha vida toda eu senti o que é querer ser outra pessoa. — E-eu não sabia — respondo, hesitante. — Claro que você não sabia — Ela olha para essa situação com os olhos arregalados — Quem em algum momento ia acreditar ou no mínimo pensar que eu ia querer ser una insignificante que nem você. Confusa reúno toda minha coragem e pergunto: — Então por que você quer ser uma insignificante como eu ? — Retruco. — Talvez não seja tão insignificante assim. Mia semicerra os olhos. — Você não sabe mesmo? — Não. — Você tem o que eu mais quero nesse momento — Ela se vira bruscamente e me encara alterada — Você roubou a única coisa que eu mais desejei
— Já? — Pergunto impaciente sentindo o peso de suas mãos em meu rosto. Aquilo normalmente me incomodaria. Se fosse com qualquer outra pessoa não me sentiria tão a vontade, em ter mãos tapando minha cara. Mas quando se trata de Dylan as coisas são estranhamente diferentes. Aquilo não me incomodava. Muito pelo contrário eu estava adorando seu calor sobre mim, gosto de sentir como seu cheiro doce de hortelã cerca minha pele. — Só precisamos dar mais uns passos para a frente — Escuto o som profundo da sua voz perto de meu ouvido. — Quase lá. — Eu não aguento mais esperar! — Resmungo sendo guiada por Dylan que move nossos corpos para a frente. Uma mão sua cobre meus olhos com a palma e seus dedos longos enquanto outra segura minha cintura, me apertando sobre o tecido fino de minha camiseta com firmeza. Mesmo estando cega por suas mãos posso apostar que ele está com um de seus sorrisinhos no rosto. Um entre muitos do seus típicos e a
Dylan Parker me ama? Dylan Parker me AMA! Espera o que ?! Pausei por um instante perplexa, assim que vejo um sorriso carinhoso se formar nos lábios perfeitos de Dylan, ele nunca sorriu assim antes. Por mais que eu tente eu não conseguia o encarar direito, minhas bochechas estão pegando fogo, assim como meu corpo inteiro arde por estar tão próximo do dele. Meu corpo inteiro arde forte por ele! Tento me recompor e olho para a vista assim que chegamos ao topo, tudo daqui era lindo, o parque iluminado e as pessoas que se tornam pontos pequenos. A praia o topo da caverna azul escondida, as luzes da cidade e as estrelas que eu sempre amei olhar estavam perto assim como ele. Assim como Dylan também estava muito perto. — Quer ouvir mais uma coisa engraçada ? — Ele diz docilmente pondo uma mecha de meu cabelo atrás de minha orelha. — O quê? — Minha voz sai falha. — Acho que eu não quero mais que você seja minha namorada de mentira.
Se fosse para descrever meu realacionamento com Dylan em três palavras sem pensar eu diria que ele é bem... surprendente, imprevisível e intenso. Não chega nem perto de como era antes, a mentira com que eu me contentava não se compara com o fato de tudo que acontece agora ser verdade. Agora sei que quando ele me olha é de verdade, quando ele me toca toca é de verdade e o melhor de tudo quando ele diz me amar é de verdade. O dia está ensolarado e escuto o som de mais uma buzina lá fora, não sem muitas nuvens no céu o que confirma que é mesmo a última semana de primavera. Bebo do meu chá gelado vendo que a fila de carros que antes era imensa começa a diminuir e agradeço mentalmente por isso. Do outro lado da rua eu posso ver a movimentação já formada e o palco com seus equipamentos de som. Dylan suspira e passa seu braço por meus ombros com um sorrisinho, enquanto somos acolhidos pelo frio de ar condicionado de seu carro que está no máximo, como
Me sinto cansada. Meu corpo doí e minha cabeça parecia prestes a explodir, e tudo é um enorme borrão no início. Ergo a cabeça enquanto o líquido marrom jorra sobre minha pele a deixando pegajosa.Encaro todos os copos de café sobre a escrivaninha em confusão quantos são uns cinco ? sete ? Dez ?!Afundo a cabeça nas várias anotações que fiz noite passada olhando para o relógio ao meu lado. Estou atrasada !Tomo um banho quente e me visto rápido. Coloquei uma calça clara e um moletom lilás e deixei o quarto com pressa olhando as horas no celular.Suspirei, enquanto me jogava no sofá. Fechei os olhos com força e assim que os abro novamente, olhei as anotações em minhas mãos novamente irritada, ainda está tudo muito confuso.— Querida, você está bem? — perguntou
Me forcei a abrir os olhos. Não sei quanto tempo passei dormindo naquele carro, não me lembro de quase nada, só me lembro da dor de meu corpo fraco, da minha cabeça explodindo, e escuridão. Por um momento acho que morri, mas essa possibilidade logo se vai quando sinto algo dentro de mim vibrar e uma luz surgir dentro do meu bolso da calça. Pegou o celular e suspiro de alívio assim que o alcanço dando de cara com o nome da Lauren surgir na tela. — Menina você está maluca tem mais de vinte chamadas suas aqui — Vejo a imagem de Lauren surgir na tela — Eu peguei um susto ao ver a tela e acho que ganhei mais uma ruga você consegue ver alguma ? — Você parece ainda mais jovem suas máscara caseiras com certeza estão a fazer efeito — Sorrio curto me sentido cansada — Como está o meu pai o Peter me ligou e falou que ele está mal ? O que aconteceu. — Aquele seu amigo é muito dramático Alissa seu pai nunca esteve melhor como agora! Ela revira os o
— Por favor não precisamos ficar muito tempo — Reviro os olhos pela quinta vez e olho o rosto de Dylan com assim como seus olhos que imploram — Vai ser divertido igual o festival de primavera. — A gente parte amanhã eu não sei... Volto minha atenção para a trança que até agora moldava no meio do cabelo crespo da garota que nos olha com curiosidade — O evento da tocha é tão importante assim para você ? — pergunto. — A questão não é essa. — Ele me olha com um sorriso curto — O evento da tocha é o mais marcante do ano, a gente se junta para rever tudo do ano, esperamos até a meia noite e todos acendemos as tochas no meio da escuridão para iluminar o nosso próximo caminho iniciado. Mordo o lábio contendo um sorriso, vendo a nostalgia invadir a expressão pensativa de Dylan, ela era evidente nele. — Mas porquê se chama o evento da tocha ? — Sky surge no meio de nós confusa. — Porquê o símbolo da NYU é uma tocha — Respondo com calma p