HENRY— ONDE ESTÁ O SEVEN? — Um homem todo de preto e com uma máscara da mesma cor grita apontando uma espingarda calibre 12 para uma enfermeira ajoelhada no chão.— Eu não sei. — Ela chora em desespero.Sem perder tempo, atiro contra a cabeça do otário distraído.Pelo jeito estão fortemente armados. Antes que possamos chegar na mulher, vários tiros vem em nossa direção.Desviamos e atiramos de volta enquanto nosso pai se ocupa de levar a enfermeira para um lugar seguro.— É o maldito do Jafar. — Raoul passa por mim e atira em outro mascarado que surge. — Os homens dele usam essas máscaras.Miserável!Jafar se acha dono de dois morros famosos e quer conquistar os outros. A porra de um velho que comanda um bando de ladrõezinhos. Ainda vou descobrir onde ele se esconde e meter uma bala na sua cabeça.O desgraçado acha que derrubar a nossa família vai fazer com que sejam respeitados. Acha que nos derrubar vai fazer deles o número um no mundo em exportação da Coca. Tem um caminho longo an
HENRYCinderela não está no quarto. Ela entendeu que não é prisioneira, e sim dona do lugar, com direitos como os de qualquer Seven.— Onde está minha mulher? — pergunto ao passar por uma empregada.— A última vez que a vi, estava no gazebo, senhor.— Obrigado, Pilar!Ela sorri e volta ao seu caminho.Nossos pais sempre nos ensinaram a tratar os empregados como família. E levamos muito a sério, conhecemos cada um que trabalha conosco, sabemos seus sonhos, seus pesadelos e sobre suas famílias. Afinal, estão sempre conosco.Pilar é uma das poucas que está conosco desde antes da nossa mãe morrer. Ela é a única que tem acesso a Adam. Que, por falar nele, voltou direto para sua prisão domiciliar.Enquanto penso na fuga de Florian, no ataque do pessoal do Jafar, na minha mãe e sua relação com os empregados, caminho lentamente até o gazebo.Ele foi construído para minha mãe. Enquanto estava viva, ela nos obrigava a tomar café da manhã nesse lugar todos os dias.De longe vejo a estrutura de m
Horas antesCINDERELAQue orgasmo foi esse?Uau!Eu achava que sabia o que era prazer... como estava enganada.Sob o olhar desse homem, meu coração e minha respiração vão se acalmando devagar.Não consigo decifrar o que significa o jeito como ele me olha agora. É diferente das outras vezes que nos olhamos, é como se ele tivesse descoberto algo em mim que o perturba e atrai ao mesmo tempo. Será?— Para de me olhar assim — peço.— Assim como?E agora? Eu nem sei o que esse pedido significa. É melhor ser sincera.— Não sei explicar. Está me fazendo sentir coisas estranhas. Está me fazendo apaixonar por você.É sério que ele sorri? Agora mesmo que não entendo nada.— Que mal teria se apaixonar pelo seu marido?— Eu quero que ele se apaixone por mim primeiro. Estou em desvantagem nessa relação. Não posso exigir nada de você, então pelo menos que se apaixone primeiro. — Novamente sou sincera, porém logo desvio meus olhos dos seus, com medo do que posso enxergar neles.Como ele demora a fala
HENRYUm dia se passou desde que Florian desapareceu e eu me descobri completamente dependente de uma pequena loira. Novamente estou aqui no gazebo da minha mãe com Cinderela. Dessa vez estamos vestidos. Acabei de voltar de uma busca infrutífera por meu irmão e a encontrei aqui, novamente com um dos livros eróticos que meu pai nunca tirou daqui.Estou no grupo da família, conversando sobre possíveis locais para procurar Florian, enquanto Cinderela está lendo com a cabeça no meu colo e os pés descalços no sofá.Apesar dos problemas na família, ontem tive a melhor noite da minha vida. A chuva demorou a passar, então corremos debaixo dela mesmo para casa e quando chegamos no quarto não precisou de uma palavra para que nos tornássemos chamas. Cinderela é fogosa e curiosa. Isso me deixa fora de mim.Só de lembrar meu pau cria vida.— Não quero parecer insegura, mas como foi para você ontem? — Ela fecha o livro e me olha.Se sua cabeça subisse alguns milímetros ela saberia exatamente em q
CINDERELAEstou esperando Bela. Ela ficou de tomar café da manhã comigo. Foi tudo combinado entre o pai dela e Henry ontem. Minha amiga não tem celular, e nem eu.Meu marido já disse que posso comprar o que eu quiser com o cartão, além de me cobrar um telefone onde possa conversar comigo quando estiver longe. Como agora, que ele acordou bem cedo em busca do irmão desaparecido. Eu fiquei na cama até tarde, exausta porque alguém estava bem insaciável.Parece que o sapato de cristal deixa ele tarado.Foi bom, assim parei de pensar nos seus irmãos, no quanto sofrem e no quanto são perigosos. A conversa no gazebo me assustou e deixou triste por eles, olhando o que passam parece que minha vida em escravidão não foi nada.— Olá, senhora Seven! — Bela aparece com um sorriso cauteloso no rosto.— Sua sem vergonha. — Aponto o dedo na sua direção. Era para fingir raiva, mas meu sorriso entrega. Nos abraçamos com força. — Você sabia que o Henry tinha planos de casamento com a mulher no sapato de
HENRYEstou chegando na mansão quando vejo o carro com motorista saindo com Bela e o pai dela. Pela janela consigo ver que ela está com vários livros, alisando como se fossem tesouros. Parece que tem algo em comum com nossa Fera. Aquele lá esquece do mundo quando tem um livro em mãos.Entre os livros ainda consigo identificar um título da minha mãe. Cinderela deve ter procurado por eles enquanto estavam no shopping.Foi uma despedida legal para Bela, que só vai conhecer a liberdade novamente quando Adam deixar. Pela sua expressão serena ela não deve saber que seu pai a deu a outro Seven. Ela fugiu de ser minha esposa, agora será escrava de Adam, ficará presa a seu salvador de uma maneira nada agradável. Os papeis dela e da Cinderela de certa forma vão inverter. Minha loira virou a protegida e Bela está indo em direção a se tornar a empregada.Foda-se. Isso agora é problema do Adam.O carro passa pelo portão e eu continuo dirigindo o meu.Recebo uma mensagem de um número desconhecido q
CINDERELAUma semana se passou sem que eu consiga falar com Bela. Quando comprei meu celular, também comprei um para ela, para que pudéssemos conversar.Agora quando ligo apenas recebo a gravação de que o telefone está fora da área de cobertura ou desligado.Estou preocupada. Acredito que seu pai tenha encontrado o aparelho e impedido de usar.Será que se eu falar com o Henry, ele me ajuda nessa questão?Estou pensando nessa possibilidade e encarando as palavras do livro sem realmente as ver, quando uma mão masculina o tira de mim de repente.— Sabia que ia te encontrar aqui. — Raoul diz, puxando minhas pernas do sofá e se sentando. — Você não mora no castelo, mora no gazebo.— Posso ajudar, cunhado? — digo, puxando o livro de volta.— Estou aqui para isso. — Joga as costas contra o encosto do sofá. — Quero saber como funciona a cabeça das mulheres. Espero que me ajude. Vocês são tão diferentes uma da outra.— Problemas com Carmine? — pergunto o obvio.Nesses poucos dias nesse castelo
CINDERELAComo sempre nos últimos dias, Henry está por ai tentando encontrar o irmão. E como ele ainda não recebeu retorno do outro irmão permitindo uma visita a Bela, decido dar uma volta. Estou me sentindo sufocada com essa espera para ver minha amiga.— Onde a senhora deseja ir? — o motorista pergunta enquanto abre a porta do carro.Será que seria muito invasivo se eu visitasse a avô ou a mãe da Carmine? Eu queria conhecer um pouco mais sobre a garota do Raoul.Não. Melhor eu falar com ele antes e combinar alguma coisa com a garota. Nada invadir seu espaço.— Me leva para o museu mais próximo, por favor.— Sim senhora. — Ele fecha a porta e vai para o seu lugar, onde o segurança está no banco do carona.Decidi. Vou ficar olhando obras de arte sem entender nada do significado, depois vou dar uma volta pela praia, sentindo os pés na areia. Se eu tiver sorte consigo almoçar com meu marido em algum lugar aconchegante. Espero que ele encontre o irmão, anda muito preocupado que algo poss