- Srta. Catarina, o Sr. Martinez quer que você vá a sala dele imediatamente. – Meu novo chefe chegou no meu cubículo falando. – Pode subir agora. Você já terminou aquela lista que te passei?Olhei para aquele homenzinho atarracado e com óculos redondos de aro de tartaruga e sorri. Ele era uma figura engraçada, mas era muito gentil e ficava cantarolando o tempo todo no escritório.Eu fui designada para o setor comercial, o andar era todo aberto com vários cubículos dispostos agrupados de quatro em quatro, a única sala era do meu chefe. Era um ambiente movimentado e colorido, com muito barulho, todos falavam o tempo todo, seja ao telefone, seja uns com os outros. Achei tão descontraído e interessante que pensei que me adaptaria bem aqui, já tinha até uma amiga, mas agora com o Sr. Martinez chamando, pensei que ele deveria ter mudado de idéia sobre minha contratação.Levantei os olhos e entreguei algumas pastas ao meu chefe, lhe confirmando:- Sim, Sr. Maurício, aqui está tudo organizado
“Alessandro”Eu estava completamente em choque quando o Heitor me estendeu um copo com conhaque.- Bebe, vai te acalmar. E depois que se acalmar me conta o que aconteceu. – Heitor falou com muita seriedade e pegou o telefone. – Maurício, liberei a Srta. Catarina pelo restante do dia. Obrigado.Heitor desligou o telefone, se sentou à minha frente e bebeu comigo. Depois de três doses eu finalmente consegui dizer:- Eu ferrei com tudo, Heitor. Acabei com a minha única chance de ser feliz. Eu amo essa mulher e ferrei com tudo, a fiz me odiar.Heitor tomou mais um gole do conhaque e falou suavemente:- Desde quando você é um derrotista que desiste das coisas na primeira porta fechada?Olhei pra ele como se tivessem criado mais cinco cabeças em seu pescoço, parece que ele não entendia que a Catarina me odiava.- Vou ligar para o Patrício no encontrar e nós três vamos tomar um porre lá na minha casa. - falou se levantando – Me dá as chaves do seu carro.Enquanto lhe entregava as chaves do me
Eu estava muito cansada. A semana estava sendo muito tumultuada e eu não estava dormindo bem e chorava todas as noites até pegar no sono. Ter falado com o Alessandro ontem também não ajudou, me deixou ainda mais arrasada.- Bom dia, amiga! Como você está? – Mel entrou na cozinha e segurou o meu rosto entre as mãos me examinando.- Estou um caco, Mel. A maquiagem é que esconde as olheiras. Eu estou me sentindo tão cansada!Ouvimos o interfone tocar e a Mel foi atender enquanto eu acabava de dar o café da manhã para o Pedro. Estava distraída olhando para o meu filhote, ele era o meu maior amor e só de olhar pra ele meu coração se acalmava. Eu sabia que teria força para seguir em frente por ele. Ele olhou pra mim, com um sorrisão lindo e aqueles olhos violeta brilhantes, e meu peito se encheu de amor.- Você é o amor da mamãe, rapazinho! – falei com ele, que bateu palmas e me jogou um beijinho. Meu sorriso ficou maior.- Cat, é pra você. – A Mel vinha da porta segurando um arranjo enorme
Eu olhava para todos ali naquela sala sem entender nada. Estavam além de mim e o meu chefe Sr. Maurício, a Melissa e o Sr. Martinez, Alessandro, Patrício, Rick, Mari e Alencar.O que era isso? Olhei pra Mel e ela deu de ombros, estava tão sem entender quanto eu. O Sr. Martinez puxou a cadeira indicando para eu sentar ao lado do Alessandro. Ele estava de sacanagem?Eu já estava imaginando que aquilo não passava de mais uma armadilha do Alessandro para conseguir falar comigo. Claro que ele não compraria o sistema. Mas eu seria profissional e faria o meu melhor ali, pelo menos meu chefe poderia avaliar meu desempenho.- Catarina, por favor, sei que você é uma ótima profissional e pode lidar com isso. – Heitor falou como se tivesse lido minha mente. – Pedi a sua presença porque você trabalhou no Grupo Mellendez e está familiarizada com o problema que eles enfrentam agora.- Claro, senhor. No que eu puder ajudar. – Me sentei e agi profissionalmente.O Sr. Maurício começou a apresentação do
Quando olhei em volta a sala ela estava quase vazia, somente o Alessandro ainda estava sentado no mesmo lugar. Estava sozinha com ele mais uma vez.Fui até onde estava sentada para pegar minhas coisas e quando me aproximei Alessandro me puxou para o seu colo, me abraçou e suspirando no meu ouvido falou:- Você nem imagina o quanto eu sinto sua falta.- Alessandro, por favor, não faz isso comigo. – supliquei a ele.- Por favor, Catarina, não faz isso com a gente. – ele me respondeu e me beijou.Invadiu minha boca com a sua língua, num beijo doce, lento e torturante. Era tão bom beijá-lo que por um momento eu esqueci de tudo e retribuí o beijo. Ele me apertou um pouco mais contra o seu peito me fazendo suspirar. Senti o desejo crescendo em mim. Meu corpo reagia ele de uma forma impossível de ser controlada. Eu não resistia ao menos dos seus toques.Me mexi no colo dele e senti sua ereção contra minha bunda e meu corpo se acendeu totalmente, senti minha calcinha ficando molhada. Ele inte
“Alessandro”Eu fiquei atônito sentado naquela sala vendo a Catarina sair correndo depois de me beijar como se não pudesse viver sem mim. Eu fiquei confuso por um momento olhando para aquela porta.Só quando o Patrício e o Heitor entraram é que eu voltei a raciocinar. Ela me beijou, ela retribuiu o meu beijo. E eu conheço o corpo dela, ela vibra em meus braços. Ela me quer assim como eu a quero. Sorri com essa certeza e estava ainda mais decidido a não desistir dela.- Catarina saiu como um raio daqui, Alessandro. – Heitor comentou.- Ela me ama, está com raiva, magoada, mas me ama. – falei sorrindo.- Tá bom, Romeu, mas o que foi que aconteceu? – Patrício era muito curioso.- Nós nos beijamos. E que beijo. Eu tenho certeza que ela me ama. Eu nunca vou desistir dela. – Falei para meus amigos.Pelo resto da tarde tentei ligar para Catarina. Ela recusou todas as chamadas, até que na última vez que liguei caiu direto na caixa postal. Ah, mas ela não ia se livrar de mim tão fácil assim nã
“Alessandro”Mas que puta ressaca! Eu odiava ficar de ressaca, por isso não bebia com freqüência e muito menos o tanto que bebi ontem com os caras. Porra! Minha cabeça vai explodir.Noite passada cada um de nós tinha seu motivo para beber até cair. Então nos juntamos e enchemos a cara como universitários em uma república. Mas agora eu queria morrer pra não sentir aquela dor de cabeça.Patrício entrou em minha sala amparado pela Mari. Ela o colocou sentado ao meu lado no sofá e a copeira, dona Margarida, entrou atrás com uma bandeja. Ela sorriu pra gente e não se controlou:- Mas que porre, hein, chefes! Vocês não tem mais dezoito anos não. – ela começou a rir do nosso inferno. – D. Mari, vou buscar as latinhas pra eles vomitarem.A Mari explodiu em gargalhadas. Eu e Patrício nos olhamos reconhecendo que estávamos na derrota.- Só não te demito, dona Margarida, porque a senhora cuida de nós e a Mari já está indo embora. – falei e vi dona Margarida sorrindo pra mim da porta.- Seguinte,
“Alessandro”Eu entrei no salão procurando pelo Patrício, mas não o encontrava, nem o Rick. Merda! Estava tudo rodando! Eu precisava sair dali. Decidi ir para minha sala e me deitar lá um pouco.Comecei a atravessar o salão, cumprimentando algumas pessoas com um acenar de cabeça. Senti braços em torno da minha cintura e um perfume enjoativamente doce. Quando percebi, Ana Carolina me puxava pelo salão conversando com algumas pessoas. Mas eu estava tão atordoado, tão bêbado de novo, que nem conseguia me livrar dela.Ela me puxou para fora do salão e começou a me beijar. Eu tentei impedi-la, mas ela não desgrudava e eu não tinha força suficiente para empurrá-la. Ela chamou o elevador e me empurrou para dentro.- Alê, estou vendo que você está bêbado, vamos para sua sala, você descansa um pouco, bebe uma água e depois a gente volta. – Falou com aquela voz de gralha detestável que ela tem.- Ana Carolina, me solta, vou procurar o Patrício. – Falei com dificuldade.- Faz o seguinte então, v