Capítulo 22 - O BAILE (Parte 2)

Deixo a mensagem de voz e rio olhando o teto. Rio da minha própria atitude.

— Covarde! Isso não foi uma despedida. Isso foi implorar.

Fico nessa mesma posição por horas. O quarto vai ficando mais claro e percebo que a luz da lua foi substituída pela luz do sol.

Levanto da cama e saio do quarto. Ainda estou com a roupa do baile e com sangue seco na mão. O corte superficial parou de sangrar sozinho.

Antes que eu possa questionar o motivo de estar fazendo isso, meu punho fechado já atinge a porta do quarto do meu irmão.

Ninguém abre a porta. Estou prestes a bater novamente quando ela se abre e Henry aparece quase nu.

— Que visão horrível para se ter de manhã. — Cubro meus olhos teatralmente

— Que horas são, Raoul? O que você quer? — ele se mostra mal humorado.

Olho no relógio e respondo:

— São 7:45hs. E eu não dormi ainda. Não consigo parar de pensar em uma coisa e você precisa me ajudar. Quero saber por que alguém fica com raiva se você mata alguém que a ofendeu.

Primeiro vou perguntar
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