Uma coisa que eu venho me acostumando demais e gostando muito é esse momento entre nós quatro durante o almoço e jantar. Olhava os movimentos de cada um ali, Joe era o que mais falava e tinha a atenção de todos ali. Não consigo não imaginar como seria se tivéssemos todos juntos durante esses anos, mas também não me prendo muito a isso.Nos próximos anos construiremos novas memórias.[...]Sentei em uma das espreguiçadeiras ao lado da piscina. Faz dias que Joe tenta me convencer a entrar e eu sempre inventando uma desculpa, hoje meu filho dormiu mais cedo. Faz uns dois a três dias que Joe tirou o gesso, ele não reclamou tanto nesse período que precisou usar, mas deu para perceber o tamanho da sua alegria ao tirar.- Aceita companhia? - Olhei para Charles e concordei.Ele vinha em minha direção em passos lentos. Ver ele sem o seu terno é raro mesmo estando na mesma casa, acredito que seja sua vestimenta favorita. Mesmo que não esteja vestido com o tradicional terno, ele procura vestir r
P.V. ALINESair assim que Charles saiu para a empresa. Depois dele tirar sua própria confusão que eu estava bem para ficar longe dos seus olhos ele começou a ir à empresa. Passa pouco tempo lá e logo está voltando, foi a mesma coisa ontem quando ele foi na parte de tarde e depois passou na casa da sua avó para buscar Joe. Hoje ele deixaria nosso filho na escola e iria para a empresa, Matilde não questionou meu motivo de sair. Peguei um dos carros do Charles emprestado, a parte ruim é que todo tinha o slogan da sua empresa.Como prometido Charles tinha me dado a lista dos nomes que ele citou na nossa conversa de ontem à noite. E um dos nomes chamou muito a minha atenção. Daniel Vargas estudou comigo no tempo da faculdade aqui em Nova York, não éramos melhores amigos, mas tínhamos um bom convívio. Nunca imaginei que ele fosse se vender e gostaria de saber o motivo.Vagas chegou a trabalhar por um tempo no hospital do centro e saiu alguns meses antes de eu entrar, mas ele ainda tem acess
Já ouvi muita gente falando que cada conquista que eu ganhava era porque estava sendo protegida por alguém, me deitando com alguém. Quando você sabe exatamente quem você é e o que você quer, nada mais te abala. Aprendi demais durante esses cinco anos, lidei com muitas pessoas e com as pessoas que admirava e hoje sinto nojo. – Você mesmo teve a oportunidade de ver o quanto era bom na faculdade. Por que dúvida que eu tenha subido na minha carreira sozinha?– Porque está com os Grant. – Daniel diz com raiva.Sua mudança de humor mudou tão rapidamente.– E qual é o motivo da sua raiva por eles? – Perguntei não entendendo. E realmente eu não sabia qual era o motivo.– Ainda dá tempo de você mudar de lado. Estava no lado certo, Aline.– Um lado? Daniel do que você está falando?Ele me olhou com mais atenção como se me analisar, querendo saber se eu não estava ali apenas testando ele ou se realmente estava sendo inocente em tudo isso.– Você está com Damian? Por que eu devo confiar nele?–
Estamos em um restaurante do shopping. Kaden tem uma sala particular nesse restaurante que seria melhor para pudéssemos conversarmos com mais privacidade. Assim que entramos descobri que esse restaurante é dele. Um dos mais chiques do shopping, e igualmente caro. Ter Kaden Grant na garagem do meu prédio foi um pouco assustador, mas ele confessou que esteve na casa do Charles à minha procura e Matilde falou que eu havia saído. Descobri que o os carros da Granvel tem rastreador e foi assim que ele me encontrou.– Como falei mais cedo gostaria de conversar com você a sós. – Kaden ocupou uma cadeira e eu ocupei a cadeira na sua frente. – Sem meu irmão ou os meus sobrinhos presente. Podia ter sido melhor se um deles tivesse nos apresentado, mas devido a sua situação achei melhor encurtar esse tempo de espera.– Minha situação?Não tenho falado muito e tenho escutado mais ele. Não conheço Kaden e muito menos não sei as suas intenções, Charles não é de conversar sobre a sua família e não sei
– Não me importa. – Kaden me interrompeu. – Charles tem a minha confiança e ele confia em você, mas logo te aviso menina. Não será recebida de braços abertos em minha família, nem todos são lindos e acessíveis como eu. – Acabei sorrindo e ele deu de ombro dando um gole em seu vinho, Kaden voltou com o seu silêncio me olhando por alguns segundos. Ele me deixa agoniada para saber suas próximas palavras. – Mas terá o meu apoio para a direção do hospital central.– Obrigada, Kaden. – Agradeci.Eu não sabia o que dizer e não queria acabar falando alguma besteira ou até mesmo fazendo feio nessa presença. Ele me pegou de surpresa tendo esse encontro hoje e ainda estou tentando entender tudo que está acontecendo. Pelo menos nosso encontro foi bem melhor do que a primeira vez com Filipe.– Não quero te assustar sobre ser recebida pela minha família. Você não parece o tipo de mulher que vai baixar a cabeça e espero que não seja mesmo. Charles merece uma mulher forte ao seu lado, assim como ele
P.V. CHARLES GRANT– Foi uma conversa amistosa. – Aline se apressou em dizer. – Ele queria me conhecer. Porque não me contou que foi procurar ele?Não esperava que Kaden fosse procurar a Aline. Obviamente ele ia querer conhecê-la e já estava planejando um jantar para que isso acontecesse. Tentei relaxar um pouco os músculos, mas ainda não gostei da ideia dele ter ido procurar Aline. Não acho que meu tio fosse tratar Aline igual a primeira vez que meu pai falou com ela, mas ainda assim eu gostaria de estar presente.– Porque você ainda não deveria estar se preocupando com isso.– Charles, eu estou bem.– E não duvido disso. Temos muito estresse daqui para frente e certos assuntos podem esperar. – Ela pareceu considerar as minhas palavras. – Como foi essa conversa?Aline sentou no sofá mais próximo e eu sentei ao seu lado, esperando que ela contasse.– Foi normal, eu acho. Ele me encontrou no estacionamento do meu prédio e foi um pouco medonho essa parte. – Acabei sorrindo com a careta
P.V. ALINE CARTER – Ainda bem que você voltou, Aline. – Manuela me abraçou. – Não imagina a falta que estava me fazendo. Fora que o hospital está uma loucura desde que você foi jogada… – Ela parou para pensar um pouco. – Ou desequilibrou e caiu? Manuela olhou para os dois lados antes de fechar a porta da minha sala e passou a chave para ter certeza que a porta estava fechada. Olhei para ela com expectativa com as suas próximas palavras já que ela parecia bem agoniada. Faz uns vinte minutos que cheguei no hospital, não vim direto para minha sala, porque cumprimentei algumas pessoas durante o caminho. – Quais são as fofocas? – Senta! Você precisa sentar, porque é muita coisa. Sentei na hora que ela pediu. Estou começando a ficar com medo das próximas notícias. Manuela puxou a cadeira para se sentar na minha frente. – Andam comentando que você está dormindo com Charles e Leonard. – Oi?! – Sim! Aqueles que acham que você só está dormindo com Charles e outros que acham que você está
– Como assim você está indo embora? – Joe perguntou com os olhinhos arregalados.Sua reação me deixou um pouco aflita. Estamos indo muito bem durante esses dias que estive na casa do Charles, Joe tem sido o meu grudinho e estado comigo todos os momentos. Eu não me aguentei quando ele dizia que era o meu médico e precisava cuidar de mim, porque ele também tem as mãos mágicas.– Lembra que eu estava apenas passando um tempinho aqui? – Me abaixei para poder falar com ele. – Eu já estou melhor então posso voltar para casa…– Mas aqui é grandão. Tem espaço para você ficar aqui, pode chamar sua amiga estranha.Sorri. Joe não conseguiu se acostumar com a Shari. Charles entrou nesse exato momento, ele olhou para as malas no canto da sala e depois olhou para mim e Joe. Charles não disse nada e foi colocar a sua pasta em cima do sofá. Tenho certeza que ele não iria me ajudar agora. Charles queria que eu ficasse e nossa conversa de ontem à noite não foi muito agradável.– Meu amor, eu preciso vo