P.V. ALINE CARTER – Ainda bem que você voltou, Aline. – Manuela me abraçou. – Não imagina a falta que estava me fazendo. Fora que o hospital está uma loucura desde que você foi jogada… – Ela parou para pensar um pouco. – Ou desequilibrou e caiu? Manuela olhou para os dois lados antes de fechar a porta da minha sala e passou a chave para ter certeza que a porta estava fechada. Olhei para ela com expectativa com as suas próximas palavras já que ela parecia bem agoniada. Faz uns vinte minutos que cheguei no hospital, não vim direto para minha sala, porque cumprimentei algumas pessoas durante o caminho. – Quais são as fofocas? – Senta! Você precisa sentar, porque é muita coisa. Sentei na hora que ela pediu. Estou começando a ficar com medo das próximas notícias. Manuela puxou a cadeira para se sentar na minha frente. – Andam comentando que você está dormindo com Charles e Leonard. – Oi?! – Sim! Aqueles que acham que você só está dormindo com Charles e outros que acham que você está
– Como assim você está indo embora? – Joe perguntou com os olhinhos arregalados.Sua reação me deixou um pouco aflita. Estamos indo muito bem durante esses dias que estive na casa do Charles, Joe tem sido o meu grudinho e estado comigo todos os momentos. Eu não me aguentei quando ele dizia que era o meu médico e precisava cuidar de mim, porque ele também tem as mãos mágicas.– Lembra que eu estava apenas passando um tempinho aqui? – Me abaixei para poder falar com ele. – Eu já estou melhor então posso voltar para casa…– Mas aqui é grandão. Tem espaço para você ficar aqui, pode chamar sua amiga estranha.Sorri. Joe não conseguiu se acostumar com a Shari. Charles entrou nesse exato momento, ele olhou para as malas no canto da sala e depois olhou para mim e Joe. Charles não disse nada e foi colocar a sua pasta em cima do sofá. Tenho certeza que ele não iria me ajudar agora. Charles queria que eu ficasse e nossa conversa de ontem à noite não foi muito agradável.– Meu amor, eu preciso vo
– Mandou me chamar? – Dr. Hudson Perguntou ao entrar na minha sala.– Sim. Por favor, sente-se. – Apontei a cadeira na minha frente.Ele ocupou a cadeira na minha frente e me olhou com atenção, não parecia estar em seus planos falar alguma coisa e apenas me ouvir. Provavelmente curioso sobre o porquê de chamar ele aqui, não temos nenhuma intimidade e até hoje agradeço por ele ter me contado sobre a situação do Joe. Quando Damian me impediu que eu cuidasse do braço do Joe.– Imagino que você deve estar sabendo dos assuntos que andam rolando sobre mim.Ele concordou com a cabeça.– Realmente é difícil não ouvir.– É, muitas coisas serão confirmadas e outras negadas em um futuro próximo. Quero agradecer novamente por aquele dia…– Você não tem que me agradecer. – Ele não disse nada por alguns segundos me olhando. – Você fez o mesmo olhar que minha esposa quando está preocupado com nossos filhos. Eu não poderia recusar, mesmo não entendendo essa história.Naquele dia eu não dei certeza a
O plano agora era buscar Joe no colégio e iremos almoçar juntos na casa de Charles antes que eu voltasse para o trabalho novamente. Estou muito nervosa e não consigo disfarçar, sorrir para as pessoas que estavam em frente ao colégio esperando seus filhos. Claro que nem todos ali são os pais, muita das vezes são as babás da criança. Ajeitei a roupa em meu corpo e olhei para o portão esperando que Joe saísse. É claro que tudo não seria perfeito, depois de alguns segundos parada ali senhora Horta apareceu.– Você é bem insistente. – Ela falou. – Tenho que reconhecer. – Ignorei a sua presença e nada falei. – Quem você pensa que é para estar aqui? – Seu tom de voz aumentou e chamou a atenção de algumas pessoas.Dessa vez eu iria me virar e dar uma resposta bem afiada para ela. Essa mulher está irritando demais e pode ter certeza que nunca deixaria ela ter alguma coisa com o Charles. Para a sanidade do meu filho! Nitidamente uma louca e chata, mas como sempre, meu filho sempre me salvando.
Assim que cheguei no hospital hoje Manuela me notificou que Damian queria que eu fosse a sua sala quando chegasse. Seria a primeira vez desde que eu avisei a ele que queria o seu emprego, estaremos na mesma sala onde sua mãe se finge de inocente. Não vi Rosângela e nem pretendo ver tão cedo, espero que ela não esteja na sala do Damian.Dou duas batidas na porta e eu vi um entre. Será que vou ter uma manhã tranquila mesmo estando aqui para conversar com ele? Damian estava concentrado nos papéis que estavam em sua mesa.- Sente-se. - Até então a sua voz parecia neutra e a expressão em seu rosto também.Ocupo a cadeira em sua frente.- Estamos com problema na área financeira do hospital. - Damian me olhou. - Graças a Deus estamos com menos pacientes na área infantil. Precisamos pegar uma pequena remessa para o CTI...- Você está querendo desviar dinheiro da área infantil para outra área?- Aline...- Por acaso tem a ver com a nossa vida pessoal? E essa foi a única forma que você encontro
Faz uns vinte minutos que eu saí do hospital e estou indo para minha casa, não deveria estar demorando todo esse tempo ainda mais porque eu estou de carro. Mas desde que saí do estacionamento do hospital notei que um carro branco que também estava no estacionamento, me seguia. Nunca vi aquele carro na minha vida. Então não imagino quem seja o dono.Nos primeiros minutos achei ser pura coincidência foi quando decidi virar uma esquina aleatória, o carro fez o mesmo percurso que eu. Nas duas tentativas para ter certeza se aquele carro branco realmente estava me seguindo, ele mantinha uma certa distância, mas entrava nas mesmas ruas que eu. Sentir um frio na espinha. Se algum dia algum carro me perseguiu, essa é a primeira vez que eu notei.Seguir pelas ruas de Nova York e talvez, só talvez aquele carro poderia parar de me seguir se eu fosse a caminho da casa do Charles. Pelo menos foi essa ideia que passou pela minha cabeça e foi isso que eu fiz. Não procurei pegar o meu celular e ligar
Tinha uma coroa em pedras de esmeralda em meu colo. Eu olhava aquela coroa com os olhos arregalados.- Uma coroa para a rainha que você é. - Joe falou.Ele parecia ter ensaiado essa frase. Tentei sorrir para ele, mas acabou sendo uma careta.- Charles deixou você comprar isso? - Perguntei não querendo acreditar. - Com certeza custou uma fortuna.- Ah, com certeza. - Priscila levou a mão ao queixo. - Por que meu filho ainda não me deu uma coroa?Joe colocou a sua mãozinha em meu braço e me olhou preocupado.- Você não gostou, mamãe?Olhei para ele.- Não é isso, querido... É que... É um presente muito caro.- Mas meu papai tem muito dinheiro. Não precisa se preocupar, não. A outra está para chegar daqui uns dias, papai falou que a pronta entrega só tinha essa. Então deixou a outra encomendada.Virei a minha cabeça lentamente para o Joe.- O Charles, o que?Charles está pior do que quando o Joe ainda nem tinha nascido e comprava tudo que vinha pela frente. Uma criança de cinco anos pedi
P.V. CHARLES GRANTMandei um grupo dos meus seguranças virem buscar a coroa que Joe pediu que eu comprasse para a Aline. Ok, não posso colocar a culpa totalmente no meu filho. Achei legal a ideia e fiz questão de escolher essa enquanto aquele queria eu encomendei. No final sabia que ele não ia gostar nada disso, mas foi mais forte do que eu. Agora estou aqui mandando a coroa embora e cancelando a encomenda da outra. Poxa, Aline! Você ficaria tão linda com essa coroa.– Pronto. – Me virei para ela e acenei com o celular no ar. – Cancelei o pedido da outra coroa.Matilde ainda não tinha voltado da praça com os meninos.– Não faça isso novamente. – Aline cruzou os braços. – Me diz aonde que eu iria usar aquela coroa?– No dia a dia, pela rua não dá trabalho… – Dou de ombros e recebo um olhar feroz da mulher na minha frente.No fundo eu queria sorrir, mas tenho amor à minha vida.– Lembrando que a ideia foi do Joe. – Continuei a dizer. – Essas coisas raramente acontecem. Teve uma vez que