O plano agora era buscar Joe no colégio e iremos almoçar juntos na casa de Charles antes que eu voltasse para o trabalho novamente. Estou muito nervosa e não consigo disfarçar, sorrir para as pessoas que estavam em frente ao colégio esperando seus filhos. Claro que nem todos ali são os pais, muita das vezes são as babás da criança. Ajeitei a roupa em meu corpo e olhei para o portão esperando que Joe saísse. É claro que tudo não seria perfeito, depois de alguns segundos parada ali senhora Horta apareceu.– Você é bem insistente. – Ela falou. – Tenho que reconhecer. – Ignorei a sua presença e nada falei. – Quem você pensa que é para estar aqui? – Seu tom de voz aumentou e chamou a atenção de algumas pessoas.Dessa vez eu iria me virar e dar uma resposta bem afiada para ela. Essa mulher está irritando demais e pode ter certeza que nunca deixaria ela ter alguma coisa com o Charles. Para a sanidade do meu filho! Nitidamente uma louca e chata, mas como sempre, meu filho sempre me salvando.
Assim que cheguei no hospital hoje Manuela me notificou que Damian queria que eu fosse a sua sala quando chegasse. Seria a primeira vez desde que eu avisei a ele que queria o seu emprego, estaremos na mesma sala onde sua mãe se finge de inocente. Não vi Rosângela e nem pretendo ver tão cedo, espero que ela não esteja na sala do Damian.Dou duas batidas na porta e eu vi um entre. Será que vou ter uma manhã tranquila mesmo estando aqui para conversar com ele? Damian estava concentrado nos papéis que estavam em sua mesa.- Sente-se. - Até então a sua voz parecia neutra e a expressão em seu rosto também.Ocupo a cadeira em sua frente.- Estamos com problema na área financeira do hospital. - Damian me olhou. - Graças a Deus estamos com menos pacientes na área infantil. Precisamos pegar uma pequena remessa para o CTI...- Você está querendo desviar dinheiro da área infantil para outra área?- Aline...- Por acaso tem a ver com a nossa vida pessoal? E essa foi a única forma que você encontro
Faz uns vinte minutos que eu saí do hospital e estou indo para minha casa, não deveria estar demorando todo esse tempo ainda mais porque eu estou de carro. Mas desde que saí do estacionamento do hospital notei que um carro branco que também estava no estacionamento, me seguia. Nunca vi aquele carro na minha vida. Então não imagino quem seja o dono.Nos primeiros minutos achei ser pura coincidência foi quando decidi virar uma esquina aleatória, o carro fez o mesmo percurso que eu. Nas duas tentativas para ter certeza se aquele carro branco realmente estava me seguindo, ele mantinha uma certa distância, mas entrava nas mesmas ruas que eu. Sentir um frio na espinha. Se algum dia algum carro me perseguiu, essa é a primeira vez que eu notei.Seguir pelas ruas de Nova York e talvez, só talvez aquele carro poderia parar de me seguir se eu fosse a caminho da casa do Charles. Pelo menos foi essa ideia que passou pela minha cabeça e foi isso que eu fiz. Não procurei pegar o meu celular e ligar
Tinha uma coroa em pedras de esmeralda em meu colo. Eu olhava aquela coroa com os olhos arregalados.- Uma coroa para a rainha que você é. - Joe falou.Ele parecia ter ensaiado essa frase. Tentei sorrir para ele, mas acabou sendo uma careta.- Charles deixou você comprar isso? - Perguntei não querendo acreditar. - Com certeza custou uma fortuna.- Ah, com certeza. - Priscila levou a mão ao queixo. - Por que meu filho ainda não me deu uma coroa?Joe colocou a sua mãozinha em meu braço e me olhou preocupado.- Você não gostou, mamãe?Olhei para ele.- Não é isso, querido... É que... É um presente muito caro.- Mas meu papai tem muito dinheiro. Não precisa se preocupar, não. A outra está para chegar daqui uns dias, papai falou que a pronta entrega só tinha essa. Então deixou a outra encomendada.Virei a minha cabeça lentamente para o Joe.- O Charles, o que?Charles está pior do que quando o Joe ainda nem tinha nascido e comprava tudo que vinha pela frente. Uma criança de cinco anos pedi
P.V. CHARLES GRANTMandei um grupo dos meus seguranças virem buscar a coroa que Joe pediu que eu comprasse para a Aline. Ok, não posso colocar a culpa totalmente no meu filho. Achei legal a ideia e fiz questão de escolher essa enquanto aquele queria eu encomendei. No final sabia que ele não ia gostar nada disso, mas foi mais forte do que eu. Agora estou aqui mandando a coroa embora e cancelando a encomenda da outra. Poxa, Aline! Você ficaria tão linda com essa coroa.– Pronto. – Me virei para ela e acenei com o celular no ar. – Cancelei o pedido da outra coroa.Matilde ainda não tinha voltado da praça com os meninos.– Não faça isso novamente. – Aline cruzou os braços. – Me diz aonde que eu iria usar aquela coroa?– No dia a dia, pela rua não dá trabalho… – Dou de ombros e recebo um olhar feroz da mulher na minha frente.No fundo eu queria sorrir, mas tenho amor à minha vida.– Lembrando que a ideia foi do Joe. – Continuei a dizer. – Essas coisas raramente acontecem. Teve uma vez que
P.V. CHARLES GRANTAline não conseguiu evitar o bico que estava fazendo ao ver que os meninos estavam indo embora. Eles fizeram uma festa na hora do café da manhã, nunca vi esses dois tão animados. Agora precisamos ir embora, deixarei eles na escola e Aline precisa ir ao trabalho. Matilde foi se despedir da Aline antes de sair do apartamento.– Se você puder vir mais tarde. – Aline está sem jeito desde que quando acordou estava abraçada comigo. – Não traga Joe hoje. Precisamos conversar.– A diretoria do hospital? – Ela concordou. – Damian fez alguma coisa?– Não, ele não fez nada. – Ela garantiu. – Mas preciso ficar por dentro desse assunto.Concordo.– Ok, mais tarde eu passo aqui. – Beijei sua testa. Nos despedimos e eu segui com os meus compromissos. O trabalho na empresa hoje na parte da manhã foi puxado, estamos desenvolvendo uma nova linha de carro esportivo e dessa vez assim parceria alguma. Com trabalhos assim o estresse é bem maior, mas ainda prefiro do que ter que ter opin
P.V. CHARLES GRANT– Olha, quem temos aqui. – Paul entrou na sala com um grande sorriso em seu rosto. – Interessante que temos uma visita sua só agora.– Pai, agora não. – Francine falou nervosa.– O que aconteceu? Ele veio se defender para nossa família? Agora? Onde será que ele enfiou o respeito dele? – Paul me olhou com raiva. Balancei um pouco a minha cabeça, suspirando. Não vou cair em tentação de ficar brigando com ele, não ficarei gastando meu tempo com isso.– Pode não morar conosco, mas carrega o nosso nome. Deve respeitar essa família, garoto. Está trazendo uma desqualificada…– Chega! – Loretta se levantou. – Foi a tempo de parar porque estava pronto para dar um passo em direção ao Paul. – Chega, Paul. Já tivemos uma conversa aqui.– Então devemos continuar, mãe. Eu tenho coisas a falar…– Essa conversa acabou. – Loretta me olhou. – Eu tenho uma dívida com você, Charles. Uma dívida pela sua mãe. Espero que essa Aline seja tudo que você diga. – Loretta fez um leve a cena de
P.V. PAUL GRANT – Eu não gosto quando você fica pensativo desse jeito, pai. – Francine me olhou com atenção. – Me diz o que você está pensando.– Para você ficar contra mim? Não obrigado. – Balancei o líquido do whisky em meu copo, olhando para um canto qualquer. – Me deixa sozinho com os meus pensamentos.– Ficar contra você? Parou para pensar que só estou querendo ajudar todos nós.Dou um sorriso fraco.– Por que você não é como seu irmão Roger?– Um idiota? – Ela fingiu estar confusa. – Porque ao contrário dele eu penso direito. Ah, você quer algum apoio e sabe que terá do Roger sem ele questionar.– Esse é o motivo para você ser igual ao seu irmão. – Revirei os olhos e bebi um gole whisky. – Talvez só ele consiga ver o que realmente está acontecendo nessa família.– Essa sua raiva ainda é por Charles ter te expulsado da empresa ou é por causa da Aline? – Francine cruzou os braços. – Ela não quer uma aproximação com a gente…– Não deveria existir essa aproximação. – Apertei o copo