P.V. ALINE Não existe mais contrato? Nada me impede de ver o meu filho? Depois de um dia cheio de caixinhas de surpresa e que Charles está completamente envolvido. Ele me parece agora à noite na minha casa sem aviso algum e me fala isso. Meu coração batia tão forte que precisava respirar bem fundo várias vezes para me acalmar. O corte na boca de Charles não foi nada grave, mas o soco pegou bem certeiro. O tio dele devia estar com muita raiva, poderia ter quebrado a sua mandíbula. Terminei o curativo.– Pronto. – Falei me afastando.Ele estava sentado no meu sofá, ficando pouquíssimos centímetros mais baixo do que eu, fechei o kit de primeiros socorros.– Obrigado. – Charles mexeu a mandíbula de um lado para o outro.Tenho certeza que ele sentia dor.– É agora que você se gaba e diz que o seu tio está bem pior do que você? – Provoquei.Charles me deu um sorriso sacana, eu inclinei a cabeça para o lado não reconhecendo esse Charles.– Garanto que o outro ficou pior do que eu e dei mais
Ontem foi tudo muito confuso, primeiro Charles liberando eu ver o meu filho, não tem contrato algum que me impeça. Depois de um breve jantar que tivemos juntos depois de anos e ele confirmando novamente sobre eu estar na vida do meu filho.Faltou a parte que a gente se beija e faz amor durante a noite toda? É isso que aconteceria em um livro ou em um filme? Charles me acalmou, voltamos a jantar e depois de um clima bom ele foi embora. Desde que acordei não sai da minha cama, pensando em tudo que aconteceu.Ontem quando cheguei em casa antes de me render as lágrimas conversei com alguns amigos meus médicos e ontem mesmo foram ver meu pai. Alguns benefícios de ter feito o nome no mercado e por ser uma boa pessoa é claro, mas aproveitei um pouco da boa forma que tenho. Meu pa
Eu olhei minha geladeira e suspirei. Tinha tudo para poder fazer uma refeição perfeita, mas não estou nem um pouco afim de fazer. A parte ruim de morar sozinha é que se você não cozinhar, não terá comida. Vou ter que pedir alguma coisa. Vou ler ao redor da minha cozinha para ver a sala. Tenho uma cozinha box.Dá para uma família viver aqui tranquilamente, então é grande o suficiente para uma pessoa. Faço um estalo na língua. Desde que cheguei poucas vezes me senti sozinha aqui e hoje é esse dia. Meu celular começou a tocar, caso seja Damian é capaz que eu aceite sua companhia.Não quero que ele pense que estou dando liberdade para algo acontecer entre a gente, gosto muito da sua companhia e ele demonstrou
Nossas comidas chegaram e fiquei surpresa quando Joe conseguiu comer tudo e mais um pouco. Alvin não aguentou comer a comida toda dele e durante o nosso almoço Joe só tinha olhos para a comida. Chegou a conversar com a gente, mas estava concentrado na comida.Ele com certeza tem mais etiqueta que eu nesse momento. Joe prestava atenção em tudo e os meninos sempre ajudando mutualmente ao falar alguma coisa. É fofo vê-los juntos. Os meninos não precisam de ajuda na carne, porque veio cortado para eles. Quando terminamos, Joe e Alvin foram para a área das crianças brincar, deixando Charles e eu sozinhos. De onde estamos dá para ver eles.– Não sei se fico surpresa por ele ter comido todos os legumes sem reclamar ou por comer toda aquela comida,
Eu estou pronta para rebater qualquer coisa que ele vier dizer. Se antes eu não ficava quieta e sempre discutia com ele, agora não será diferente. Estou com mais força e disposição para falar. E obviamente Joe puxou a mim, Charles tem que aceitar.– É, a ousadia e a teimosia com certeza se apoderaram de você. – Charles entreabriu os lábios soltando o ar e acabei me perdendo nessa imagem. Ele riu. Cretino! – Agora com certeza a inteligência foi da minha parte.– Ousadia e teimosia? Eu vou te mostrar…– Vocês dois estão brigando? – Olhamos para Joe.Como que ele se aproximou da mesa sem a gente ter visto? Joe estava com as mãos na mesa e olhava para mim e depois para Charles.– Acho que não chamamos atenção apenas do Joe. – Charles comentou.Olhei ao redor vendo que tinha algumas pessoas das outras mesas olhando para a gente. Opa! Acho que estamos falando alto demais. Culpa do Charles é obvio.– Por que vocês estão brigando? – Joe parecia confuso.– Não estamos brigando. – Charles garan
P.V. ALINE– Você parece estar bem melhor agora do que ontem quando conversamos pelo telefone. – Damian falou depois que fizemos o pedido do nosso almoço.– Consegui aproveitar bem o meu domingo e dormir bastante.Ontem à tarde acabou sendo maravilhosa ao lado de Charles e os meninos. Charles passou o dia todo me zoando por eu ter sugerido que Joe faltasse à escola. Descobri que o meu filho ama estudar, não me puxou. Pelo menos na época que eu era criança não queria ficar com a cara nos livros, Charles confessou que também não era assim.Até que começamos a discutir novamente de quem ele puxou a intelig&e
Nos últimos dias de folga participei com Damian em uma conferência sobre algumas atualizações no hospital. Foi cada chefe do seu setor que apresentou as melhorias que precisávamos, era para essa conferência acontecer só na semana que vem, mas tiveram que adiantar esse processo.Então foi preciso viajar para Los Angeles e fazer esse encontro com alguns que estavam presentes e alguns diretores tiveram que fazer através de chamada de vídeo. Precisei desmarcar o meu passeio com Charles e Joe, passamos uns dois dias em Los Angeles para resolver esses assuntos.Não queríamos sair de lá com um não, então sempre no intervalo de cada reunião procurávamos melhorar as nossas propostas. Isso acabou deixando os chefe de cada
O que eu temia aconteceu, quase perdi o horário do voo. Acordei porque bateram na minha porta constantemente e me ligaram. Precisei me arrumar às pressas. Ainda bem que não atrasei o voo e acabamos chegando no horário certinho. Não tive muito tempo para falar com Damian devido ao meu atraso e precisamos correr para não perder o voo. Ontem eu mandei uma mensagem para ele a resposta dizendo que em Nova York conversaremos. Bloqueei o celular e em questão de segundos dormi. Quando acordei hoje de manhã só tinha uma mensagem dele concordando. Eu estava com sono para dar e vender e durante o voo aproveitei para dormir. No aeroporto, meu celular começou a tocar, peguei no bolso da calça e vi o nome do Charles. A última vez que eu falei com ele foi ontem na parte da manhã que ele perguntou como eu estava. – Oi? – Tia, Aline. – Era Joe. – Quando eu vou ver você de novo? Meu coração se aqueceu ao ouvir a sua voz, é uma pena não ter me chamado de mãe. Mas só de saber que agora eu posso esta