No caminho para casa do Charles sempre quando tinha trânsito ou parava um sinal digital uma mensagem para Shari, mas a resposta sempre era a mesma. Ninguém havia chegado lá. Estava ficando nervosa com isso. Agradecer pelo trânsito está ao meu favor e não demorei muito para chegar na casa do Charles.Liberar a minha entrada e eu não me preocupei em colocar o carro na garagem. Entrei logo em casa vendo Matilde e Charles. Ambos não estavam com a cara na boa.– Cadê o Joe? – perguntei assim que me aproximei deles.– Fica calma. – Charles pediu. – Matilde traga uma água com açúcar para ela…– Charles! Ele me olhou. Não quero que ele fique enrolando para me contar se acontecer alguma coisa, eu quero saber logo.– Eu ainda não sei onde Joe está.Pisquei algumas vezes tentando entender as suas palavras.– Como assim? – Minha voz saiu em um sussurro. – Como assim você não sabe onde Joe está?Ele suspirou e fechou os olhos por alguns segundos.– Quando o motorista passou para buscar já haviam
P.V. CHARLES GRANT– Charles vai devagar. – Meu pai chamou a minha atenção mais uma vez. – Sabemos que Paul está em casa. Toda a família está lá esperando uma explicação. Então dirige esse carro devagar ou em vez de chegar naquela casa a gente vai parar no hospital.Tentei manter a minha calma e eu controlei na velocidade. Quando eu recebi a ligação do Leonard falando que Paul tinha armado um suposto sequestro a fim de me dar um susto por pura diversão da parte dele. Talvez ele esteja com raiva por eu ter afastado ele dos negócios da família, não importa qual seja o motivo. Ah, Paul. Apertei o volante com força. Eu quase acabei descontando, a minha raiva na Aline e seria mais um motivo para acabar com Paul se eu tivesse sido um pouquinho que fosse rude com ela. Esse desgraçado não sabe o que o espera.Quando a Aline me ligou e falou que Joe não havia chegado. Não dei tempo para pensar e mandei que ela fosse para minha casa não sabendo se ela seria a próxima a assumir, ela já tinha seg
P.V. ALINE CARTER– Você tem certeza que vai fazer isso? – Matilde falou quando eu entrei dentro do carro.– Por favor, cuide do meu filho que eu já volto.Depois de ter a confirmação de quem era Paul Grant e como chegar na casa dessa família, eu não pensei duas vezes em ir até lá. Tenho certeza que Charles e Filipe foram para lá, ele recebeu a ligação naquele momento. Eu não sei a história toda, mas sei que Joe passou todo esse momento com o Paul, ele disse para o Joe que tinha avisado para Charles e para mim. Joe me contou que passeou com seu tio avô em um parque e ele comprou coisas para comer, meu filho só estranhou porque o Alvin não estava juntos.Tentei manter a calma durante o volante. Mas a minha ansiedade só aumentava conforme eu queria chegar logo na casa dessa família e parecia demorar cada vez mais. Quando cheguei não queriam deixar eu passar.– Sou a mãe do filho do Charles Grant, meu marido está aí e eu preciso falar com ele agora. – Mantive a minha voz firme e olhei p
Lavei meu corpo para frente e Charles me segurou com mais força.– A mulher que pariu Joe Carter Grant. – falei olhando em seus olhos. – Seu bisneto de 5 anos. Você pode pensar o que for de mim e me odiar o quanto quiser, mas não vai me desmerecer como mãe. Você pode ter dado um jeito de descobrir sobre a minha vida, mas nunca vai saber o que realmente passei e senti para chegar até aqui. Loretta, você pode me massacrar o quanto quiser, mas nunca em hipótese alguma envolva o meu filho.Loretta continua me olhando e dessa vez tendo coincidência do que fala. Não considero que eu tenha falado bonito a ponto de calar a boca dela, mas é como se Loretta estivesse me analisando ou talvez tivesse visto algo diferente em mim. Não pense que sua opinião vai mudar sobre mim e eu não me importo com isso já deixei claro que o meu filho é importante para mim. Uma mulher dos cabelos negros bem mais jovem se aproximou, ela é bem branca e sorria. Um pouco mais distante estava Priscila que olhava atent
Filipe se ofereceu para voltar com meu carro e eu voltasse com o Charles para casa. Eu não neguei, por outro lado, eu até agradeci. Depois que aceitei me casar com o Charles, Loretta realmente ficou sem palavras. Não tinha mais nada que ela pudesse fazer para me tirar de vez dessa família. Pude perceber um pequeno sorriso no rosto da Francine e ainda estou me decidindo se confio nela ou não, preciso conversar também com a Priscila. É a primeira fez do meu maior contato na família. Encarar a anfitriã não foi tranquilo como fiz parecer. Não ficarei me gabando ou algo do tipo.Não ouvi coisas boas da avó do Charles e chegar na casa dela socando a cara do seu filho não foi uma boa primeira impressão.Sentei no banco do carona ao lado do Charles e coloquei o cinto de segurança, faltava pouco para as cinco horas da tarde. Eu queria comer e dormir, mas queria fazer isso com meu filho ao meu lado. O caminho para a casa do Charles foi em silêncio e eu estava pensando seriamente se tentaria co
Entramos de mãos dadas na casa. Joe e Matilde estavam na sala com os brinquedos do Joe. Assim que meu filho nos viu ele veio correndo para abraçar o pai que até então ainda não tinha o visto. Charles se abaixou para pegar ele no colo.Eu não consigo transmitir em palavras o quanto gosto de ver esses dois juntos. Joe é uma miniatura do pai, Já cheguei ver algumas fotos do Charles quando era pequeno e eu apenas imprimir o Joe. Meu filho parece pouquíssimo comigo e dá aquela invejinha de leve, já tá te dando, mas a beleza é inconfundível.– Acho que você cresceu uns 10 cm de ontem para hoje. – Charles brincou com ele. – ou será que foi 20 cm.– Eu não estou tão grande assim, papai e eu não quero crescer muito senão você e a mamãe não vão mais me pegar no colo. – Ele se curvou para o lado para dar um beijo na minha bochecha e eu retribui dando outro beijo nele.– Enquanto eu puder estarei sempre te pegando no colo, meu amor.– Por mim você pode continuar desse tamanho, não cresce não, meu
– Eu não fiquei nem um pouco surpresa quando Leonardo me falou que você queria me ver. – Priscila sentou à minha frente. Estamos no lado de fora da casa enquanto nossos filhos brincam logo mais à frente.– Teria como eu não te chamar? – Eu ri de nervoso. – Tudo que aconteceu ontem para mim foi completamente novo e olhando para você parecia calma e acostumada com toda aquela pressão. Quando você se casou com Leonard foi desse jeito?– Não. – Ela riu quando eu fiz uma careta. – A minha família já conhecia a dele e vice-versa. A família Grant não é nada fácil de lidar, Aline. E se você não fosse capaz de conviver com essa família, você já teria pulado para o lado do barco a tempo. – Ela sorriu para mim e eu acabei sorrindo também. – Como Francine falou, você é uma mulher forte e essa família gosta.– Francine. Exatamente sobre o que eu gostaria de falar.– Quer saber se ela é confiável ou não, não é? – Isso!– Fiquei nessa dúvida na primeira vez que conheci também. Desde que você não m
A cada dia que passa, não me vejo acordando em completa paz. Não fico surpresa quando alguma coisa acontece e fico ansiosa pelos próximos acontecimentos. Sobre a direção do hospital vem ficando cada vez mais complicado, aconteceu duas reuniões e mesmo assim foi cheio de incertezas. Ninguém queria dar um veredito final. McGee é quem vem dificultando as coisas para mim.Leonard me alertou. McGee é o ponto neutro dessa decisão, mas ele deixou em aberto a direção. O que acaba sendo estranho, me parece que aconteça uma troca na direção. Só não achou alguém ainda, como convencer esse homem? Loretta garantiu que iria ajudar e ontem colocou uma observação para poder resolver esse assunto. Depois do casamento com Charles, a direção seria minha. Não temos tempo para organizar um casamento.Ela não implica com a quantidade de convidados, se vou querer uma festa pequena ou grande, mas também preciso considerar a família que estou entrando. Um novo evento irá acontecer na família Grant, todos prec