P.V. ALINE CARTER– Você tem certeza que vai fazer isso? – Matilde falou quando eu entrei dentro do carro.– Por favor, cuide do meu filho que eu já volto.Depois de ter a confirmação de quem era Paul Grant e como chegar na casa dessa família, eu não pensei duas vezes em ir até lá. Tenho certeza que Charles e Filipe foram para lá, ele recebeu a ligação naquele momento. Eu não sei a história toda, mas sei que Joe passou todo esse momento com o Paul, ele disse para o Joe que tinha avisado para Charles e para mim. Joe me contou que passeou com seu tio avô em um parque e ele comprou coisas para comer, meu filho só estranhou porque o Alvin não estava juntos.Tentei manter a calma durante o volante. Mas a minha ansiedade só aumentava conforme eu queria chegar logo na casa dessa família e parecia demorar cada vez mais. Quando cheguei não queriam deixar eu passar.– Sou a mãe do filho do Charles Grant, meu marido está aí e eu preciso falar com ele agora. – Mantive a minha voz firme e olhei p
Lavei meu corpo para frente e Charles me segurou com mais força.– A mulher que pariu Joe Carter Grant. – falei olhando em seus olhos. – Seu bisneto de 5 anos. Você pode pensar o que for de mim e me odiar o quanto quiser, mas não vai me desmerecer como mãe. Você pode ter dado um jeito de descobrir sobre a minha vida, mas nunca vai saber o que realmente passei e senti para chegar até aqui. Loretta, você pode me massacrar o quanto quiser, mas nunca em hipótese alguma envolva o meu filho.Loretta continua me olhando e dessa vez tendo coincidência do que fala. Não considero que eu tenha falado bonito a ponto de calar a boca dela, mas é como se Loretta estivesse me analisando ou talvez tivesse visto algo diferente em mim. Não pense que sua opinião vai mudar sobre mim e eu não me importo com isso já deixei claro que o meu filho é importante para mim. Uma mulher dos cabelos negros bem mais jovem se aproximou, ela é bem branca e sorria. Um pouco mais distante estava Priscila que olhava atent
Filipe se ofereceu para voltar com meu carro e eu voltasse com o Charles para casa. Eu não neguei, por outro lado, eu até agradeci. Depois que aceitei me casar com o Charles, Loretta realmente ficou sem palavras. Não tinha mais nada que ela pudesse fazer para me tirar de vez dessa família. Pude perceber um pequeno sorriso no rosto da Francine e ainda estou me decidindo se confio nela ou não, preciso conversar também com a Priscila. É a primeira fez do meu maior contato na família. Encarar a anfitriã não foi tranquilo como fiz parecer. Não ficarei me gabando ou algo do tipo.Não ouvi coisas boas da avó do Charles e chegar na casa dela socando a cara do seu filho não foi uma boa primeira impressão.Sentei no banco do carona ao lado do Charles e coloquei o cinto de segurança, faltava pouco para as cinco horas da tarde. Eu queria comer e dormir, mas queria fazer isso com meu filho ao meu lado. O caminho para a casa do Charles foi em silêncio e eu estava pensando seriamente se tentaria co
Entramos de mãos dadas na casa. Joe e Matilde estavam na sala com os brinquedos do Joe. Assim que meu filho nos viu ele veio correndo para abraçar o pai que até então ainda não tinha o visto. Charles se abaixou para pegar ele no colo.Eu não consigo transmitir em palavras o quanto gosto de ver esses dois juntos. Joe é uma miniatura do pai, Já cheguei ver algumas fotos do Charles quando era pequeno e eu apenas imprimir o Joe. Meu filho parece pouquíssimo comigo e dá aquela invejinha de leve, já tá te dando, mas a beleza é inconfundível.– Acho que você cresceu uns 10 cm de ontem para hoje. – Charles brincou com ele. – ou será que foi 20 cm.– Eu não estou tão grande assim, papai e eu não quero crescer muito senão você e a mamãe não vão mais me pegar no colo. – Ele se curvou para o lado para dar um beijo na minha bochecha e eu retribui dando outro beijo nele.– Enquanto eu puder estarei sempre te pegando no colo, meu amor.– Por mim você pode continuar desse tamanho, não cresce não, meu
– Eu não fiquei nem um pouco surpresa quando Leonardo me falou que você queria me ver. – Priscila sentou à minha frente. Estamos no lado de fora da casa enquanto nossos filhos brincam logo mais à frente.– Teria como eu não te chamar? – Eu ri de nervoso. – Tudo que aconteceu ontem para mim foi completamente novo e olhando para você parecia calma e acostumada com toda aquela pressão. Quando você se casou com Leonard foi desse jeito?– Não. – Ela riu quando eu fiz uma careta. – A minha família já conhecia a dele e vice-versa. A família Grant não é nada fácil de lidar, Aline. E se você não fosse capaz de conviver com essa família, você já teria pulado para o lado do barco a tempo. – Ela sorriu para mim e eu acabei sorrindo também. – Como Francine falou, você é uma mulher forte e essa família gosta.– Francine. Exatamente sobre o que eu gostaria de falar.– Quer saber se ela é confiável ou não, não é? – Isso!– Fiquei nessa dúvida na primeira vez que conheci também. Desde que você não m
A cada dia que passa, não me vejo acordando em completa paz. Não fico surpresa quando alguma coisa acontece e fico ansiosa pelos próximos acontecimentos. Sobre a direção do hospital vem ficando cada vez mais complicado, aconteceu duas reuniões e mesmo assim foi cheio de incertezas. Ninguém queria dar um veredito final. McGee é quem vem dificultando as coisas para mim.Leonard me alertou. McGee é o ponto neutro dessa decisão, mas ele deixou em aberto a direção. O que acaba sendo estranho, me parece que aconteça uma troca na direção. Só não achou alguém ainda, como convencer esse homem? Loretta garantiu que iria ajudar e ontem colocou uma observação para poder resolver esse assunto. Depois do casamento com Charles, a direção seria minha. Não temos tempo para organizar um casamento.Ela não implica com a quantidade de convidados, se vou querer uma festa pequena ou grande, mas também preciso considerar a família que estou entrando. Um novo evento irá acontecer na família Grant, todos prec
Sabe aquelas crianças que apanham na escola e sua mãe está disposta a ir até a escola para tirar satisfação com a mãe do outro coleta? Rebeca me segurava pelo braço me arrastando pelo hospital. Pude ver a Manuela e dou um tchauzinho.Rebeca não me deixa parar, não me deixa falar. Bem, apenas o básico. Eu tinha que mostrar a ela onde ficava a sala de reuniões, confesso que estava com medo dela. Falei sem questionar. Receba estava pronta para uma boa conversa. Estou vestida com uma legging e uma camiseta, fora o tênis de correr.Charles, Filipe e Rosangela estão no lado de fora da sala. Tinha mais algumas pessoas, não me importei de olhar para elas, estou com vergonha porque Rebeca continua a me puxar.– O que está… – Rosangela não tem espaço para falar.Receba passou por ela e abriu a porta da sala. Todos nos olharam, os que estavam lá fora aproveitaram para entrar.– Oi, amor. – Rebeca falou sorrindo.Leornad e Kaden me olharam sem entender. Kaden deve ter desmarcado o almoço com Shar
No dia seguinte entrar naquele hospital foi diferente. Recebi os olhares e alguns não muito agradáveis, mas sorri para todos. Sim, hoje mesmo começarei a trabalhar. Nenhum dos Mccall implicou com isso e nada ouvi sobre eles. Mas também não posso negar que estou totalmente tranquila. É melhor viver cada coisa de uma vez.– Aline! – Manuela correu em minha direção e se conteve na minha frente para não me abraçar. – Estou tão feliz que você conseguiu. A sua antiga sala foi liberada e a sala que era do Damian está à sua disposição.Olhei para ela surpresa.– Mas já?– Sim. &