– Papai, mamãe? – Joe nos chamou saindo do quarto dele.Charles fechou os olhos por alguns segundos, mas logo se virou para atender o nosso filho. Eu poderia dizer que acabei de ser salva pelo gongo. Charles acabou de dizer que me ama e me deixou completamente sem reação, eu não falei nada disso então e chegou Joe. Talvez me salvando… não, não tem do que ele me salvar. Eu só não estava esperando que Charles dissesse que me amava.– Já está acordado? – Charles ajudou de eu ir a subir na cama. – Deveria estar dormindo.– Eu escutei algumas vozes. – Ele passou a mão nos olhos e bocejou. – Posso dormir aqui com vocês?– Já posso considerar acordar o meu filho mais um motivo para acabar com a Barbara? Charles olhou para mim rapidamente.– Não! O que você teve que fazer já foi feito. Chega de confusão.Revirei os olhos. Eu só tinha falado isso apenas para provocar ele.– Vem, Joe. – Estendi as mãos para ele.Joe sorriu e veio me abraçar. Olhei para Charles e ele estava nos olhando, sorrind
Os dois últimos dias foram simplesmente perfeitos. Não tivemos mais dor de cabeça com ninguém, a família Roy foi embora no no mesmo dia que ficou batendo na porta de manhã cedo. Agradeci mentalmente por isso, sem chance de ter mais alguma confusão. Ao contrário dos primeiros dias, esses dois últimos foram em completa paz. Ontem peguei o último horário e fui ao salão fazer o meu cabelo hoje na hora do almoço estamos voltando para Nova York. Almoçamos durante o voo. Nessa última noite Joe teve mais dificuldade para dormir.Ele não queria ir embora.Coloquei ele deitado no quarto e deixei a porta encostada. Da poltrona onde eu estava dava para ver ele.– Você vai para seu apartamento ou lá para casa? – Charles perguntou enquanto digitava alguma coisa no celular. – Deixo claro que eu prefiro a segunda opção.Sorri e neguei com a cabeça mesmo que ele não estivesse me olhando.– Eu vou para o meu apartamento. Tenho que ver se a Shari está viva. Shari dificilmente me mandou mensagem enquant
Estou ficando agoniada com isso, ele sempre tinha alguma coisa para falar. Filipe me olhou e sentou no braço do outro sofá.– Eu imagino que você tenha entendido muitas pessoas ainda mais quando escolheu a área da pediatria. – Era estranho ver essa nova versão do Filipe. – Por que essa menina? Por que eles vão usar outra criança?Não consegui manter o olhar e desliguei vendo a imagem da Lua na minha cabeça. Ela era uma garota espetacular. Ela com certeza seria um motivo para sempre voltar à Inglaterra.– Seus pais procuraram um hospital tarde demais. Lua estava com sepse, é mais conhecida como infecção generalizada. Essa infecção estava muito avançada. – Lembrei de quando ela foi levada para o hospital reclamando de muita dor a ponto de chorar. – Conseguiu ficar com a gente durante alguns meses, mas nunca consegui ir embora para casa.– Você cuidava diretamente dela. – Não foi uma pergunta.Olhei para Filipe e concordei.– Eu era médica responsável da Lua e poucas pessoas poderiam ter
P.V. KADEN GRANTEssa mulher que Charles foi arranjar sabe mesmo ser vingativa. Não esperava que ela fosse deixar a amiga dela sozinha aqui comigo e muito menos imaginei que Shari tivesse contado para a Aline sobre a gente. Hm, sobre a gente ter se conhecido. Não que ela não pudesse contar… Eu só… esquece! Por que eu estou nervoso? Não estava em meus planos encontrar com a Shari nem tão cedo. Leonard que sugeriu que a gente chamasse ela. As acusações contra a Aline estavam bem altas e Shari é a amiga mais antiga de Aline que a gente conhece. Aline poderia encontrar algum conforto com a amiga ali. Quando ela chegou eu fiz apenas uma cena de cabeça, Filipe que não é muito de conversar quis conhecer Shari. Ela por outro lado estava tímida, parece que ela tem as suas versões. Fiquei empolgado em conhecer cada uma. Não tem como eu me afastar. Parece que sempre vai ter algum momento que vamos nos encontrar. Shari me muito a Pérola e talvez tenha sido um dos motivos para querê-la tanto por
P.V. ALINEMe estiquei toda na cama e bocejei. Acabei dormindo direto, quando cheguei ontem era dia ainda. Ouvir barulho vindo na cozinha e deve ser a Shari tomando seu café da manhã. Levantei da cama e tomei banho para despertar mais. Antes de sair do quarto peguei meu celular em cima do criado-mudo, eram dez e meia. Dormi mais do que esperava e não ouvi o despertador tocar. Mesmo que eu não fosse trabalhar como costumava, não gosto de passar tanto tempo na cama, costumo sair e caminhar um pouco pela manhã quando não está muito frio também.– Olha, a bela adormecida acordou. – Sua voz não estava nada boa para o meu lado.Sorri para Shari. O sorriso mais inocente que eu poderia dar.– Bom dia, amiga! – Vou até ela para abraçá-la, mas desviei quando ela apontou a colher quente que ela estava fazendo seu ovo em minha direção.– Você foi bem traíra comigo ontem! – ela falou em tom de acusação. – Eu não faria isso com você.– Vai me dizer que você não gostaria de passar um tempo com ele?
No caminho para casa do Charles sempre quando tinha trânsito ou parava um sinal digital uma mensagem para Shari, mas a resposta sempre era a mesma. Ninguém havia chegado lá. Estava ficando nervosa com isso. Agradecer pelo trânsito está ao meu favor e não demorei muito para chegar na casa do Charles.Liberar a minha entrada e eu não me preocupei em colocar o carro na garagem. Entrei logo em casa vendo Matilde e Charles. Ambos não estavam com a cara na boa.– Cadê o Joe? – perguntei assim que me aproximei deles.– Fica calma. – Charles pediu. – Matilde traga uma água com açúcar para ela…– Charles! Ele me olhou. Não quero que ele fique enrolando para me contar se acontecer alguma coisa, eu quero saber logo.– Eu ainda não sei onde Joe está.Pisquei algumas vezes tentando entender as suas palavras.– Como assim? – Minha voz saiu em um sussurro. – Como assim você não sabe onde Joe está?Ele suspirou e fechou os olhos por alguns segundos.– Quando o motorista passou para buscar já haviam
P.V. CHARLES GRANT– Charles vai devagar. – Meu pai chamou a minha atenção mais uma vez. – Sabemos que Paul está em casa. Toda a família está lá esperando uma explicação. Então dirige esse carro devagar ou em vez de chegar naquela casa a gente vai parar no hospital.Tentei manter a minha calma e eu controlei na velocidade. Quando eu recebi a ligação do Leonard falando que Paul tinha armado um suposto sequestro a fim de me dar um susto por pura diversão da parte dele. Talvez ele esteja com raiva por eu ter afastado ele dos negócios da família, não importa qual seja o motivo. Ah, Paul. Apertei o volante com força. Eu quase acabei descontando, a minha raiva na Aline e seria mais um motivo para acabar com Paul se eu tivesse sido um pouquinho que fosse rude com ela. Esse desgraçado não sabe o que o espera.Quando a Aline me ligou e falou que Joe não havia chegado. Não dei tempo para pensar e mandei que ela fosse para minha casa não sabendo se ela seria a próxima a assumir, ela já tinha seg
P.V. ALINE CARTER– Você tem certeza que vai fazer isso? – Matilde falou quando eu entrei dentro do carro.– Por favor, cuide do meu filho que eu já volto.Depois de ter a confirmação de quem era Paul Grant e como chegar na casa dessa família, eu não pensei duas vezes em ir até lá. Tenho certeza que Charles e Filipe foram para lá, ele recebeu a ligação naquele momento. Eu não sei a história toda, mas sei que Joe passou todo esse momento com o Paul, ele disse para o Joe que tinha avisado para Charles e para mim. Joe me contou que passeou com seu tio avô em um parque e ele comprou coisas para comer, meu filho só estranhou porque o Alvin não estava juntos.Tentei manter a calma durante o volante. Mas a minha ansiedade só aumentava conforme eu queria chegar logo na casa dessa família e parecia demorar cada vez mais. Quando cheguei não queriam deixar eu passar.– Sou a mãe do filho do Charles Grant, meu marido está aí e eu preciso falar com ele agora. – Mantive a minha voz firme e olhei p