Célio saiu para trabalhar e resolvi fazer uma surpresa para ele, indo até o seu escritório. No caminho, encontro Eduardo. — Célio irá gostar da sua vinda aqui, ele está sozinho na sala de reuniões. — Vim buscá-lo para irmos para casa. Mas na minha cabeça, tem mil e um planos para esta noite. Acabo nos braços do Célio, na sala de reuniões, pois não resisti a ele e nos amamos em cima da mesa. Sinto necessidade de dizer o quanto o amo e ficar abraçada a ele, como se algo fosse acontecer e necessitasse morar no seu abraço, aproveitando cada segundo. — Está feliz ao meu lado? Estou te achando estranha. — Estou muito feliz, mas senti saudade, uma vontade enorme de ficar perto de você. Ele me abraça dizendo que me ama muito e vamos para casa. *** Dias depois que ganhamos a guarda da Luna, Célio teve que ir sozinho à fazenda do irmão, visitar o seu sobrinho que nasceu. Eu não pude ir por conta das visitas da assistente social, pois a avó da Elisa ainda não desistiu de lut
Não foi fácil passar o dia longe daquele hospital, tanto que precisei tomar remédios para dormir e quando acordei já era noite, ainda meio tonta, vi Lurdes ao meu lado. — Tia Lurdes, posso te chamar assim também? — Claro que pode, Luna. Estou aqui porque não queria deixar você sozinha. — Preciso ir ver o Célio, tia, estou preocupada. Tive um pesadelo ruim. — Já está tarde e Laerte está lá com ele, filha. Amanhã você irá vê-lo, eu também irei. Tentei me levantar e uma tontura me faz sentar novamente na cama. — Luna, está tonta? — Ela segura na minha mão. — Sim, muito tonta, o calmante que tomei me deixou assim e também não me alimentei. Ela sai do quarto, mas rapidamente volta com um prato com sopa de legumes. Como à força tudo aquilo, pois estou me sentindo muito mal e bastante culpada. *** Acordo pedindo a Deus para que não ser verdade tudo o que estamos passando, mas ao olhar para o lado e ver a cama vazia é a constatação da realidade. Faço a minha higiene, tom
Senti Luna muito apreensiva, mas nunca acreditei em intuição. No momento em que vi aquele homem mascarado, com uma arma apontada em direção à minha Luna, meu sentimento foi um só, protegê-la e ao entrar na sua frente, aquele projétil invadiu o meu peito, rasgando tudo. Cai lentamente no chão, ouvindo o “não” da Luna longe e quanto mais longe ouvia sua voz, meus olhos já não a enxergavam muito bem. A partir dali, não sabia se iria sobreviver, falei que amo Luna e Elisa, e apaguei. Tudo foi como um sonho e meu inconsciente pediu para voltar para a minha família. Aos poucos, fui acordando e uma enfermeira correu para chamar o médico, em seguida uma equipe entrou no quarto. — Ele apresentou uma melhora! — O médico aperta a minha mão. Retribuo o gesto com pouca força, para mostrar que estou vivo pela minha família. Em seguida, mais médicos chegam. Já me considero um milagre, pois o importante foi que acordei! Eles cuidam de mim e após isso durmo novamente. *** Percebo que já
A emoção é tão grande que não cabe em mim. Sinto um frio na barriga de tanto nervoso ao saber que Célio acordou, então sorrio e toco a barriga, olhando para Vanessa. — E aí, Luna, já sabe como irá dar a notícia ao Célio? — Estou nervosa. Não sei o que eu faço. Acho melhor esperá-lo ter alta para contar. — Ele irá ficar feliz de qualquer modo! Fico esperando mais notícias para saber como ele está e Laerte vem até nós, informando que Célio está bem. Conversamos sobre a possibilidade de ele ter alta e fazermos uma surpresa em casa mesmo, para anunciar a gravidez e comemorar o seu aniversário, Laerte concorda. — Luna, Célio só fala em você, é melhor ir vê-lo antes que ele queira vir para casa ainda hoje. — Sim irei vê-lo, devo a minha vida a ele — falo emocionada. Quando entro no quarto, vejo na minha frente um homem forte e corajoso e tenho a certeza de que acertei na escolha do pai do meu filho. A emoção fala mais alto no nosso reencontro, mas nada se compara a emoção de
Não tenho dúvida de que Luna é a mulher da minha vida e, no momento em que me encontro, quero só formar a minha família e criar os meus filhos, mas está faltando o casamento para selar de uma vez por todas o amor. Eu a pedi em casamento e ela respondeu que sim, para a minha alegria. Como é bom amar e ser amado. Acordo e noto que Luna não está do meu lado. Há apenas sua camisola, que está do lado da cama. Pego a peça e sinto o cheiro do seu perfume, então suspiro, sorrindo. Como é bom estar vivo! Quando desço, encontro todos reunidos no jardim. Vanessa segura Benjamin nos braços enquanto Luna organiza o café da manhã com Ilma, Laerte conversa com Eduardo e as duas tias estão conversando e cuidando da Elisa. Antes disso acontecer, jamais imaginei que fosse tão amado assim. — Bom dia a todos! — falo. — Bom dia, meu amor, aqui estão seus medicamentos. — Luna vem até mim, trazendo uma bandeja. — Quero aproveitar a presença de todos aqui para comunicar, que pedi Luna mais uma v
LUNA Receber a notícia da prisão de Marisa foi algo que soou como libertador, mas ao mesmo tempo triste. Receio que no futuro, Elisa queira saber quem são os seus avós e vai me doer falar a verdade sobre quem realmente foi a avó dela. Estou no quarto quando sou chamada à sala, pois Eduardo chegou e quer conversar com Célio e comigo. — Tenho notícias boas, casal, a guarda da Elisa é totalmente de vocês. Marisa está presa, confessou o crime e agora ela irá pagar pelo que fez — Eduardo fala. Olho para Célio que me abraça. — Somos pais oficiais da Elisa! — Célio faz carinho no meu cabelo. — Muito obrigada por todo apoio e trabalho de vocês dois. Me ajudaram demais. — Seguro a mão do Célio. Em plena manhã, Célio abre um champanhe para comemorar a novidade. Como não bebo, fico só com um suco de laranja, vendo tamanha felicidade. Como é bom retirar essa preocupação que nos afligia. *** CASAMENTO: O final do mês chega e após Célio e eu passarmos por uma avalanche de emoções,
A cada mês que passa, a barriga da Luna cresce mais e estou apaixonado por cada chute que o meu filhão dá. Tenho prestado atenção nela e percebi que ela anda bastante emotiva, principalmente, agora no final da gravidez. Tenho que aprender a ter paciência e compreensão com essa mulher, que mexe comigo demais, de uma tal maneira que me desconcerta. Ao vê-la triste, penso logo ser eu o motivo de tudo. Mas ao acompanhá-la durante as suas consultas, o médico explica sobre a fase da gravidez. Entendo que Luna está bastante insegura em relação a sua beleza, sinto que ela está com ciúmes de mim, mas confesso a Luna que estou achando-a radiante, linda. A todo instante quando estamos juntos, seja em casa ou em outro lugar. Pergunto como ela está se sentindo quando saímos de casa. — Luna, meu bem, não está sentindo dor, desconforto, ou nada do tipo? — Estou bem, Célio, estou ótima! O bebê vai nascer quando for a hora. Não se preocupe, não precisa ter medo. — Essa sua tranquilidade me de
Conciliar a vida de mãe e esposa tem sido uma correria. Tenho que dar atenção ao meu mais novo xodó, Kevin, e Elisa que está cada dia mais inteligente, andando para todos os lados. Fomos convidados para ir a um aniversário de um dos nossos clientes mais importantes, o senhor Miqueias, e o meu dever como esposa é acompanhar Célio, mesmo contra a minha vontade, pois não quero sair do lado dos meus filhotes. — Luna, está lembrando que temos que ir à festa do Miqueias Diol. — Claro que sim. Lembro bem dele e do dia em que salvei a sua pele. Era meu primeiro dia de trabalho e você me tratou super mal. — Ah, meu amor, não tenho um dia que não me culpe por toda a minha arrogância! Ai de mim, se não fosse você naquele dia. — Mas aí você me conquistou, se redimiu, se consertou e acreditei em você. Só peço que nunca me decepcione. Ele se aproxima beijando o meu pescoço e já sinto seu corpo dando sinais de excitação. Ouço leves sons de alguém batendo à porta do nosso quarto e ao abri