– Eu agradeço a sua preocupação Theodoro, mas Celine além de minha noiva, está grávida do nosso primeiro filho. Em breve seremos pais. Vi os olhos de Theodoro se estreitaram. Uma carranca se formou em seu rosto e o sorriso sarcástico morreu na hora quando ele engoliu seco.– Isso mesmo. Eu estou grávida Theodoro. Nós nos amamos e estamos muito felizes. Renê segurou em minha mão, e um silêncio pairou no ar, enquanto Theodoro lançava um olhar afiado para o Renê. Rubens percebendo a tensão crescente, resolveu suavizar a situação.– Meus parabéns ao casal! Estou planejando uma reunião em minha casa na próxima semana, seria ótimo ter vocês lá. Seria uma oportunidade de aliviar um pouco a tensão e socializar.– Nós agradecemos o convite, Sr. Rubens. Não vamos garantir a nossa presença, pois realmente estamos passando por esse momento difícil, mas agradeço a sua atenção. Quando os dois atravessaram a porta da sala. Eu e o Renê trocamos olhares confidentes. O que deveria ser uma visita de
Celine Meus passos ecoavam pelo chão do hospital enquanto eu caminhava ao lado do Renê. Meu coração batia acelerado. A ansiedade misturada com a esperança me consumia. As enfermeiras passavam por nós apressadas, enquanto alguns pacientes aguardavam em silêncio. Apertar a mão do Renê, era um gesto simples mas que me trazia conforto.– Ele pode acordar a qualquer momento. Eu assenti para o Renê. Minhas mãos estavam trêmulas. A ideia de ver meu pai acordado e de ter a chance de falar com ele, fazia a minha mente girar. Enquanto aguardávamos por notícias na sala de espera eu respirava fundo, tentando controlar as minhas emoções. O medo que meu pai não sobrevivesse me atormentou por todos esses dias. Minha tia se aproximou de mim e sentou-se ao meu lado. Ela colocou uma mão acolhedora sobre o meu joelho transmitindo um sentimento de proteção.– Em breve você poderá falar com seu pai, minha querida. Eu busquei forças em suas palavras. Pablo estava encostado na parede, as mãos enfia
Dora Depois de um longo dia de trabalho, cheguei em casa extremamente cansada. Tomei um banho morno e relaxante tentando aliviar o cansaço do dia. Meus pés estavam doloridos. O preço cobrado por ter que usar saltos e ficar em pé boa parte do meu dia. Preparei um pequeno jantar e após comer, comecei a organizar a bagunça no meu pequeno apartamento. Escutei batidas leves na porta, o que me causou um pouco de medo. Afinal de contas, já era noite e eu estava sozinha em casa, um arrepio percorreu a minha espinha. Ao abrir a porta meu coração disparou. O Victor estava ali em pé, com seu sorriso despreocupado e aquele olhar que me fazia sentir um turbilhão de emoções. Antes que eu pudesse formular um protesto ou pedir que ele se fosse, Victor deu um passo à frente me segurando firme pela cintura. A proximidade era eletrizante. Senti os músculos e o calor do seu corpo. Seus lábios tomaram o meu com força. Era um beijo intenso que, para mim, misturava saudade e desejo. Tentei lutar contra o
– Alô? Renê falando… Atendi a ligação ainda sonolento.– Senhor Renê, aqui é do hospital. O senhor e a senhora Celine precisam vir imediatamente. O paciente Sr. Álvaro Castelli teve um sangramento e precisou ser submetido a uma cirurgia de emergência.– O quê? Como isso aconteceu?– Desculpe senhor, mas não tenho mais informações. Por favor, venham o mais rápido possível.Desliguei o telefone estático, sem saber como dar a notícia a Celine. Eu temia que ela se sentisse mal assim que soubesse da situação do pai.– Renê, o que está acontecendo? Quem era?– Celine, é sobre o seu pai… Ele teve um sangramento e precisou fazer uma cirurgia de emergência.– O quê? Não! Isso não pode acontecer. Seu semblante estava assustando enquanto ela se sentava na cama.Celine começou a se desesperar, enquanto eu tentava acalmá-la. Eu a abracei tentando confortá-la enquanto ela estava ficando fora de si.– Vamos logo para o hospital! Eu preciso ver meu pai!– Nós vamos para o hospital agora mesmo. Fica c
Celine Após passar a noite em observação no hospital, o Dr. Hélio liberou minha alta sob recomendações de repouso. Chegamos em casa e fomos direto para o quarto. O Renê se deitou ao meu lado na cama, nos envolvendo com um cobertor macio. Seu semblante estava cansado, sei que ele teve uma noite difícil na poltrona do hospital. Ele estava tão preocupado comigo e com o bebê que não quis ir embora, mesmo após eu insistir que ele deveria ir para casa descansar. Alguns minutos depois ele adormeceu ao meu lado. Seu rosto era sereno e relaxado, estava em sono profundo. Observei as olheiras e as linhas de cansaço em seu rosto. Comecei a pensar em tudo o que ele tem feito por mim, sentindo uma onda de amor e gratidão por tê-lo em minha vida. Eu não sei o que faria sem ele. O Renê tem sido meu porto seguro em meio a todas as turbulências. Sempre presente e me apoiando em tudo. Observando com tanto amor e admiração, sorri e me inclinei beijando sua testa. Ouvi uma leve batida na porta que foi
Victor Eu fiz tudo errado. Quando Dora retribuiu meu beijo com tanto desejo e saudade, eu tive a certeza que o jogo estava ganho. Ela não resistiria, cederia a mim e voltaria para casa comigo. Para mim, que sempre fui acostumado a ter tudo o que quero nem que seja comprando, me dei conta que as coisas com ela não seriam assim. Acreditei que o tempo que ficamos sem nos ver tivesse sido o suficiente para que a Dora entendesse que a melhor escolha para ela seria ao meu lado. Eu me enganei feio, quando eu ofereci o cartão de crédito de volta, e a proposta que ela teria de volta uma vida de luxo. A expressão da Dora mudou imediatamente, de desejo e saudade para indignação e desdém. A partir daí eu percebi que havia cometido um erro colossal. Sua negativa me fez ferver de raiva e despeito. Meu orgulho ferido falou mais alto e eu não resisti em mencionar o tal sujeito que eu havia visto anteriormente beijando seu rosto dentro daquela loja. Sempre que eu me lembrava daquele homem tocando,
Dora Despertei lentamente, sentindo o calor do corpo do Victor ao meu lado. Ele ainda estava abraçado a mim. Quando virei para encará-lo vi que ele me observava com um olhar intenso, como se quisesse me dizer algo. Fiquei intrigada com seu comportamento. O jeito como ele me olhava parecia cheio de sentimentos reprimidos, e a minha mente começou a imaginar que talvez, ele me amasse. A expectativa crescia dentro de mim. Eu quase consegui ouvir as palavras da declaração que eu gostaria de ouvir. Mas a realidade me atingiu como um balde de água fria. Ele não me disse nada. Questionei se ele estava bem procurando uma abertura, mas ele apenas concordou que estava bem. Sua fala foi acompanhada de uma mudança sutil na sua postura, como se tivesse se fechado novamente. Me sentindo decepcionada e triste me levantei da cama me preparando para um banho. Respirei fundo, pois eu precisava manter a aparência de normalidade. Enquanto eu me arrumava para o trabalho, meus gestos eram cuidadosos e c
Renê Eu estava deitado no sofá e observava a Celine com um sorriso no rosto, enquanto ela conversava com a tia no telefone. A notícia da melhora no quadro do pai e uma possível transferência para o quarto a deixava eufórica. Eu não conseguia deixar de apreciar a beleza da Celine. Ela vestia um vestido com estampas suaves, que destacava suas coxas grossas. Seus seios lindos ficaram em evidência através do decote do vestido. Ela andava de um lado para o outro falando no celular e mexendo em seus cabelos cacheados. A gravidez estava deixando Celine ainda mais bonita, e isso me deixava ainda mais louco de desejo. Eu aguardava pacientemente que ela desligasse a ligação.– O que é, amor? Ela olhou para mim sorrindo.– Eu só quero te abraçar e te beijar. Você está tão lindo hoje. A coloquei sentada em meu colo acariciando a sua barriga.– Você sempre me dizendo isso, mas eu não me canso de ouvir. Puxei Celine para um beijo, mantendo-a presa em meus braços. Nossos olhos se encontraram,