Raios de sol atravessam a cortina fina do meu quarto, iluminando o espaço em tons dourados e lentamente me incentivando a acordar.Sinto algo pesado me prendendo, um calor familiar envolvendo meu corpo. Braços firmes e quentes me seguram contra um peito sólido, como se eu pertencesse ali.Eu cutuco o braço preguiçosamente, sussurrando:"Sai de mim..."Mas ele não se move.A respiração profunda contra meu cabelo me faz congelar. Meus olhos se abrem em pânico, e eu me sento de repente, olhando ao redor do quarto.As paredes são pintadas em um tom suave de azul-acinzentado, combinando com os móveis modernos e minimalistas. Minha cama, grande o suficiente para duas pessoas, tem lençóis brancos e uma manta felpuda que deixei jogada no pé da cama. Perto da janela, há uma escrivaninha com alguns cadernos e um porta-retratos com uma foto minha e de Mel. Uma pequena estante ao lado exibe livros e alguns enfeites simples."Bom dia"A voz rouca e sonolenta me desperta de vez.Me viro rapidamente
Enquanto nos acomodamos melhor na cama, conto para Trent sobre o jantar com Troy e sua família. Falo sobre o olhar de julgamento da irmã dele, as palavras afiadas e o modo como me fizeram sentir como se eu nunca fosse boa o suficiente. Reviver aquilo me dá um nó na garganta. As lágrimas ameaçam cair, mas antes que isso aconteça, Trent leva a mão ao meu rosto, seus dedos ásperos e quentes acariciando minha bochecha com uma gentileza surpreendente."Não chore, linda" ele murmura. "Tudo vai ficar bem, eu te prometo."Seus olhos são sinceros, carregados de algo que me faz acreditar em suas palavras, mesmo que nada na minha vida esteja certo agora.Eu respiro fundo, tentando aliviar a tensão, e mudo de assunto:"Que tal tomar aquele café da manhã?""Claro que sim!" Trent se levanta da cama de um jeito despreocupado, alongando-se.Meu olhar cai para seu corpo antes que eu possa evitar. Ele veste uma calça de couro preta que se ajusta perfeitamente às suas pernas fortes e bem torneadas. A re
Trent coloca uma das mãos firmes nas minhas costas, guiando-me até uma das cadeiras com um gesto natural, como se sempre tivesse feito isso. Grave, por outro lado, desliza um prato generoso na minha frente, repleto de ovos mexidos, bacon crocante e salsichas douradas. Antes mesmo que eu agradeça, ele me lança uma piscadela brincalhona."Come, loira. Fiz com carinho." Seu tom rouco tem um toque de humor, e eu quase sorrio ao vê-lo ainda usando meu avental, que claramente não foi feito para um homem do tamanho dele. Sem falar seu apelido fofo que ele me deu.Trent se apoia no balcão à minha frente, os músculos de seus braços se destacando enquanto ele cruza os dedos sobre a superfície. Eu levo um garfo de ovos à boca, mas quase engasgo ao notar como cada movimento dele faz seus bíceps ficarem ainda mais evidentes. Deus, ele precisa mesmo ser tão... grande?Ele pigarreia, me puxando de volta à realidade. "Eu queria falar com você sobre uma coisa."Mastigo rapidamente, limpando os lábios
A noite caiu, e o bar estava movimentado. Depois que Trent saiu com Grave, deixando-me sozinha com meus pensamentos, fiz de tudo para não pensar demais. Se parasse por um segundo, minha mente desmoronaria.Vestida com meu uniforme, voltei ao trabalho, atendendo mesas sem descanso. O bar estava lotado, o som da música misturando-se às conversas altas e ao tilintar dos copos. Minha amiga Baby estava ocupada, equilibrando uma bandeja cheia de cervejas enquanto sorria para um grupo de clientes barulhentos.Foi quando notei Grave entrando. Ele caminhou diretamente até o balcão, sua presença chamando atenção sem esforço. A jaqueta de couro dos Ceifadores de Ferro MC descansava sobre seus ombros largos, e sua expressão era ilegível enquanto ele pedia uma bebida.Eu teria ficado ali o observando, mas o barman se aproximou."Acabamos com a cerveja favorita dos clientes. Pode pegar mais no depósito?"Assenti, limpando as mãos no avental antes de seguir para a pequena porta no fundo do bar. O de
No fundo, uma parte de mim ainda acreditava que Troy me amou algum dia.Talvez de um jeito torto, escondido, envergonhado. Mas agora... agora estava claro. A vergonha de estar comigo sempre foi maior do que qualquer sentimento que ele teve.Suas palavras foram como uma faca atravessando meu peito, lenta e profunda.Ainda assim, ele continuou a falar."Mas eu ainda a quero, Elise. Sempre quis."A audácia dele me fez rir, um som curto e vazio.Trent cruzou os braços, sua presença emanando autoridade."Você namorou com ela por dois anos e nunca a apresentou a ninguém." Sua voz era um golpe certeiro. "Isso é muito tempo."Minha cabeça girou. Como ele sabia disso?Troy me lançou um olhar de desdém, e foi aí que veio o verdadeiro golpe."Você pode me culpar?" Sua voz gotejava desprezo. "Elise é só uma garçonete com uma mãe bêbada."Meu corpo congelou."Eu a ajudei no que pude, mas já estava cansado de não ter ao meu lado uma namorada como eu merecia."Minhas unhas cravaram na palma da minha
Nem percebi quando Troy saiu do depósito, mas acredito que seu ego tenha quebrado com a reivindicação de Trent. No entanto, algo apitou em minha cabeça. Trent estava me tratando do mesmo jeito que Troy fazia. Possessivo. Dominante. Como se eu fosse um troféu que ele precisava conquistar.Meu peito subia e descia rapidamente à medida que eu tomava consciência disso, o ar parecia mais pesado do que antes. Eu precisava sair dali.Meus pés me levaram automaticamente para o escritório, um grande cômodo com um enorme sofá nos fundos do bar. As paredes eram revestidas de madeira escura, a mesa estava coberta por papéis bagunçados e uma garrafa de uísque meio vazia no canto. Uma única lâmpada amarela iluminava o espaço, lançando sombras tremulantes contra os móveis desgastados.Fechei a porta atrás de mim e me apoiei contra ela, tentando recuperar o fôlego. Mas não tive nem um segundo para me recompor antes que a porta se abrisse novamente.Trent.Ele entrou sem hesitar, fechando a porta atrá
Meus lábios voltaram a capturar os dela em um beijo profundo, enquanto minha mão descia para segurar sua cintura mais uma vez, puxando-a ainda mais contra mim. Meu plano era atacar seus seios novamente, senti-los, saboreá-los, mas Elise tinha outros planos.Ela deslizou as mãos pelo meu abdômen, os dedos quentes traçando meu caminho até a barra da minha blusa. Com um puxão firme, começou a arrancá-la, tudo enquanto se movia no meu colo, os quadris pressionando contra mim de um jeito que estava me enlouquecendo."Porra, Amor..." grunhi contra sua boca, meu corpo já pegando fogo.Eu nunca tinha sentido isso antes. Nunca. Era algo diferente, algo que estava me consumindo, me queimando por dentro de um jeito que parecia até doloroso. Eu precisava de mais.Segurei sua cintura firme e a tirei do meu colo, deitando-a no sofá. Fiquei de pé por um instante, tirando minha calça e boxe de uma vez, sem paciência para nada além dela. Elise me observava, os lábios entreabertos, os olhos carregados d
Grave entrou sem cerimônias, deixando escapar uma risada carregada de provocação."Vocês não estão escondendo sobre o que está rolando" disse ele, balançando a cabeça com diversão enquanto fechava a porta atrás de si.Senti meu rosto esquentar, mas Trent nem piscou."Pare de brincadeira, irmão" Trent retrucou, passando a mão pelo cabelo loiro ainda bagunçado. "Ok! Eu já te disse que quero que Elise seja minha senhora, embora ainda não tenhamos tido uma conversa mais clara sobre isso."Meu peito apertou. O olhar dele encontrou o meu, intenso, esperando uma resposta."Acho que esse não é o momento, Trent," respondi, sentindo o peso do que aquelas palavras significavam. Não era que eu não quisesse. Era o medo do que aquilo poderia trazer. O peso da responsabilidade.Trent assentiu levemente, respeitando minha hesitação, mas não tirou os olhos de mim, como se estivesse me dizendo silenciosamente que aquela conversa ainda não tinha terminado."Então, o que você gostaria de falar?" ele pergu