Nem percebi quando Troy saiu do depósito, mas acredito que seu ego tenha quebrado com a reivindicação de Trent. No entanto, algo apitou em minha cabeça. Trent estava me tratando do mesmo jeito que Troy fazia. Possessivo. Dominante. Como se eu fosse um troféu que ele precisava conquistar.Meu peito subia e descia rapidamente à medida que eu tomava consciência disso, o ar parecia mais pesado do que antes. Eu precisava sair dali.Meus pés me levaram automaticamente para o escritório, um grande cômodo com um enorme sofá nos fundos do bar. As paredes eram revestidas de madeira escura, a mesa estava coberta por papéis bagunçados e uma garrafa de uísque meio vazia no canto. Uma única lâmpada amarela iluminava o espaço, lançando sombras tremulantes contra os móveis desgastados.Fechei a porta atrás de mim e me apoiei contra ela, tentando recuperar o fôlego. Mas não tive nem um segundo para me recompor antes que a porta se abrisse novamente.Trent.Ele entrou sem hesitar, fechando a porta atrá
Meus lábios voltaram a capturar os dela em um beijo profundo, enquanto minha mão descia para segurar sua cintura mais uma vez, puxando-a ainda mais contra mim. Meu plano era atacar seus seios novamente, senti-los, saboreá-los, mas Elise tinha outros planos.Ela deslizou as mãos pelo meu abdômen, os dedos quentes traçando meu caminho até a barra da minha blusa. Com um puxão firme, começou a arrancá-la, tudo enquanto se movia no meu colo, os quadris pressionando contra mim de um jeito que estava me enlouquecendo."Porra, Amor..." grunhi contra sua boca, meu corpo já pegando fogo.Eu nunca tinha sentido isso antes. Nunca. Era algo diferente, algo que estava me consumindo, me queimando por dentro de um jeito que parecia até doloroso. Eu precisava de mais.Segurei sua cintura firme e a tirei do meu colo, deitando-a no sofá. Fiquei de pé por um instante, tirando minha calça e boxe de uma vez, sem paciência para nada além dela. Elise me observava, os lábios entreabertos, os olhos carregados d
Grave entrou sem cerimônias, deixando escapar uma risada carregada de provocação."Vocês não estão escondendo sobre o que está rolando" disse ele, balançando a cabeça com diversão enquanto fechava a porta atrás de si.Senti meu rosto esquentar, mas Trent nem piscou."Pare de brincadeira, irmão" Trent retrucou, passando a mão pelo cabelo loiro ainda bagunçado. "Ok! Eu já te disse que quero que Elise seja minha senhora, embora ainda não tenhamos tido uma conversa mais clara sobre isso."Meu peito apertou. O olhar dele encontrou o meu, intenso, esperando uma resposta."Acho que esse não é o momento, Trent," respondi, sentindo o peso do que aquelas palavras significavam. Não era que eu não quisesse. Era o medo do que aquilo poderia trazer. O peso da responsabilidade.Trent assentiu levemente, respeitando minha hesitação, mas não tirou os olhos de mim, como se estivesse me dizendo silenciosamente que aquela conversa ainda não tinha terminado."Então, o que você gostaria de falar?" ele pergu
O bar estava agitado como sempre, mas minha mente ainda estava presa na conversa com Trent. Desde que ele nos dispensou, não o vi mais, e por mais que tentasse me concentrar no trabalho, a sensação persistente de que algo estava prestes a acontecer não me abandonava.A porta se abriu, e um homem que eu nunca tinha visto antes entrou no bar. Ele era alto, forte, carregando a mesma presença intimidadora que Trent e os outros Ceifadores. O cabelo preto, cortado no estilo militar, destacava suas feições marcantes e a pele bronzeada. Mas o que mais chamava atenção eram seus olhos verdes claros, afiados como lâminas, escaneando o ambiente com uma cautela calculada.Então ele viu Baby.O rosto duro suavizou por um breve instante antes de ele cruzar o bar com passos firmes e envolvê-la em um abraço apertado.Eles começaram a conversar, e eu aproveitei o momento para me aproximar do balcão, carregando algumas garrafas vazias. Não queria interromper, mas minha curiosidade falou mais alto. Assim
Depois do meu turno, fui direto para o meu apartamento. Tomei um banho rápido, deixando a água quente relaxar meus músculos cansados. Escolhi um vestido curto e justo, de um vermelho intenso, que abraçava minhas curvas no ponto certo. Deixei meus cabelos soltos em ondas naturais e caprichei na maquiagem, destacando os olhos e os lábios.Ao sair para a rua e pegar o celular para chamar um táxi, uma visão inesperada me fez parar. Grave estava encostado em sua moto preta, uma máquina potente e intimidadora. Eu não entendia muito de motos, mas certa vez, sem sono, acabei assistindo a um documentário sobre as mais velozes e poderosas. Aquela parecia se encaixar perfeitamente na descrição.Franzi a testa, cruzando os braços."O que você está fazendo aqui, Grave?"Ele sorriu de canto, aquele sorriso preguiçoso e provocador."Vim te buscar, loira."Olhei para a moto e depois de volta para ele, arqueando uma sobrancelha."Nessa coisa?"Ele soltou uma risada baixa, balançando a cabeça."Claro q
Trent me encara com uma intensidade que faz meu coração tropeçar no peito."E só para você saber, eu sou do tipo fiel, mesmo não parecendo pelas coisas que você viu lá." Sua voz é firme, carregada de sinceridade. "Se eu estou com você, é só você, amor."Minhas bochechas ardem. Não só pelas palavras, mas pelo jeito como ele me olha, como se pudesse enxergar cada canto da minha alma."Eu também sou do tipo fiel, Trent." Minha voz sai mais baixa do que eu pretendia, mas ele sorri de lado, satisfeito com minha resposta.Ele muda de assunto, como se aquilo bastasse."Eu estava pronto para tomar um banho e descer para essa festa que Simon insistiu em dar. Quer entrar comigo?"Meu cérebro congela por um instante. Eu o encaro, surpresa pelo convite. Pode parecer estranho, mas eu nunca tomei banho com um homem antes. Meus poucos namorados nunca tiveram esse tipo de intimidade comigo. Eu sou uma garota de palavras, mas de ação... é outra coisa.Trent percebe minha hesitação e apenas dá de ombro
Me jogo na cama ainda com a toalha presa ao corpo. Meus músculos estão moles, minha cabeça leve. Trent veste uma calça jeans e procura uma camiseta na gaveta.A imagem da tatuagem dele me vem de novo à mente. Não resisto."Aquela árvore nas suas costas... o que significa?"Ele para, com a camiseta nas mãos, e vira ligeiramente o rosto na minha direção."Cada folha tem o nome de um irmão que morreu com honra pelo clube."Engulo em seco. Não esperava por algo tão pesado."É tipo... uma árvore genealógica dos Ceifadores?"Ele veste a camiseta devagar, como se ainda pensasse na resposta."É uma lembrança. Um aviso. Cada um ali deu a vida por algo maior. Por nós."Silêncio. Meu peito aperta. Pela primeira vez, começo a entender de verdade o que aquele clube significa pra ele.Trent senta na beirada da cama, a expressão mais séria."Não era pra eu estar no comando. Era pro meu pai ser o líder. Mas ele não quis. Abandonou tudo."Eu me apoio nos cotovelos, curiosa."E aí seu avô te treinou?"
Grave voltou com um copo na mão e os olhos ligeiramente apertados, como se estivesse tentando decifrar um enigma."Onde diabos você estava, loira?" perguntou, me entregando a bebida.Segurei o copo e tentei disfarçar a expressão calorosa que ainda me dominava desde o banheiro."Encontrei o Trent... por isso eu sumi" falei, tentando soar casual. Mas tenho certeza que o vermelho das minhas bochechas me condenaram.Grave arqueou uma sobrancelha, prestes a responder, mas então tudo ficou em silêncio. Absoluto. Como se alguém tivesse puxado o fio de toda a energia daquele lugar.Virei o rosto automaticamente para onde todos olhavam, e ali estavam eles.Simon entrou primeiro. Alto, com ombros largos e postura ereta, o tipo de homem que não precisava de muito para impor respeito. Seu cabelo estava perfeitamente penteado para trás, revelando um rosto firme, de feições bem definidas e um par de olhos marrons e frios que pareciam ver muito mais do que deveriam. Sem falar de todas aquelas tatuag