(Esmen)Ambas tivemos sorrisos contidos lançados na sua direção.— Se não for inconveniente ou criminoso… — Brincou antes de mais nada.— Posso perguntar qual o motivo das ilustres visitas à minha oficina? — Afiou pela última vez a nova adaga em uma pequena e fina pedra quartzito.— A honra de nos receber? — Brincou Ernest de volta. Ambos trocaram um sorriso cúmplice naquele momento.Eu os observei em silêncio, gostando da conexão entre eles. Desejando em meu íntimo um dia construir tal intimidade com Tauron, para que pudéssemos brincar e conversar sobre qualquer coisa, sem hora para encerrar.Fomos convidadas a sentar em seus banquinhos de madeira. Três pessoas conversando altas horas da noite enquanto ele apagava o fogo em brasa, deixando apenas as velas acesas nos cantos do cômodo.O calor ali era semelhante ao tempo sem neve, portanto, ele não usava casacos. Apenas uma camisa manga longa, calças largas que mesmo assim abraçavam seus músculos e botas mais curtas.— Ouvi dizer que o
(Esmen)Apertando um pouco os olhos para o homem alto de pele chocolate, observei sua pele, que era muito bonita. Tentando afastar os pensamentos, encarei os outros dois.— Desejo-lhes uma ótima noite!Ernest pareceu dividida entre me seguir e ficar com sua paixão, então precisei dar-lhe algo em que pensar.— Himal, se puder fazer um pouco mais de companhia a Ernest, estarei agradecida, pois ela vive reclamando de insônia esses dias. — Minha mente perversa gargalhou da cara que a loira fez, com seu pequeno abrir de boca enquanto as bochechas coravam em tom rosado.— Confias tanto em mim assim, senhora? — ele ficou surpreso.— Estou confiando parte de mim a você. — Revelei meu carinho por Ernest, então os deixei. Mas ainda pude ouvir a conversa dela:— Pensava que sua família toda estava nesse reino. — Um sorriso imperceptível esticou os cantos dos meus lábios.“Parece que Ernest não tem tantas fontes confiáveis, no fim das contas.” Ela sempre pesquisava sobre a vida de quem tinha inte
(Tauron)Apertei o cabo da espada.Agora queria alguém para matar, pois seria mais fácil lidar com isso do que com a nuvem de confusão e a chuva de revolta de necessidade humana que me assolavam.Atravessei o quarto como uma tempestade, batendo a porta do gabinete antes de retirar a bainha e a espada da cintura. Coloquei a arma sobre a mesa e apoiei o corpo nas palmas, firmes nas bordas da madeira.Abaixei a cabeça, sentindo os cabelos descerem pelos lados da testa, cobrindo parte da visão periférica. Meus músculos se retraíram na parte alta das costas, com a força que eu depositava nos dedos contra a madeira.Respirava pesadamente, sentindo-me estranho diante do sentimento selvagem.“Não devia vê-la dessa forma. Como posso pensar em coisas assim?”A cena se repetia na minha mente, mostrando o quão impossível era não estar confuso.Meu corpo enrijeceu, ainda sentindo o sangue circular como rajadas de vento, pronto para provocar ondas em águas há muito tempo paradas.Apertei os dedos e
(Esmen)— Isso mesmo. — Os dedos apertaram em lugares antes daqueles em meus braços, sumindo e ressurgindo, apertando a parte baixa da minha boca em um bico, que ele mesmo desmanchou com o polegar, levando-o até a outra extremidade, onde estava o dedo indicador.A pressão aplicada me fez remexer abaixo dele, sentindo-o pressionar ainda mais meu corpo. Naquele momento, tive a consciência de que ele era realmente um homem forte e provavelmente trabalhado para batalhas cansativas.— Não brinque comigo, Esmen! — rosnou com o rosto muito próximo do meu.Eu podia sentir o cheiro dos seus cabelos quase caindo no meu rosto, parecia muito macio também. Sentia o hálito dele soprando quase em minha boca, já que ele estava com sua atenção sobre ela, ainda apertando o polegar sobre a carne.Parecia chocolate com morango, o que de fato me atraía muito. Ele sequer gostava de chocolate, como era possível?— Não sou sua. Sabemos disso. — Digo corajosamente, arfando com a pressão em todo o corpo, além
🔞 [capítulo com descrição de hot.] (Tauron) Deveria me preocupar em parar. Seguir em frente era um erro, e eu sabia, mas minha mente só queria uma coisa: continuar. Meu corpo ansiava por aquilo, sentindo o corpo dela abaixo do meu. Suas reações e a certeza de que ela seria só minha me enchiam o ego e nublavam a mente. O efeito de provar uma bebida forte era como eu me sentia em relação àquela mulher. Estava entorpecido do racional e frenético para a aventura, queria traçar meu mapa no seu corpo, nela e dentro dela. Eu a queria e podia tê-la. Eu teria. Parte de mim já estava dormente, me indicando o quão dolorido seria não tê-la nesta noite. Com uma das mãos escorregando para perto dos seus seios cobertos, observei atentamente suas reações. Arrepios e a atração de sua pele com meu toque. Para Esmen, era tudo novo, então eu não poderia ser lembrado como um homem ruim para ela, mesmo que, depois, eu não me importasse com aquilo. Era algo momentâneo, e eu logo esqueceria aquela es
( Tauron) Seus olhos verdes estavam brilhando, sua pele acentuada diante da luz das velas, a bagunça nos lençóis e os cabelos espalhados me afetaram ainda mais. Eu precisava me recompor. Por isso, a cobrir puxando seu vestido, enquanto sentia o seu corpo quente e arfante. — Descanse. Voltarei em breve! — ordenei à ela. Sai do quarto para a casa de banho, minha situação não era das melhores. Como alguém inexperiente poderia me atrair tanto a ponto de me obrigar a passar o resto do tempo como se houvesse ganhado um coice de um cavalo nas partes baixas? Aquele foi o pior depois que já havia tido. Uma consequência séria de que meu desejo por aquela mulher estava me levando ao pior nível. Quando Belle me deixou assim? Eu não lembrava, aquilo me assustou. Belle era a única a me levar ao nível crítico. Esse era qual ponto na escala? Máximo? Sequer conseguir comparar o corpo de Esmen com a lembrança da outra. “Maldição! Eu estou perdendo a cabeça.” (Esmen) Aquela foi a noite ma
(Esmen) — Não me solte! — abri os olhos imediatamente, temendo que ele deixasse minhas pernas caírem. — Estava fazendo isso apenas para não acordá-la, mas já que despertou… — ele me colocou no chão. — Eu não quero! — fiz cara feia para ele, ainda pendurada em seu pescoço, o obrigando a ficar inclinado na minha direção, com o rosto próximo ao meu. Seus olhos pareciam brilhar com a luz das velas do corredor. Seus cabelos negros caíam dos lados do rosto, e sua típica roupa de dormir tinha um casaco negro por cima. “Ele veio me procurar porque não me encontrou no quarto?” Meu rosto esquentou. — Vamos caminhar agora. — ele colocou as mãos nos meus pulsos, com a intenção de tirá-las do seu pescoço. — Não faça isso! — pedi, apertando minhas mãos até na sua roupa, parecia uma criança mimada. Notando suas feições sérias, percebi que ele queria me castigar por alguma coisa. Então algo brilhou na minha mente. — Isso é porque saí para a oficina do ferreiro? — Anda bem afeiçoada a ele. A
(Esmen) — Como? — me ouvi repetindo o que supostamente falei no passado. — O que recordou? — As mãos de Tauron estavam perto da minha cabeça, e ele me prendia à parede. — Meu pai… — não tinha certeza de como havia sido depois daquilo. Tauron me tirou do loop temporal com sua aproximação constante. — O que lembrou? — ele pareceu meio ansioso. — Tudo, até o momento em que meu pai me levou para o castelo e disse que eu me casaria com você… O que vem depois disso? Tauron afastou-se com relutância. Agarrei minha cabeça dolorida, tentando recordar mais. — Não tente! Precisa descansar! — Ele me ofereceu a mão. Intercalei o olhar entre ele e seus dedos. Deixando as mãos caírem, pensei no que recordava. — Onde está minha mãe? Por que ela não está no castelo? Tauron fechou os olhos por alguns segundos, apertando a mandíbula. Então ele mesmo agarrou minha mão, me puxando para baixo dos seus olhos. — Conversaremos sobre isso amanhã. Quando você estiver melhor. — Por quê? — Sua cabeç