— É apenas uma anemia. — não foi a mais segura possível para tirar as dúvidas de Ahmed. — Como apenas uma anemia. Não se pode ter anemia durante a gravidez. — o ruivo não gostou daquela informação.Aproximou mais o rosto da esposa, essa ainda não tinha a cor total no rosto, talvez nem mesmo a tivesse de volta enquanto não tratasse aquele problema de falta de ferro no sangue. — O que faço com você?! — não era exatamente uma pergunta.Malika mordeu levemente o lábio inferior, bem perto do canto.Os olhos do marido foram atraídos pela ação. — Malika… — mais pareceu um sussurro rouco. — Eu posso não estar me alimentando direito, ou tendo uma alimentação saudável. — confessou. — Mas sempre que estou em casa, você come bem… — estreitou os olhos afastando o rosto do seu.Malika pôde respirar mais relaxada quando ele o fez, por um momento acreditou que seria beijada. “Ele é sempre tão controlado ou realmente não irá chegar a gostar de mim?” Ficou um pouco decepcionada. — Posso estar
A visitante adentrou a sala se aproximando em especial de Ahmed, deixando a outra desconfiada.— Não estou interrompendo nada, certamente. — a loira sorri com certo desconforto.Ahmed encarou Ayla com uma sobrancelha ruiva erguida na sua direção. — Eu sinto por não avisar antecipadamente da minha chegada… — depositou sua atenção na jovem perto do seu chefe. — Ela é realmente bonita. — diz maravilhada.Malika estranha o elogio e o modo profissional da outra de se vestir, além da falta de burca e lenço. — Oh! Sinto por isso. Acho que passei tempo demais em Dubai, não me acostumei a certas tradições. Não que não as tenha também na cidade, mas às vezes é um hábito não pertencente a mim. O senhor Al-Haroon sabe. As últimas palavras dela não foram nada reconfortantes para a esposa dele, parecia uma atitude nervosa.Ahmed se viu obrigado a interromper as falas de sua assistente, pois percebia não estar em uma posição boa com a esposa. “Tudo isso pode parecer confuso para ela.” suspirou
Nos próximos dias as coisas não se tornaram mais fáceis para Malika. Na universidade as outras colegas tinham as caras feias na sua direção, parecia até maior que antes.Ela era apontada e de alguma forma vista com respeito. As coisas haviam mudado por causa da sua falta de condição no início, agora acontecia o mesmo, porém, por ter um marido rico. “Tudo pelo dinheiro de Ahmed.” pensava enquanto andava tranquilamente pelos corredores da universidade. “Algumas pessoas são tão superficiais.” suspirou, logo dando de cara com o diretor. — Senhora Al-Haroon! — ele cumprimentou com um aceno longo. — Senhor Nair, que a paz esteja com o senhor! — acenou de volta.O homem deu-lhe um sorriso convencido. Então foi direto ao assunto: — Se for possível, poderia falar com seu marido? — Bem, eu posso… Mas do que se trata? – perguntou desconfiada, fazia alguns dias que o ruivo não passava pela universidade, afinal, não poderia mais exercer duas funções depois de revelar ao mundo o tamanho de s
— Quê? Está louco? — disparou horrorizada. — Poderia ser meu. — diz sem abalo.Malika faz de tudo para se afastar, enquanto Zyan não se movia. — Não é seu. Como pode dizer algo assim? — ainda sentia os dedos dele ao redor do seu joelho.Não conseguia sequer imaginar-se com ele. “Como poderia ser mulher dele?” O pensamento a deixou enjoada. Até aquele momento, o homem não era alguém repugnante, mas não era sua escolha ficar com ele antes, e não seria agora. — Você pode viver comigo se divorciar dele. Eu a amarei, eu amarei seu filho como se fosse meu. “Como pode pensar assim?” — Não. Eu não farei isso! — franzia o cenho, mantendo na face a expressão assustada. “Por Allah, acabe logo com essa loucura!” — Você não tem nada a perder. Eu não tenho nada a perder. Posso muito bem sustentar você e sua irmã. — Malika não acreditava na insistência do assunto. — Eu amo Ahmed! — Mal fechou os lábios, já teve os dedos dele apertando a barra o pano que cobria seu rosto, puxando para ba
Agora temia ainda mais o envolvimento do marido em qualquer coisa que se relacionasse a Zyan. Assim que chegaram na mansão, o ruivo lhe perguntou, enquanto subia as escadas atrás dela. — Está preocupada com o bem-estar dele? Malika parou na metade dos degraus, com ele se aproximando até chegar a tocar o peitoral à suas costas, enquanto se reclinou na direção dela. — É isso? — Eu que o pergunto. É isso que pensa sobre mim? — olhou por cima do ombro, os braços dele seguravam os corrimões a impedindo de retornar, se assim preferisse.O rosto ficou perto do seu. A respiração dele soprando em sua pele, enquanto ele respondia em um sussurro rouco. — Diga-me como devo pensar, se assistir ele se aproximar demais de você. Se colocou a mão sobre você. — Eu não permiti. Muito menos coloquei a mão dele ali. — reclamou a jovem, seguindo novamente seu caminho.Ahmed soltou uma risada irônica. Ainda tinha na mente gravado os acontecimentos anteriores, assim como os antecessores enquanto segu
Novamente passou pela porta um Zyan enraivecido, com o rosto meio inchado. Desta vez, encontrou a esposa da mesma forma, o esperando com uma carranca. — Não consigo entender onde quer chegar com essas atitudes. — ela tinha os braços cruzados. — Inês, apenas me deixe em paz! — falou entre dentes. — Eu não posso, não quando casou-se comigo apenas para me expor ao ridículo. Fazendo isso desde as primeiras horas do nosso casamento. — relembrou a vergonha passada quando descobriu junto de todos sobre sua usurpação.O homem se aproximou dela com sangue nos olhos. — E você em? Por quê casou comigo? Oras, ambição. — jogou-lhe na cara. — Você não tem o poder que dizia ter. — não se rebaixou ou intimidou-se com a aproximação do marido. — Você é suja, Inês. — viu a jovem apertar os lábios e as mãos, machucando as palmas com suas unhas. — Você armou para sua irmã apenas para ter o que não poderia, para me amaldiçoar a viver contigo. — Amaldiçoar? Preferia viver com alguém que não te valo
A noite estava fria, a chuva batia na janela com a maior destreza possível, levando Malika a se aconchegar debaixo dos lençóis macios. Naquela noite, como muitas outras, seu marido estava ocupado na empresa, portanto, não fazia ideia de quando o teria de volta em casa.A relação entre eles havia mudado aos olhos da jovem, tudo por causa da declaração indireta do marido.Por isso, estava indo dormir com o coração quentinho, muito calmo. A promessa de dias melhores mostrava-se real desta vez. “Espero que nada mude. Que não venhamos a nos afastar novamente.” tinha esperança suficiente para se apegar à ideia.Fechando os olhos enquanto sentia o conforto do vestido curto e meio transparente que trajava, ela suspirou se aconchegando na cama.Minutos depois, sentiu um leve acariciar em sua pele, o que começou a despertá-la, por esse motivo se moveu um pouco, sem muita preocupação.Então o acariciar foi apontado como o lençol abandonando seu corpo. Aquilo despertou de vez a jovem, confusa se
Inês teve o sorriso um pouco abalado por um momento. — Oh! Olá! — o homem soltou sua voz grossa um tanto interessado.A jovem quase tremeu quando a ouviu. O homem depois da janela era claramente um turista. “Um estrangeiro.” ficou um pouco preocupada. — Olá! — hesitou um pouco. — O que alguém como você faz por aqui? — ele perguntou, a pegando de surpresa. — Alguém, alguém como eu? O homem soltou uma sonora risada. Parecia ter um pouco mais de vinte e oito anos. Cabelos loiros brilhantes penteados em um topete bem feito, pele clara, lábios rosados naturalmente, com certo volume, nariz meio arrebitado. Ele parecia ter os olhos claros, por baixo daquele óculos de sol. — Você claramente não é uma mulher da vida. — Inês ficou impressionada. — O que me delatou? — Mexeu nervosamente no cabelo. — Além da aliança? — fez a jovem olhar rapidamente para seu próprio dedo anelar.Inês suspirou imediatamente. “Droga! Minhas chances estão arruinadas pela sombra daquele cretino!” estava i