Viviane,Corro para o meu quarto sem entender o que eu acabei de fazer. Como pude ser tão fraca? Como pude me entregar a ele desse jeito? Me sento na cama e começo a controlar a minha respiração. Preciso manter a calma, não quero que ele me veja surtando.Faço a contagem da respiração e inspiração, e vou voltando ao estado normal. Quando sinto que meu coração não está mais tão acelerado, pego meu remédio e tomo. O médico mandou eu tomar um comprimido por dia, sempre de manhã ao acordar. Mas na situação que estou passando, um só não está resolvendo os meus problemas.Se ele não quer aumentar a dosagem, eu aumento a quantidade de pílulas por dia. Assim que tomo, espero um pouco, e já sinto o meu corpo relaxado. Levanto e vou tomar um banho. O problema é que, ao me tocar para me lavar, começo a me lembrar do que fizemos na sala. Tento mudar o foco dos meus pensamentos, mas é quase impossível.Saio do banho e me troco rapidamente, na esperança de esquecer o que aconteceu. Mas os seus olho
Viviane,Quer saber, que se exploda tudo. Vou até o quarto dele e pego bem na hora que ele está tirando a sua camisa. Passo os olhos pelo seu corpo, lembrando da noite anterior. Droga, não deveria ter deixado acontecer, agora vou ficar assim.— Quer falar alguma coisa? — Ele me pergunta sério, e eu subo os meus olhos para os dele.— Perguntar não, mas afirma. Se você quer ir embora, pode ir, já estou acostumada com isso, afinal, foi assim que você fez no passado, não foi?— Foi, mas são situações diferentes. Antes eu não tinhamos nada, e agora somos casados. E eu não vou embora, é você que vai. Você sabe quanto custou essa casa?— Foi teu pai que comprou, e não você, seu miserável. Quer luxo, mas odeia gastar por eles. E eu não vou embora, essa casa ele me deu de presente. Se você quiser ir, abro as portas para você sair.Ele joga a camisa dele na minha cara e vai para o banheiro. Vou atrás, mas antes de eu entrar, ele para na porta e dá um aviso.— Se entrar aqui, vai me ver pelado.
Peter,Saio de casa deixando as duas lá. Se não resolver esse problema, eu lavo as minhas mãos. Conto tudo para o meu pai, que vai me dar uma bronca enorme, ou até mesmo me tirar do cargo de CEO, mas não posso continuar nessa vida mais não. A mulher não sabe o que quer, ou o que não quer.Chego na empresa e vou direto para minha sala. Lena me lembra que eu tenho uma reunião particular com a dona da Vestiti Alla moda, dona de uma franquia de lojas de roupas exclusivas. Ela está querendo expandir mais o seu negócio e quer que a gente faça uma loja virtual para ela em um aplicativo só.— Assim que ela chegar, pode levá-la até a minha sala. — Digo para ela, e entro na sala após o seu "sim, senhor".Começo a trabalhar, e duas horas depois, Lena me liga confirmando a sua chegada. Eu jurava que a mulher era mais velha do que é de verdade. Seu salto alto ecoa pela minha sala, e seu perfume delicado invade todo o ambiente. Engulo seco ao ver seus peitos quase pulando para fora do seu suéter e
Peter,— Ela está instável agora, dei um sedativo para ela se acalmar. A ansiedade dela está bem forte. Ela toma os medicamentos nos horários certos?— Eu não tenho certeza esses dias, mas na nossa lua de mel, ela tomou certinho.— Bom, vamos esperar os resultados dos exames de sangue saírem. No momento, ela está dormindo. Quando ela acordar, aviso vocês.Ele vira as costas e sai, e eu solto um suspiro pesado. Passo a mão no rosto, lembrando que, enquanto ela estava passando mal, eu estava quase comendo a Diaz na minha sala.— Vai me contar agora o que vocês estão passando? — Passo a mão nos cabelos e balanço a cabeça negando. — É tão grave assim que nem você e nem ela querem me contar?— É complicado, senhora Lombardi. Vou deixar para ela contar, se assim ela preferir.— É caso de divórcio?— Pode ser que sim, mas não é traição, não. Eu nunca a traí, eu juro. — Ela serra os olhos para mim, e eu chego até a soar frio. Pelo meu furico não passa nem ar uma hora dessas.Voltamos a nos se
Milão, Itália.Peter,Sou filho do homem mais rico de Milão. Meu pai tem uma empresa de softwares, vários aplicativos que as pessoas usam no celular, vêm da empresa do meu pai.Terminei a faculdade que ele tanto mandou eu fazer. Na verdade, me ameaçou, ou eu fazia, ou ele me expulsava de casa sem direito a nada. E, um homem como eu não pode ficar sem dinheiro nenhum.Adoro curtir a vida, balada, beber e transar a noite toda. Mas só isso, não quero nenhum tipo de responsabilidade. Casamento e filhos não estão nos meus planos. Sou jovem, bonito, gostoso para caramba, e não quero perder a minha liberdade tão cedo.Mas, como nenhuma alegria é eterna, no meu aniversário de 25 anos, veio uma bomba drástica. Meu pai quer que eu trabalhe na empresa dele como diretor geral. É um bom cargo, não nego. Mas tenho que usar terno, gravata e o pior, acordar cedo todos os dias.Com a minha recusa, ele mandou novamente a chantagem para cima de mim e, como não tive alternativas, acabei cedendo mais um c
Peter,Tudo estava fluindo perfeitamente bem, eu era um homem de negócios durante o dia e à noite nos encontros que o meu pai me forçava a ir, eu era o nerd.Mas claro que depois dos jantares, eu ia me divertir como eu sou, afinal, eu não quero me casar, mas quero viver a minha vida com o prazer que as mulheres têm para me dar.Chego no escritório como todos os dias, o que eu pensei que ia ser chato, até que está sendo bem legal. Como sou o diretor geral, tenho várias regalias, e ouvir as pessoas me chamando de senhor me dá um grande prazer. Assim que eu me sento na minha cadeira, meu pai entra e se senta.– Preparado para o encontro de hoje? – ele pergunta todo animado colocando as mãos no bolso.– Pai, vamos parar com essa coisa de encontro e casamento? Não está dando certo, as mulheres não me querem. Fora que estou vindo trabalhar todos os dias, isso mostra que eu sou responsável, não?– Tudo bem, mas terá que ir nesse encontro de hoje, pois já está marcado. Se ela não te aceitar,
Viviane,Sempre fui uma menina reservada. Não era fã de sair à noite, curtir, beber e só voltar no outro dia caindo de bêbada. Acho que por meus pais serem assim, eu também acabei sendo igual a eles.Porém, no meu aniversário de 18 anos, Camy e o Bem vieram até a minha casa para me chamar para um passeio, já que eu nunca comemorava o meu aniversário desde que meu irmão faleceu de câncer no cérebro. A morte dele foi bem no dia em que eu completava 15 anos.Camy e Bem pediram para os meus pais deixarem eu dormir na casa dela, que seria apenas uma social entre nós três: um filme, uma pipoca e depois iríamos dormir. Meus pais deixaram, pois confiam seguramente na Camy.Seguimos até a casa dela, onde ela me vestiu, me deixando sensual, mas não vulgar, e me maquiou. Ela gosta de treinar em mim, está fazendo um curso para ser maquiadora. Já o Bem é herdeiro, o pai dele tem várias concessionárias de carros espalhadas pelo mundo todo.Saímos em um dos carros do Bem e seguimos para uma balada r
Viviane,Depois do nosso jantar, decidi que esse casamento realmente vai acontecer. Só assim ele vai aprender que mulher não é brinquedo que se usa e se joga fora. Chego na casa dos pais dele e os nossos pais já estavam me esperando para dar uma resposta.– E então, Vivi, aceita se casar com ele?– Ele está bem diferente de quando nos conhecemos. Mas ainda sou muito apaixonada pelo seu filho. Se for eu a decidir, eu quero muito me casar com ele.Eles praticamente pulam de alegria, e eu sorrio, pois tudo está caminhando pelo caminho certo. Ele chega bem na hora da comemoração, e eu sorrio para ele, dando o meu melhor para parecer uma namorada apaixonada. Ele e o pai dele saem e o meu olha para mim.– Estou feliz que você tenha ficado alegre com esse pedido de casamento, eu já não aguentava mais ver naquela depressão minha filha. Mas, será que agora você pode me contar o que te fez ficar daquele jeito?– Pai, quero deixar isso no passado, se eu me lembrar eu vou começar a chorar, e eu n