A Sra. Erica tossiu algumas vezes, chamando a atenção de João. Quando ele olhou para ela, ela lembrou com gentileza: - João, o Michel não foi assustado pelos sequestradores, mas sim por você. Olhe, Michel está se debatendo para descer. - Sr. João, me solte. - Michel pediu de novo, com uma voz firme. Seu rostinho estava rígido, claramente irritado. A força de João era demasiada, e Michel não conseguia se soltar do abraço.João rapidamente colocou o garoto no chão e, agachando-se, segurou os ombros de Michel suavemente, dizendo com uma voz calma e reconfortante: - Michel, que bom que você está bem, que bom que está bem.Michel olhou para João com seus grandes olhos brilhantes. Ele conseguia perceber a verdadeira afeição de João. Não era apenas uma brincadeira, mas um carinho genuíno.Ele levantou a mãozinha, hesitante, tocando levemente a cicatriz no rosto de João, retirando a mão rapidamente, como se estivesse com medo. Quando viu que João não demonstrou dor, ele estendeu a mão novam
João se acomodou sozinho no sofá, com uma expressão pensativa no rosto, e perguntou calmamente sobre o que havia acontecido mais cedo.- Parece que o objetivo deles era levar o Michel à força. - Disse Aurora, seu tom de voz carregado de preocupação.João, instintivamente, compartilhava da mesma suspeita que Aurora e Bruno.- Madalena, você consegue lembrar como eles eram? Pode desenhar os rostos deles para que eu possa encontrar eles? - Perguntou João, sua voz firme, mas gentil. Ele não estava mais envolvido na vida do crime, mas sua reputação ainda persistia no submundo. Se precisasse, poderia contar com a ajuda daqueles que ainda o respeitavam.- Eles estavam usando máscaras pretas e óculos escuros. Não dava para ver seus rostos, mas eram altos e fortes, não pareciam criminosos comuns. Mais como seguranças. - Respondeu Madalena, com um olhar perdido, tentando recordar os detalhes. Ela estava acostumada com os guarda-costas ao redor de Bruno e achou que os sequestradores tinham uma ap
- Você disse que voltaria para jantar esta noite. Que horas são agora? E você ainda não voltou? - A voz da Sra. Ferreira estava cheia de frustração enquanto pressionava seu filho pelo telefone. - Volte logo, Dalila preparou algumas de suas especialidades para você. Eu provei e está delicioso, com o nível de um chef de hotel cinco estrelas.- Mãe, eu não vou voltar para jantar. Ainda não resolvi minhas coisas. Você e a Srta. Dalila podem comer. Mãe, a Srta. Dalila está visitando nossa casa. Não deixe ela cozinhar, isso não é hospitalidade adequada. - Respondeu João, tentando ser firme, mas educado.A Sra. Ferreira franziu a testa, uma expressão de desapontamento marcando seu rosto. - Ainda não resolveu? Mesmo que não tenha resolvido, você deveria jantar. Está escuro lá fora, venha para casa, jante primeiro e depois continue ocupado.- Mãe, eu já comi, jantei fora. - João mentiu, tentando encerrar a conversa rapidamente.A Sra. Ferreira ficou em silêncio por um momento, engolindo a irri
De qualquer forma, ele teria que estar no mesmo nível da família Ferreira. - Dalila ainda é a mais adequada. Esse moleque não dá oportunidade alguma a ela. Se ele conviver bem com Dalila, quem sabe o que pode acontecer. Vou ao Grupo Alves amanhã. - Sra. Ferreira falou com um tom de voz firme, suas sobrancelhas franzidas em preocupação.- Por que você vai ao Grupo Alves? - Igor perguntou. Ele olhou para sua esposa, sua expressão curiosa, mas cautelosa, tentando entender a estratégia por trás da decisão repentina.- João, Bruno e Paulo são inseparáveis, têm uma relação muito próxima. Bruno e Paulo já têm seus amores, conhecem o doce sabor do amor. Vou falar com eles, convencê-los a sugerir a João que tente algo com Dalila. - Sra. Ferreira explicou, com paciência. - Nós, pais, podemos dizer algo que ele pode não ouvir, mas se os amigos falarem, ele pode considerar. Ele está morando na casa do Bruno agora, querido, você pode me passar o número do celular dele? Vou ligar para ele agora, nã
Depois de ele fechar a porta com um leve clique, Aurora bocejou longamente, voltou para a cama e se deitou, fechando os olhos para descansar. Sentiu a suavidade dos lençóis contra sua pele enquanto respirava fundo, tentando relaxar.Ela decidiu esperar por Bruno, ansiosa para saber como Bruno, Pedro e Paulo estavam progredindo em suas investigações. Mais tarde, havia também João. Ele sempre tinha uma abordagem diferente, e Aurora estava curiosa sobre o que ele tinha descoberto.Depois que João saiu do Condomínio Rosa, ele certamente foi encontrar Bruno. A mente de Aurora estava cheia de perguntas sobre o que eles poderiam ter discutido.Passado um bom tempo, Bruno saiu do banheiro. O vapor ainda pairava no ar, criando um ambiente quente e úmido.Aurora ouviu o som dos passos dele, abriu os olhos e viu que ele estava sem camisa, com o cabelo molhado e ainda pingando, criando pequenas poças no chão de madeira.Ela se levantou de repente, desceu da cama com agilidade e pegou uma toalha l
No zoológico, havia tantas pessoas que era fácil criar uma confusão e, na oportunidade, levar uma criança. O ambiente estava repleto de famílias, crianças correndo e gritos de alegria, criando um cenário caótico perfeito para criminosos agirem despercebidos.No centro da cidade, onde havia câmeras de segurança por toda parte, os criminosos não teriam a mesma facilidade para agir nem ousariam ser imprudentes. A presença constante de guardas, a movimentação intensa de pedestres e o incessante tráfego de veículos tornavam qualquer ação ilícita extremamente arriscada.Bruno especulou que, se os criminosos tentassem novamente, levaria pelo menos alguns meses. Ele imaginou que os responsáveis precisariam de tempo para planejar um novo ataque e encontrar uma oportunidade semelhante.Aurora pensou por um momento, depois disse: - Você está certo. Vou considerar o incidente do zoológico como um acidente e continuar com minha rotina normal, esperando que os inimigos se revelem.Bruno, com um sor
- E também o Bebê foi levado. Se não fosse a Aurora mandar alguém perseguir, sua irmã nem sei como estaria agora. - Lamentou Juliana, com a voz trêmula de emoção.Depois de recuperar seu filho, Carolina se ajoelhou para agradecer a Aurora, deixando Juliana chocada. A cena de uma mãe se ajoelhando em gratidão era impactante, revelando o desespero e a profundidade do agradecimento dela.Ser mãe, por causa dos filhos, realmente podia fazer qualquer coisa.Daulo suspirou fundo, sua voz cheia de inquietação:- Você não viu o Bruno trazendo tantas pessoas para buscar elas de volta? E o Sr. Pedro trouxe um grupo de pessoas. Michel estava tão bem protegido que eu, como pai, nem tive a chance de chegar perto dele para me preocupar.Juliana ficou em silêncio, ponderando sobre as palavras de Daulo.- O Bebê ficou muito assustado, minha irmã também. Não é só minha irmã, todos nós ficamos apavorados. - Continuou Daulo.Daulo, ultimamente, não estava se dando bem com sua irmã. Mas Bernardo era seu s
- Seus pais te criaram com dificuldade, e os meus criaram eu com facilidade, é? Você quer que eu tolere eles, mas por quê? Sua mãe não me criou, ela me ataca o tempo todo, diz que não sou como a Madalena, me compara com a Madalena e ainda não posso ficar brava? Todo dia na minha frente ela fala como a Madalena é maravilhosa e como eu sou um desastre, que eu não sei viver, não cozinho, sempre peço delivery. Eu também estou ocupada! Ela fica em casa sem fazer nada e ainda espera que eu volte para fazer comida pra ela. Isso não é me explorar? Quando eu cheguei na sua casa, sua mãe era tão boa comigo, até sua irmã me tratava bem. Eu achava que era a Madalena que não sabia lidar com a sogra, mas agora eu vejo que elas são boas em atuar. Eu fui enganada. - Juliana dizia tudo isso com raiva, sua voz trêmula revelava a frustração acumulada. Ela gesticulava com as mãos, tentando expressar a profundidade de seus sentimentos enquanto Daulo a observava, visivelmente desconfortável e sem saber como