Agora, todo mundo na Cidade G sabia que Bruno adorava sua esposa. Se algo acontecesse com Aurora, seria como tirar uma parte vital de sua vida. Essa devoção era conhecida e admirada, mas também tornava Aurora um alvo potencial para aqueles que queriam ferir Bruno de forma mais indireta e dolorosa.- Será que foi a Sra. Leite quem fez isso? - Aurora imediatamente pensou na Sra. Leite. Seus olhos se estreitaram enquanto considerava essa possibilidade, sentindo uma onda de raiva e preocupação crescendo dentro dela.Bruno ficou em silêncio por um momento antes de responder, sua expressão se tornando sombria e pensativa: - Agora, não posso afirmar nada, mas desde que você teve aquele desentendimento com a Eliana, eu pedi para o Paulo vigiar o velho Sr. Leite e sua esposa. Até agora, eles não mostraram nada de suspeito. Aurora, precisamos investigar mais a fundo para saber se o alvo verdadeiro dessa ação era você ou eu.Bruno colocou Michel ao seu lado e envolveu Aurora em um abraço apertad
- Se vocês fossem pessoas comuns, aprender artes marciais não faria diferença. Mas agora... É melhor que Michel aprenda alguma coisa para se proteger. - Bruno comentou, preocupado. Ele olhou para Aurora, seus olhos refletindo a ansiedade que sentia pela segurança do sobrinho.Bruno sempre gostou muito de Michel, seu sobrinho, e via nele um grande potencial. Ele já planejava treinar Michel quando ele ficasse mais velho, então apenas estava adiantando o processo.- É verdade, vamos fazer do jeito que você sugeriu. Obrigada, querido. - Aurora ficou sinceramente grata a Bruno por querer que Michel fosse bem-preparado tanto intelectualmente quanto fisicamente. Ela agradeceu com sinceridade, sua voz carregada de gratidão.Bruno, segurando Michel com um braço, usou a outra mão para dar um leve toque no nariz de Aurora e brincou com um tom leve: - Você só me chama de Bruno. Agora que vou contratar um mestre para Michel, você me chama de querido. Michel é mais importante para você do que eu, n
As duas pareciam ter acabado de voltar das compras, com Dalila segurando o braço da mãe de João e carregando várias sacolas nas mãos. - João, você vai sair? - Perguntou a Sra. Ferreira ao ver o filho, com um tom de preocupação e curiosidade. - Oi, mãe, Srta. Dalila. - João cumprimentou rapidamente, tentando esconder a pressa em sua voz. - Mãe, eu tenho uma urgência, não vou poder ficar com você e a Srta. Dalila agora. Vocês preferem esperar no meu escritório ou voltar para casa?- Que urgência é essa, João? - A Sra. Ferreira franziu a testa, claramente preocupada.- É uma coisa importante, mãe. - Respondeu João, tentando disfarçar o nervosismo. Ele sabia que não poderia revelar a verdadeira razão de sua pressa. Muitas pessoas achavam que ele estava interessado em Madalena, mas João sempre insistia que sua preocupação era genuína pelo bem-estar de Michel, embora poucos acreditassem nisso.- É coisa da empresa? - A Sra. Ferreira insistiu, seus olhos buscando a verdade nos olhos do filh
- Eu estive ocupada com os preparativos para o casamento. Em breve, estarei de licença de casamento. O Sr. João não pode ficar sem um assistente. - A secretária respondeu de maneira impecável, sem deixar margem para dúvidas. Dalila ficou sem palavras, olhando para a secretária com um misto de surpresa e respeito. Ela sabia que não poderia competir com uma resposta tão bem articulada.João, por sua vez, não sabia que, após sua saída, sua mãe e Dalila fariam tantas perguntas à secretária. Felizmente, a secretária respondeu de forma a não levantar suspeitas. Além disso, o incidente no zoológico não era algo que interessasse diretamente à Sra. Ferreira e Dalila, pois não as envolvia pessoalmente.João, dirigindo-se rapidamente para o Condomínio Rosa, sentia seu coração acelerar a cada quilômetro. A ansiedade em ver Michel e se certificar de que ele estava realmente bem o consumia. Ele precisava ver com seus próprios olhos que o menino estava seguro.Ao chegar ao Condomínio Rosa, João noto
A Sra. Erica tossiu algumas vezes, chamando a atenção de João. Quando ele olhou para ela, ela lembrou com gentileza: - João, o Michel não foi assustado pelos sequestradores, mas sim por você. Olhe, Michel está se debatendo para descer. - Sr. João, me solte. - Michel pediu de novo, com uma voz firme. Seu rostinho estava rígido, claramente irritado. A força de João era demasiada, e Michel não conseguia se soltar do abraço.João rapidamente colocou o garoto no chão e, agachando-se, segurou os ombros de Michel suavemente, dizendo com uma voz calma e reconfortante: - Michel, que bom que você está bem, que bom que está bem.Michel olhou para João com seus grandes olhos brilhantes. Ele conseguia perceber a verdadeira afeição de João. Não era apenas uma brincadeira, mas um carinho genuíno.Ele levantou a mãozinha, hesitante, tocando levemente a cicatriz no rosto de João, retirando a mão rapidamente, como se estivesse com medo. Quando viu que João não demonstrou dor, ele estendeu a mão novam
João se acomodou sozinho no sofá, com uma expressão pensativa no rosto, e perguntou calmamente sobre o que havia acontecido mais cedo.- Parece que o objetivo deles era levar o Michel à força. - Disse Aurora, seu tom de voz carregado de preocupação.João, instintivamente, compartilhava da mesma suspeita que Aurora e Bruno.- Madalena, você consegue lembrar como eles eram? Pode desenhar os rostos deles para que eu possa encontrar eles? - Perguntou João, sua voz firme, mas gentil. Ele não estava mais envolvido na vida do crime, mas sua reputação ainda persistia no submundo. Se precisasse, poderia contar com a ajuda daqueles que ainda o respeitavam.- Eles estavam usando máscaras pretas e óculos escuros. Não dava para ver seus rostos, mas eram altos e fortes, não pareciam criminosos comuns. Mais como seguranças. - Respondeu Madalena, com um olhar perdido, tentando recordar os detalhes. Ela estava acostumada com os guarda-costas ao redor de Bruno e achou que os sequestradores tinham uma ap
- Você disse que voltaria para jantar esta noite. Que horas são agora? E você ainda não voltou? - A voz da Sra. Ferreira estava cheia de frustração enquanto pressionava seu filho pelo telefone. - Volte logo, Dalila preparou algumas de suas especialidades para você. Eu provei e está delicioso, com o nível de um chef de hotel cinco estrelas.- Mãe, eu não vou voltar para jantar. Ainda não resolvi minhas coisas. Você e a Srta. Dalila podem comer. Mãe, a Srta. Dalila está visitando nossa casa. Não deixe ela cozinhar, isso não é hospitalidade adequada. - Respondeu João, tentando ser firme, mas educado.A Sra. Ferreira franziu a testa, uma expressão de desapontamento marcando seu rosto. - Ainda não resolveu? Mesmo que não tenha resolvido, você deveria jantar. Está escuro lá fora, venha para casa, jante primeiro e depois continue ocupado.- Mãe, eu já comi, jantei fora. - João mentiu, tentando encerrar a conversa rapidamente.A Sra. Ferreira ficou em silêncio por um momento, engolindo a irri
De qualquer forma, ele teria que estar no mesmo nível da família Ferreira. - Dalila ainda é a mais adequada. Esse moleque não dá oportunidade alguma a ela. Se ele conviver bem com Dalila, quem sabe o que pode acontecer. Vou ao Grupo Alves amanhã. - Sra. Ferreira falou com um tom de voz firme, suas sobrancelhas franzidas em preocupação.- Por que você vai ao Grupo Alves? - Igor perguntou. Ele olhou para sua esposa, sua expressão curiosa, mas cautelosa, tentando entender a estratégia por trás da decisão repentina.- João, Bruno e Paulo são inseparáveis, têm uma relação muito próxima. Bruno e Paulo já têm seus amores, conhecem o doce sabor do amor. Vou falar com eles, convencê-los a sugerir a João que tente algo com Dalila. - Sra. Ferreira explicou, com paciência. - Nós, pais, podemos dizer algo que ele pode não ouvir, mas se os amigos falarem, ele pode considerar. Ele está morando na casa do Bruno agora, querido, você pode me passar o número do celular dele? Vou ligar para ele agora, nã