Viviane ficou em silêncio por um momento, sem saber o que dizer. Depois de um instante, finalmente falou:— Nós realmente vamos comer e dormir juntos?Ricardo, ao ouvir isso, logo percebeu que Viviane havia mudado de ideia. Ele curvou os lábios, fingindo inocência, e respondeu:— Pois é, não tem jeito, a menos que você tenha alguma maneira de dividir o Ângelo em duas pessoas.Viviane pensou por um momento e respondeu:— Então, não tem jeito. Vamos ter que morar juntos por enquanto.O sorriso de Ricardo se alargou ainda mais, mas antes que ele pudesse deixar o sorriso alcançar seus olhos, ouviu a voz de Viviane:— Quando é que vamos resolver o problema do Manuel? Não vamos ter que esperar até o filho dele nascer, vamos?Ricardo respirou fundo:— Quando encontrarmos os dois primeiros assassinos da lista da darknet, poderemos enfrentar o Manuel de frente.Viviane, um tanto confusa, perguntou:— O Ângelo não sabe onde estão os outros dois?— Onde estão, só eles sabem. O Ângelo, embora seja
Na porta da casa da família Machado, Viviane avistou Samuel. E Samuel, ao ver Ricardo sair do carro, ficou completamente parado. Quando seus olhos se encontraram com o braço de Viviane entrelaçado com o de Ricardo, a expressão de Samuel congelou de vez. Seus olhos se estreitaram, e suas pálpebras tremeram várias vezes, como se algo estivesse prestes a explodir dentro dele.— Vocês...Samuel não teve tempo de terminar a frase, pois a porta da casa da família Machado se abriu. Rosa apareceu do lado de dentro:— Viviane, Sr. Ricardo! — No segundo seguinte, Rosa notou os braços entrelaçados dos dois, e sua boca se abriu em choque. — Vocês... Estão juntos de novo!Viviane olhou rapidamente para Samuel, e, sem saber como reagir, deu um aceno resignado com a cabeça:— Sim.Viviane queria explicar tudo para Rosa, mas sabia que teria que esperar Samuel sair para falar sobre o que estava acontecendo. No entanto, Rosa parecia ter outra ideia e rapidamente pegou o celular:— A Helena provavelment
— Samuel... — Não faça isso. — Samuel levantou a cabeça e disse. — Você só vai me fazer pensar que há uma chance... Viviane mordeu os lábios e não disse mais nada. — Daqui a pouco eu volto. Viviane, confusa, perguntou: — Por quê? — Você só precisa fazer o que eu disse, como se fosse uma forma de realizar um desejo meu. — Viviane olhou nos olhos sinceros de Samuel e acenou com a cabeça. Samuel continuou. — Então, eu vou voltar agora. Depois de falar, Samuel olhou uma última vez para Viviane, guardando na mente até mesmo o menor fio de cabelo dela. Ele sorriu levemente e se virou, indo embora. Na entrada da casa, Rosa e Ricardo estavam esperando que os dois voltassem. Quando Ricardo viu que apenas Samuel estava retornando, a expressão de seu rosto mudou imediatamente. Ele se aproximou e agarrou o colarinho de Samuel com força: — E a Vivi? Samuel olhou Ricardo com calma e disse: — Você tem sorte. Você tem ideia de quanto eu te invejo? Ricardo nem deu atenção ao q
Após ouvir a resposta de Ricardo, Viviane não conseguiu se conter e disse:— Não havíamos combinado? Estamos apenas fingindo que nos reconciliamos, estamos apenas encenando. Agora que o Samuel já foi embora, você não precisa continuar com a farsa.Ricardo levantou ligeiramente as sobrancelhas e respondeu:— Vivi, mesmo que seja uma encenação, não deveria terminar tão rápido, não acha?Viviane se calou.Ela não queria continuar esse assunto com Ricardo e, então, se virou para Rosa:— Você já terminou de ler os documentos? O que achou? Tem certeza de que foi o Vicente quem fez isso?— Sim, nos documentos descobrimos até como o Vicente falsificou as provas. Se eu entregar esses documentos para a polícia, o Vicente com certeza será preso.Ao ouvir o nome de Vicente, Viviane soube que ainda havia algo que não tinha sido dito, então perguntou:— O que foi? Você está preocupada que, se o Vicente for preso, ninguém vai cuidar dos seus pais adotivos?Rosa sorriu levemente e respondeu:— Viviane
No andar de cima, Hugo, ao ouvir o barulho vindo de baixo, também saiu e olhou preocupado para Flaviane.Somente Flaviane estava ali, e seu rosto exibia um sorriso satisfeito. No instante seguinte, ela se afastou, dando passagem para os funcionários que carregavam várias sacolas.— Podem colocar as coisas aqui. — Flaviane disse, se dirigindo aos trabalhadores.Ao ver que as sacolas eram todas de marcas de luxo, Sofia e Hugo ficaram ainda mais surpresos.— Flaviane, de onde você tirou tanto dinheiro para comprar tudo isso? — Perguntou Sofia, espantada.Flaviane só falou depois que os funcionários saíram.— Eu comprei presentes para vocês. Vejam, são coisas boas. Gostaram? — Disse ela, mostrando as sacolas.Sofia abriu uma das sacolas por acaso e, ao ver as roupas de marca, ficou com os olhos arregalados.— Flaviane, de onde você tirou tanto dinheiro? — Perguntou Sofia, ainda incrédula.Flaviane sorriu e respondeu:— Dinheiro do Grupo Ribeiro.— Você está desviando dinheiro da empresa! T
Hugo e as outras duas ainda sonhavam acordados com a ideia de Viviane, após desenvolver Alzheimer, assumir o comando do Grupo Ribeiro, mas Viviane, por sua vez, se via cheia de preocupações por ter que morar com Ricardo.Embora já tivessem convivido no mesmo espaço no hospital, agora, morar juntos parecia-lhe desconfortável. Era como se cada poro de seu corpo se erguesse a cada ruído vindo de fora da porta. Porém, assim que o menor som aparecia, ela desejava que ele se calasse imediatamente.Em meio a esse ciclo torturante de pensamentos, Viviane passou sua primeira noite em casa de uma forma quase mágica, sem sofrer de insônia. No entanto, no dia seguinte, ela recebeu uma mensagem no grupo das garotas, digitada por Helena: [Você e Ricardo reataram? Estão morando juntos agora, é isso? Estão realmente planejando ficar juntos? Uma coisa tão grande, e você não me contou nada? Se não fosse o Júlio me falar sobre isso, eu nem saberia que você e o Ricardo estavam de novo. Será que ainda sou
Alguns minutos depois.Rosa, com cuidado, digitou e enviou uma mensagem: [Viviane, se dissermos o que pensamos, você precisa prometer que não vai ficar chateada.]Viviane respondeu rapidamente: [Podem falar, vocês sabem como sou, não é? Já que fui eu quem pediu, não tenho motivos para ficar brava.]Com essas palavras de Viviane, Helena e as outras finalmente se animaram e começaram a digitar: [Vivi, eu acho que, embora o Ricardo tenha te enganado sobre a questão da identidade dele, em outras coisas, ele não te mentiu.]Viviane, ainda digitando, perguntou: [Então, Helena, você acha que eu não deveria mais me preocupar com a mentira do Ricardo?][Mais ou menos isso.]Viviane continuou a digitar e perguntou: [E você, Rosa, o que acha?]Rosa pensou um pouco e respondeu com cuidado: [Bom, eu vou dizer minha opinião. Eu acho o Sr. Ricardo uma pessoa muito boa. Se você procurar no mundo todo, talvez não encontre outro homem que te trate tão bem quanto ele. Então, se fosse eu no seu lugar, não
Viviane Ribeiro se casou.O noivo não era Gustavo Barros, seu namorado de oito anos de amor. Era um homem que ela conheceu por menos de cinco minutos, de quem tinha apenas informações básicas.- Ainda há tempo para se arrepender. - No saguão de espera do cartório, o homem olhou para Viviane com um ar cínico, lembrando-a.Com os dedos apertando a bainha quase desfiada de sua roupa, o rosto frio e indiferente de Gustavo preencheu sua mente...Três dias atrás, Gustavo, que normalmente evitava vê-la, a convidou para jantar. No momento em que recebeu o telefonema, ela ingenuamente pensou que oito anos de dedicação finalmente receberiam uma resposta.Ela se vestiu cuidadosamente para o encontro, porém, foi recebida não apenas por Gustavo, mas também por Débora Ribeiro, sua prima, que estava sentada em uma cadeira de rodas e segurava as mãos dele com um sorriso doce no rosto.- Doe seu rim para Débora e eu me casarei com você. - Gustavo soltou essa bomba antes que ela pudesse assimilar o rel