Quem estava ligando era Denis.Viviane ficou surpresa ao ouvir a voz de Denis e perguntou:— Sr. Denis, o que o traz aqui hoje, com tempo para me ligar?Denis, na verdade, não queria fazer essa ligação, mas não tinha outra opção. Alguns dos altos executivos o haviam encurralado na empresa, obrigando ele a fazer a chamada.— Srta. Viviane, você soube que, após assumir temporariamente o cargo de CEO do Grupo Ribeiro, a Flaviane desviou fundos da empresa?Viviane, ao ouvir isso, não conseguiu esconder o sorriso que surgiu em seu rosto:— Quando isso aconteceu?Denis, ao perceber que o tom de Viviane estava longe de ser de reprovação, e mais parecido com uma certa excitação, franziu a testa, confuso:— Foi ontem. Você acabou de passar o comando da empresa para a Flaviane e, logo em seguida, ela cometeu essa loucura. Srta. Viviane, trabalhamos juntos desde antes de você assumir o Grupo Ribeiro, e eu conheço bem o tipo de pessoa que você é. Tenho total confiança nas suas capacidades. Mas o q
Infelizmente, neste mundo, não havia remédio para arrependimentos.Depois de hesitar por um longo minuto, Flaviane finalmente atendeu ao telefone.Neste momento, o celular em suas mãos era, sem dúvida, uma bomba prestes a explodir.Flaviane, tremendo, disse ao interlocutor do outro lado da linha:— Srta. Viviane.A voz de Viviane era completamente diferente do que Flaviane imaginava. Ela não estava brava; na verdade, sua voz soava até com um tom de satisfação:— Eu soube que você desviou dinheiro da empresa?— Srta. Viviane, me deixe explicar! — Flaviane, sem tempo para se preocupar com o tom de Viviane, estava desesperada para se justificar.— Você não precisa explicar, eu sei que você deve ter seus próprios motivos para usar esse dinheiro, Flaviane. Como eu te considero uma amiga, vou confiar em você. — Viviane falou com sinceridade. — Portanto, eu acredito que você deve estar usando esse dinheiro para algo importante para a empresa, certo?Flaviane ficou atônita.Viviane realmente d
Viviane coçou a cabeça, pensativa:— Como é que eu não tenho a menor lembrança de ter te ligado? Flaviane respondeu com firmeza:— Srta. Viviane, isso quer dizer que a senhora ainda não descansou o suficiente. A senhora precisa de mais tempo para se recuperar. Quanto aos assuntos da empresa, pode ficar tranquila, eu vou cuidar de tudo para a senhora.— Ah, com essas palavras, fico mais tranquila. — Viviane murmurou baixinho. — Mas o que foi que me levou a ligar para a Flaviane mesmo?Após isso, Viviane desligou o telefone.Flaviane também abaixou o celular, mas, assim que o fez, soltou um suspiro de alívio. A ligação acabava de ser gravada."Foi a Viviane quem disse isso, e agora posso fazer o que eu quiser com qualquer pessoa da empresa. Bem, a primeira coisa será..."Flaviane pegou o telefone ao lado da mesa:— Hebe, entre.Hebe entrou, visivelmente receosa. Flaviane então questionou:— Eu te pergunto, foi você quem contou para a Srta. Viviane que eu usei o dinheiro da empresa?Heb
Assim que a porta se fechou, os outros executivos imediatamente começaram a falar:— Sr. Denis, o que está acontecendo? Por que a Flaviane te chamou?Denis respondeu:— Eu também não sei exatamente o motivo, mas não se preocupem, voltem ao trabalho, não deve ser nada sério.Embora ele tentasse tranquilizá-los, os executivos não conseguiam se livrar da sensação de que a situação não era tão simples assim, e todos estavam visivelmente preocupados. Denis, percebendo a apreensão, falou mais uma vez:— Pessoal, não se preocupem tanto. Eu ainda confio na Srta. Viviane. Se ela confiou à Flaviane uma posição tão importante, é porque acredita que ela tem capacidade para isso. Nós não tivemos muito tempo para conviver com a Flaviane, nossa compreensão sobre ela é quase nula. Não podemos tirar conclusões precipitadas sobre uma pessoa com base em um único incidente. Vamos lá, ficarmos aqui não vai resolver nada. O melhor é irmos todos juntos para a empresa e ver o que a Flaviane realmente quer.Di
Viviane Ribeiro se casou.O noivo não era Gustavo Barros, seu namorado de oito anos de amor. Era um homem que ela conheceu por menos de cinco minutos, de quem tinha apenas informações básicas.- Ainda há tempo para se arrepender. - No saguão de espera do cartório, o homem olhou para Viviane com um ar cínico, lembrando-a.Com os dedos apertando a bainha quase desfiada de sua roupa, o rosto frio e indiferente de Gustavo preencheu sua mente...Três dias atrás, Gustavo, que normalmente evitava vê-la, a convidou para jantar. No momento em que recebeu o telefonema, ela ingenuamente pensou que oito anos de dedicação finalmente receberiam uma resposta.Ela se vestiu cuidadosamente para o encontro, porém, foi recebida não apenas por Gustavo, mas também por Débora Ribeiro, sua prima, que estava sentada em uma cadeira de rodas e segurava as mãos dele com um sorriso doce no rosto.- Doe seu rim para Débora e eu me casarei com você. - Gustavo soltou essa bomba antes que ela pudesse assimilar o rel
- Há algum problema?Ricardo levantou as pálpebras, observando-a.Viviane entreabriu os lábios vermelhos, indecisa sobre o que dizer. Preocupada que Ricardo pudesse interpretar errado, optou por falar:- Nada de errado, vamos.Mais cedo ou mais tarde, teria que enfrentar isso.A meio caminho, Viviane recebeu uma chamada de Gustavo.Ao ver o brilho intermitente na tela, sua expressão congelou, como se estivesse vendo a si mesma nos últimos oito anos.Sempre foi ela a tomar a iniciativa de ligar para Gustavo, perguntando como ele estava.Mas Gustavo nunca a ligou uma única vez.Mesmo quando ela esteve hospitalizada para uma cirurgia, não recebeu nenhuma palavra de preocupação.Agora, por causa de Débora, ele podia ligar repetidamente.Algumas pessoas simplesmente não eram nem comparáveis.- Você não vai atender? - Ricardo, que estava fechando os olhos no banco do passageiro, virou a cabeça para olhar pela janela.Viviane olhou para o perfil impecável do homem. Embora não pudesse ver sua
O coração de Viviane de repente se tornou muito tenso, como se alguém à deriva no oceano vasto finalmente tivesse encontrado um pedaço de madeira flutuante. Levantou o olhar e cruzou diretamente com os olhos de Ricardo. O olhar dele não era mais de descaso e escárnio; era intenso e cheio de sentimento. Por um momento, até mesmo Viviane quase foi enganada por ele.Desesperada, ela olhou para Hugo e Sofia Lopes. Ambos, chocados, se sentaram no sofá. Após um momento de silêncio, Hugo foi o primeiro a reagir. Levantou a cabeça e perguntou a Viviane:- Viviane, o que está acontecendo?Viviane estava prestes a falar, Ricardo a interrompeu e a colocou atrás dele. Este novo sentimento de ser protegida deixou sua mente em branco, enquanto a voz profunda e magnética de Ricardo ecoava em seus ouvidos.- Nós acabamos de registrar nosso casamento hoje, foi tudo muito às pressas, não tivemos tempo de avisar nossos pais.Controlando a raiva, Hugo tentou manter a compostura:- Viviane!Juntando corag
Ricardo, com um rosto sério, a empurrou para o assento do passageiro e fechou a porta. Viviane se encolheu de medo e lançou um olhar furtivo ao rosto carrancudo de Ricardo, sem entender. A pessoa que deveria estar com raiva era ela. Então, por que Ricardo parecia ainda mais irritado? No segundo seguinte, Ricardo ligou o carro abruptamente e o veículo disparou como uma flecha solta do arco. Viviane quase foi arremessada para fora; ela agarrou-se firmemente ao apoio de mão, sua voz distorcida pelo vento:- O que você está tentando fazer?Ricardo parecia não ter ouvido sua pergunta e pisou fundo no acelerador, seus olhos escuros como os de uma fera na noite, fixos à frente. Imediatamente, o Audi comum tornou-se como uma enxurrada de água que escapava, correndo desenfreadamente pelas ruas silenciosas. Viviane estava pálida e só conseguiu se segurar no apoio de mão, usando toda a sua força. Ela questionou em alto e bom som, mas era inútil; o estrondoso som do vento abriu sua enorme bo