Viviane ficou paralisada por um momento, algo parecia se mover dentro dela. Ela rapidamente desviou os olhos de Ricardo.— Você já comeu? — Perguntou Viviane.Ricardo respondeu com calma:— Já comi.Após falar, Ricardo notou o rubor no rosto de Viviane e seus lábios se curvaram ligeiramente. Não importava quanto tempo se passasse, Ricardo ainda gostava de ver o rosto de Viviane corar. Ela parecia ainda mais bonita assim. — Além de parreiras de uva, você realmente não precisa de mais nada? — Perguntou Ricardo.Viviane respondeu apressada:— Não, não preciso. Ainda não estou satisfeita, vou voltar para terminar de comer. Ela se apressou a sair, temendo que Ricardo dissesse algo que a fizesse perder o controle sobre seu coração. Ricardo observou a figura de Viviane indo embora rapidamente e, com um suspiro resignado, balançou a cabeça.Na verdade, quanto mais tempo passava com Viviane, mais Ricardo percebia que ela não o odiava completamente, era apenas porque ele a havia enganado. O
Viviane não pôde deixar de pensar isso em seu íntimo, mas, ao mesmo tempo, outra voz surgiu em sua mente: "Será?"Justo nesse momento, a voz de Ricardo ecoou lá embaixo:— Vivi, as uvas já chegaram, você vai descer para plantar as uvas comigo?Viviane abriu lentamente a cortina e viu que Ricardo ainda estava de camisa social.Ela soltou um suspiro de alívio:— Não precisa.— Então tá, vou plantar as uvas sozinho.Ao ouvir Ricardo dizer que plantaria as uvas sozinho, Viviane sentiu uma pontada de pena dele. Mordendo o lábio, ela disse:— Ah, deixa para lá, na verdade, estou sem fazer nada mesmo. Vou com você plantar as uvas.Ricardo sorriu para Viviane.Sob o sol, o sorriso do homem estava cheio de charme.Viviane não conseguiu mais olhar, se virou rapidamente e desceu as escadas apressadamente.Quando chegou perto de Ricardo, Viviane logo se arrependeu.Agora, bem perto dele, o cheiro de seu perfume estava ainda mais evidente. Viviane sentia como se não houvesse lugar para se esconder,
— Com base no fato de que agora sou a CEO do Grupo Ribeiro, Sr. Denis. Sei que você tem uma boa relação com a Srta. Viviane, mas, Sr. Denis, não é porque você tem essa relação que pode fazer o que quiser. Na empresa, ainda precisamos seguir as regras do nosso código interno. — Disse Flaviane com firmeza.Denis, ao ouvir Flaviane falar assim, ficou ainda mais confuso.— Já que você diz que precisamos seguir o código da empresa, então me diga: qual cláusula do código você está usando para me demitir?Flaviane sorriu de forma enigmática, sem dizer uma palavra, e simplesmente empurrou o contrato sobre a mesa, cobrindo ele.— Sr. Denis, é melhor você sair agora. Se não sair, vou chamar a segurança. — Flaviane disse, pegando o telefone ao lado da mesa, fazendo um gesto como se fosse ligar.Denis, no entanto, não se intimidou com Flaviane.— Flaviane, se você não me der uma explicação razoável, eu não vou sair da empresa! Embora o cargo de Denis na empresa fosse apenas honorário, todos podia
Denis desligou o telefone, e Viviane também guardou o celular.No entanto, Viviane não se apressou a voltar para a sala de estar.Agora, ela sentia que não estava em uma boa situação para ficar perto de Ricardo.Enquanto Viviane hesitava, sem saber se deveria entrar ou não, de repente, ela ouviu um som estridente.Ainda sem entender o que estava acontecendo, ela logo ouviu o estalo de um disparo.Viviane correu rapidamente de volta para casa.Na sala, ao ouvir o tiro, Ricardo largou o computador e correu para fora.Ao vê-la, Ricardo a abraçou rapidamente:— Você está bem? Viviane balançou a cabeça.O som dos tiros foi se afastando.Os dois se mantiveram na mesma posição, sem se mover.Só quando o barulho dos disparos desapareceu por completo, e o ambiente ficou em silêncio, Ângelo falou:— Eu disse... Até quando vocês vão continuar nesse abraço? — Ângelo disse, sorrindo.Ele observava os dois com um sorriso.Foi então que perceberam o quão comprometedora era a posição em que estavam.
Viviane Ribeiro se casou.O noivo não era Gustavo Barros, seu namorado de oito anos de amor. Era um homem que ela conheceu por menos de cinco minutos, de quem tinha apenas informações básicas.- Ainda há tempo para se arrepender. - No saguão de espera do cartório, o homem olhou para Viviane com um ar cínico, lembrando-a.Com os dedos apertando a bainha quase desfiada de sua roupa, o rosto frio e indiferente de Gustavo preencheu sua mente...Três dias atrás, Gustavo, que normalmente evitava vê-la, a convidou para jantar. No momento em que recebeu o telefonema, ela ingenuamente pensou que oito anos de dedicação finalmente receberiam uma resposta.Ela se vestiu cuidadosamente para o encontro, porém, foi recebida não apenas por Gustavo, mas também por Débora Ribeiro, sua prima, que estava sentada em uma cadeira de rodas e segurava as mãos dele com um sorriso doce no rosto.- Doe seu rim para Débora e eu me casarei com você. - Gustavo soltou essa bomba antes que ela pudesse assimilar o rel
- Há algum problema?Ricardo levantou as pálpebras, observando-a.Viviane entreabriu os lábios vermelhos, indecisa sobre o que dizer. Preocupada que Ricardo pudesse interpretar errado, optou por falar:- Nada de errado, vamos.Mais cedo ou mais tarde, teria que enfrentar isso.A meio caminho, Viviane recebeu uma chamada de Gustavo.Ao ver o brilho intermitente na tela, sua expressão congelou, como se estivesse vendo a si mesma nos últimos oito anos.Sempre foi ela a tomar a iniciativa de ligar para Gustavo, perguntando como ele estava.Mas Gustavo nunca a ligou uma única vez.Mesmo quando ela esteve hospitalizada para uma cirurgia, não recebeu nenhuma palavra de preocupação.Agora, por causa de Débora, ele podia ligar repetidamente.Algumas pessoas simplesmente não eram nem comparáveis.- Você não vai atender? - Ricardo, que estava fechando os olhos no banco do passageiro, virou a cabeça para olhar pela janela.Viviane olhou para o perfil impecável do homem. Embora não pudesse ver sua
O coração de Viviane de repente se tornou muito tenso, como se alguém à deriva no oceano vasto finalmente tivesse encontrado um pedaço de madeira flutuante. Levantou o olhar e cruzou diretamente com os olhos de Ricardo. O olhar dele não era mais de descaso e escárnio; era intenso e cheio de sentimento. Por um momento, até mesmo Viviane quase foi enganada por ele.Desesperada, ela olhou para Hugo e Sofia Lopes. Ambos, chocados, se sentaram no sofá. Após um momento de silêncio, Hugo foi o primeiro a reagir. Levantou a cabeça e perguntou a Viviane:- Viviane, o que está acontecendo?Viviane estava prestes a falar, Ricardo a interrompeu e a colocou atrás dele. Este novo sentimento de ser protegida deixou sua mente em branco, enquanto a voz profunda e magnética de Ricardo ecoava em seus ouvidos.- Nós acabamos de registrar nosso casamento hoje, foi tudo muito às pressas, não tivemos tempo de avisar nossos pais.Controlando a raiva, Hugo tentou manter a compostura:- Viviane!Juntando corag
Ricardo, com um rosto sério, a empurrou para o assento do passageiro e fechou a porta. Viviane se encolheu de medo e lançou um olhar furtivo ao rosto carrancudo de Ricardo, sem entender. A pessoa que deveria estar com raiva era ela. Então, por que Ricardo parecia ainda mais irritado? No segundo seguinte, Ricardo ligou o carro abruptamente e o veículo disparou como uma flecha solta do arco. Viviane quase foi arremessada para fora; ela agarrou-se firmemente ao apoio de mão, sua voz distorcida pelo vento:- O que você está tentando fazer?Ricardo parecia não ter ouvido sua pergunta e pisou fundo no acelerador, seus olhos escuros como os de uma fera na noite, fixos à frente. Imediatamente, o Audi comum tornou-se como uma enxurrada de água que escapava, correndo desenfreadamente pelas ruas silenciosas. Viviane estava pálida e só conseguiu se segurar no apoio de mão, usando toda a sua força. Ela questionou em alto e bom som, mas era inútil; o estrondoso som do vento abriu sua enorme bo