Mas, sob o olhar expectante de Viviane, Ricardo acabou pegando o remédio na mesa e o bebendo.Após tomar, além do sabor amargo e desagradável da erva medicinal, Ricardo não sentiu mais nada.Viviane perguntou, ansiosa:— Como você se sente?Ricardo balançou a cabeça. Viviane, ainda confusa, questionou:— Mas o Ângelo disse que isso é necessário quando alguém está machucado...Viviane, sem entender, insistiu:— Você não está machucado. Por que o Ângelo preparou esse remédio para você?Ricardo também não sabia a resposta. Só pôde dizer:— Vamos comer.— Tudo bem. — Viviane pegou a tigela, ainda lançando um olhar curioso para o prato de Ricardo.Depois do jantar, Viviane foi tomar banho.Quando terminou, olhou para Ricardo:— Eu vou subir para descansar um pouco.Ricardo estava sentado no sofá, com um semblante um tanto estranho. No entanto, como Viviane estava a uma certa distância, não percebeu a expressão preocupante no rosto dele.— Está bem. — Ricardo se levantou e seguiu Viviane pa
— Ricardo, como é que acabou a energia? Foi alguém do Manuel que fez isso? — Ao ouvir as palavras de Viviane, Ricardo parou de ajustar a toalha ao redor de seu corpo. "Será que, por causa do que aconteceu à tarde, a Viviane já ficou com algum trauma?" Ao pensar nisso, o coração de Ricardo se apertou, e ele ficou nervoso. Se esquecendo da toalha que ainda segurava, ele correu para abrir a porta. No momento em que a porta se abriu, Viviane se jogou diretamente nos braços de Ricardo. — Você está bem? — O leve aroma feminino de Viviane invadiu os sentidos de Ricardo. O desejo, que ele havia conseguido conter, novamente se acendeu em seu peito. — Vivi... — Você está sangrando... — Viviane tocou algo pegajoso no corpo de Ricardo, e imediatamente pensou em sangue. Na verdade, era sangue. Mas, na realidade, era sangue que Ricardo havia feito escorrer de si mesmo. — Realmente foram os homens do Manuel? O que devemos fazer agora? — Viviane perguntou, um pouco aflita. — Vou
Viviane ficou paralisada.Após um tempo, ela finalmente se deu conta do que havia acontecido.A pele quente de Ricardo estava colada ao dorso de sua mão, fazendo com que Viviane se assustasse por dentro.Ela de repente percebeu o que estava acontecendo com Ricardo.Viviane empurrou com força o peito forte e firme de Ricardo:— Ricardo, você precisa se acalmar...Ricardo, porém, certamente não conseguiria se acalmar.A erva medicinal doÂngelo era venenosa.Quando alguém entrava em contato com essa medicina, toda a racionalidade da pessoa se perdia.— Vivi, eu estou com muito calor... — Ricardo disse, e, ao abrir a boca, o ar que saía de seus pulmões era ardente.Viviane perguntou, aflita:— Como você chegou a esse ponto? A água gelada não ajudou?Ricardo, com dificuldade, balançou a cabeça. Viviane, desesperada, falou rapidamente:— Então o que você quer que eu faça para te ajudar?Ricardo olhou para o abajur em cima da mesa de cabeceira. Ele deu alguns passos para trás, se afastando de
"Mas isso é uma área residencial de luxo, como pode ter rato um aqui? Não será uma armadilha do Manuel, será?" Viviane pensava consigo mesma enquanto vestia Ricardo apressadamente.Enquanto isso, no terceiro andar, Ângelo observava calmamente a cena abaixo.A casa estava silenciosa."Não esperava que o Sr. Ricardo fosse tão silencioso durante o ato. Achei que ele fosse gritar muito. Quando o Ricardo acordar amanhã, com certeza vai me agradecer. Se não fosse por mim, ele não teria se reconciliado tão rapidamente com a Viviane. E, no futuro, ainda posso colocar em meu currículo que ajudei o Ricardo a restaurar o relacionamento com sua esposa, ao mesmo tempo em que o protegia." Para Ângelo, isso era algo único na darknet.Era impossível negar, as pessoas da darknet eram muito habilidosas.Embora Ângelo já fosse o terceiro no ranking da darknet, uma posição invejável aos olhos de outros, ele sabia muito bem que jamais conseguiria ultrapassar os dois primeiros colocados.Então, sua única
O médico fez um exame no corpo de Ricardo e, após se certificar de que ele estava bem, ao sair, novamente lembrou Viviane:— Da próxima vez, tenham mais cuidado. Sempre deve haver um limite para tudo.Viviane permaneceu em silêncio.A enfermeira ao lado também olhava discretamente para Viviane, corada.O olhar a fez se sentir bastante constrangida.Viviane não teve outra escolha senão sorrir timidamente para a enfermeira, então fechou a porta, se isolando dos olhares curiosos do lado de fora.O ambiente na sala se acalmou, e a cor que havia tomado o rosto de Viviane lentamente começou a desaparecer.Depois de hesitar um pouco, Viviane finalmente se aproximou de Ricardo.Olhou para o ferimento que estava enfaixado na mão dele e, ao levantar os olhos, fixou-os em Ricardo.Ela percebeu que ele ainda não havia acordado, então, com cuidado, estendeu um dedo e tocou a ponta do dedo de Ricardo.— Não sei se você está sentindo dor... — Disse Viviane, mordendo os lábios em seguida. — Claro que
Isso fez com que Ricardo fosse parar no hospital, e Ângelo ainda se sentia muito envergonhado. Ele não imaginava que a situação tomaria tais proporções. — Ajudar meu marido, não... — Viviane percebeu que se ele expressou errado e rapidamente o corrigiu. — Ajudar o Ricardo com o quê? Ângelo olhou para Ricardo. Nos olhos de Ricardo, ainda havia um claro aviso dirigido a Ângelo. Ângelo só pôde apertar os lábios e, em seguida, disse a Viviane: — O Ricardo sabe, então é melhor ele mesmo explicar. Ele basicamente repassou o problema para Ricardo. Ricardo lançou um olhar fulminante para Ângelo e disse: — A erva foi para melhorar minha saúde. — Mas... — Viviane estava claramente desconfiada. Como algo que deveria melhorar a saúde de alguém poderia acabar levando uma pessoa ao hospital? — O Ângelo não tem muita habilidade com medicina, a dosagem do remédio não foi bem controlada, e por isso ocorreu esse imprevisto. — Explicou Ricardo, com calma. Ângelo não conseguiu ev
Do outro lado da linha, Rosa respondeu: — Claro, sem problemas. Viviane sorriu e disse: — Você está me dando muito trabalho, Rosa. Rosa, com um tom ligeiramente irritado, retrucou: — Viviane, você já me ajudou tanto! E, além disso, você só está me pedindo para passar uma mensagem. Viviane mordeu levemente o lábio e, só então, percebeu que havia um olhar quente sobre seu rosto. Ela rapidamente virou a cabeça. Porém, ao olhar, viu que Ricardo ainda estava com os olhos fechados e não havia acordado. Viviane franziu a testa sem saber se estava apenas sendo sensível demais. "Será que estou exagerando?" Ela colocou o celular de volta na mesinha ao lado da cama e voltou a olhar para Ricardo. Depois de alguns minutos olhando, percebeu que novamente estava apenas fixando os olhos nele, perdida em seus pensamentos. Viviane suspirou, resignada. "Eu realmente preciso encontrar algo para fazer. Caso contrário, vou passar o dia inteiro apenas olhando para o Ricardo e sem
Rosa agora gostava bastante da família Machado.Claro, ela só gostava do casal Machado.— Por que, de repente, você quer que eu saia da família Machado? — Perguntou Rosa, com um olhar curioso.— Não era isso que eu queria dizer. — Igor sorriu. — O que eu quis dizer é que nós... Nos casássemos. Assim, você não precisaria morar na família Machado, e poderia diminuir o contato com as pessoas de lá.Rosa ficou chocada.Levou um tempo até que ela, timidamente, perguntasse:— Você... Você está me pedindo em casamento?Do outro lado, o silêncio tomou conta.Foi só após um momento que ela ouviu a voz de Igor:— Sim, mas Rosa, não tenha medo. Não estou dizendo que devemos casar agora. Se você não quer algo tão rápido, podemos morar juntos primeiro. E se você se preocupar que eu não vá ser responsável, podemos até fazer o registro de casamento, meu Deus, o que estou dizendo...Ao ouvir as palavras um tanto confusas de Igor, Rosa sorriu.— Eu entendi o que você quis dizer.Agora, se eles se casas