Cold Mancini— O que faz aqui?—ela me pergunta com um sorriso no rosto.Lanço um sorriso para ela e em seguida digo:—A levarei até a Rússia.Por um momento me senti bem, mas logo me dei conta de que essa felicidade seria por algumas horas.—Eu vou na cabine com o piloto, vocês podem ficar a vontade.—disse Dimitri, com um sorriso sarcástico.Eu olho nos olhos dela e vejo o brilho da surpresa misturado com antecipação. Seu sorriso é como um raio de sol atravessando as nuvens, iluminando meu mundo momentaneamente. Eu a levaria para a Rússia, para um último momento juntos antes de nos separarmos por um tempo, até que eu conseguisse ter certeza do motivoEnquanto Dimitri se afasta, deixando-nos a sós, sinto o calor do desejo pulsando dentro de mim. Ela está tão perto, seu perfume delicado envolvendo meus sentidos. Eu a puxo para mais perto, nossos lábios se encontram em um beijo cheio de desejo e saudade.Suas mãos encontram o caminho pelo meu corpo, traçando linhas de fogo onde quer que
Cold ManciniApós deixar a Harper na casa do Dimitri , voltei imediatamente para Itália.Quando o avião tocou o solo, uma mistura de alívio e apreensão me envolveu. Eu havia deixado a mulher que amava na Rússia, uma decisão difícil, mas necessária para protegê-la enquanto eu desvendava os segredos que ameaçavam a nossa paz.Enquanto caminhava pelo corredor do aeroporto, o peso da responsabilidade pesava em meus ombros. Sabia que era hora de encarar de frente os eventos do passado, o incêndio que quase a levou embora de mim.Ao chegar em casa, a determinação cresceu dentro de mim. Era hora de descobrir a verdade, não importava o quão sombria ou perigosa fosse. Eu tinha que protegê-la, não importa o custo.Um dos meus capangas trouxe informações que precisava e fui imediatamente encontrar-me com o Frederico, tio da Harper.Assim que chego na oficina, o Frederico vai comigo até o escritório e logo pergunto a ele:—Frederico, preciso saber a verdade sobre a morte dos pais da Harper. Você
EloiseLá estávamos nós, Cold e eu, adentrando os corredores sombrios do hospital russo, disfarçados e determinados a desvendar os segredos obscuros da organização de tráfico de órgãos. Fingindo ser minha irmã gêmea, Caterina, deslizei pelos corredores com uma confiança fingida, meu coração batendo descontroladamente.À medida que me aproximava do diretor do hospital, cuja esposa eu fingia ser, mergulhei nas profundezas do engano, extraindo informações vitais que ajudariam a derrubar aqueles que lucravam com o sofrimento alheio.Dentro da minha suposta sala, abro o computador e logo consigo acesso a todas informações que desejo, pego o pen drive e conecto para salvar tudo que preciso.Cold estava no corredor, quando ouço batidas na porta e logo, como se o destino estivesse zombando de mim, um russo desconhecido entra e se aproxima, seus olhos ardendo com uma paixão que não era destinada a mim, mas à minha irmã. Ele se aproximou, e antes que eu pudesse reagir, seus lábios encontraram o
Cold ManciniPassei o dia com a Eloise, após sairmos do hospital com provas, ela parecia estranha, eu sabia que algo estava errado, ela me pediu para enviar um nome ao detetive e queria respostas com urgência, apesar de estar poucas horas da Harper, eu anseiava acabar com tudo para finalmente tê-la ao meu lado.Saio do quarto do hotel após um banho e vou até a porta do quarto da Eloise e antes que eu batesse a porta, ela abre.—Cold, precisamos conversar sobre a Caterina.— diz ela parecendo preocupada com algo.Desço com ela e assim que entramos no carro para jantarmos fora, ela me diz:—Ela tem um esposo e uma filha pequena, por um momento pensei até em não matá-la, não queria que a minha sobrinha crescesse sem uma mãe, mas ela sequer se importa com a filha, tudo que ela quer é destruir vidas, eu preciso descobrir tudo sobre esse Ivan Frost, ele é o dono deste hospital, precisamos ajudá-lo, a minha sobrinha só tem a ele, se essas informações que peguei hoje no pen-drive serem vazada
Cold ManciniAssim que desligo a ligação da Harper, continuo a conversa com o suposto tio dela por parte de mãe.Numa casa sombria e mal iluminada. Encaro o homem à minha frente, cujo rosto está marcado pelo peso das escolhas que fez.Ele cospe o sangue após eu dar um soco nele e com uma arma apontada para ele, o mesmo diz:— Por que fez isso? — uma tensão paira entre nós enquanto nossos olhares se encontram com fúria.— Você sabe como é, Cold. Traição não é perdoada. Não importa quem seja o traidor.— Mas ela era sua irmã... sua família —Ele desvia o olhar por um momento, antes de retomar sua postura rígida.— Família ou não, as regras são claras. Não há espaço para fraqueza, se veio me matar, que termine o seu trabalho, acha que sou uma ameaça para sua esposinha? É melhor que me mate, pois se ela descobrir que fui eu, sujará as mão dela de sangue, o mesmo sangue que corre em minhas veias—diz ele sem expressão alguma em seu rosto.— Você vai ter a mesma morte que os pais da sua sobr
Cold Mancini — Não vamos demorar muito mais, Eloise. O hospital está logo ali na próxima cidade.—Digo preocupado.Eloise assente, mas a tensão ainda é palpável no ar, pairando como uma nuvem sombria sobre nós.Entramos no hospital, as luzes brancas e brilhantes iluminam o corredor movimentado. Rapidamente, nos dirigimos à recepção, onde uma enfermeira nos aborda com um olhar preocupado. —Posso ajudá-los?— Precisamos de informações sobre Sophia Northwind. Ela foi trazida para cá às pressas, junto com o Dimitri que chegou baleado e morto.A enfermeira logo nota que sou um mafioso e nos leva até a sala de espera do centro cirúrgico, onde Sophia estava tendo seu bebê. Vejo Harper emergindo do centro cirúrgico, vestindo um avental manchado de sangue. Seus olhos encontram os meus, e ele se aproxima com uma expressão séria.—Cold, Eloise... Sophia está bem. Ela teve que passar por uma cesariana de emergência, mas o bebê está bem.Eloise solta um suspiro aliviado, enquanto eu olho para Ha
Harper RicciardiEntro no esconderijo com um propósito claro: acabar com Caterina. Seus olhos se encontram com os meus, uma mistura de surpresa e desafio. Ela já sabe por que estou ali.—Você veio me matar, não é?Estava pensando quem me mataria, se seria o Cold, a Eloise ou até mesmo o Dimitri, mas jamais pensei que fosse você, então é você quem vai me matar?— Caterina pergunta, sua voz firme, mas carregada de tensão.Assinto, mas decido dar um passo atrás. Antes de fazer o que vim fazer, preciso entender por que ela fez o que fez.—Por que, Caterina? Por que cometeu todos esses crimes?—Minha voz é firme, mas também carrega uma ponta de curiosidade.Ela respira fundo, seus olhos carregados de frieza e nenhum remorso. —Cold e Dimitri... Eles foram os responsáveis pela morte de minha mãe. Eu fiz o que fiz para me vingar, para proteger o que restou da minha família.Escuto suas palavras, absorvendo cada detalhe de sua história.—Vingança... Proteger sua família... São motivos nobres, Ca
Cold ManciniSaímos do local e Harper me olha e logo entendo que ela está irritada por eu ter escondido que o Dimitri sempre esteve vivo.—Como você conseguiu dormir ao me ver sofrendo com a Sophia?—Nem me fale, a Sophia não quer nem me ver, mas eu não sabia que o bebê que ela estava esperando era meu, quando o Cold me ligou dizendo que ela estava tendo o bebê e que era o meu filho, tudo o que eu queria era sair de onde eu estava, mas precisava continuar com o plano de fingir estar morto, até chegar este momento e matar a minha meia irmã venenosa.—Então Eloise sabe toda verdade?—Harper pergunta confusa.—Sim, ela sabe a pouco tempo, logo depois que contratei um dublê idêntico a mim, mas antes que fale sobre ele, o mesmo sabia dos riscos, mas decidiu se doar pela arte dele e também recebeu uma quantia alta para que seus pais pudessem ter um futuro tranquilo, já que ambos são idosos.—Disse Dimitri.—Então quando viajei para Rússia, eu viajei com seu dublê?—Harper pergunta para Dimit