— Você tem certeza que o Olavo vai aparecer? — Pergunto enquanto abotoo os punhos da camisa.
— Espero que sim, não é como se a gente tivesse outra opção — Bella grita do banheiro.
— Tem a Glória — rebato. — Mas acho que seria estranho chamar a governanta.
O silêncio se estende por uns segundos antes de ela soltar um riso fraco. Combinamos de ir devagar e até que estamos indo bem com isso, um peso foi tirado das nossas cabeças, mas outro foi colocado no lugar.
— Pode me ajudar com o zíper? — Bella me chama.
— Não dizem que dá azar ver a noiva antes do casamento?
— Você veio! — Abraço Olavo enquanto ele se mantém rígido, resmungando sobre não ter tido escolha.Em defesa dele, nós nunca fomos tão próximos, e nem sei por que decido abraçá-lo. No fundo, acho que gosto de ter alguém do meu lado após ter me afastado de todo mundo que eu conhecia. Já é estranho o bastante eu ter convidado meu ex-chefe pra ser testemunha do meu casamento, simplesmente porque eu não tinha mais ninguém para chamar. O mínimo que posso fazer é ficar feliz por ele ter se dado ao trabalho de vir.— Sempre soube que esse dia chegaria — Enzo fala e abre os braços para ganhar um abraço também. — Você tá linda.Dante pigar
Sinto Bella enrijecer em meu braço antes de conseguir assimilar que meu avô está nos esperando casualmente do lado de fora do cartório.— Que interessante encontrar vocês aqui… — ele comenta com um sorriso. O que já é o suficiente para me fazer desacelerar o ritmo e parar a muitos passos de distância.Alberto Vasconcellos nunca sorri assim.— Vô, o que você tá fazendo aqui?— Bom, sei o que não estou fazendo aqui, já que não recebi um convite — ele aponta para mim e Bella, nos medindo dos pés à cabeça, avaliando nossas roupas. — Não estou no casamento de vocês. Não deu nem tempo de parabenizar pelo noivado… Onde estão seus pais? — Ele finge procurar ao redor.— Também não foram convidados — digo, tentando não soar muito ríspido.— E os seus pais? — ele se dirige à Bella.Instintivamente, a puxo para mais perto, colocando-a ligeiramente atrás de mim. Não é uma reação muito racional, não é como se meu avô fosse atacar ela fisicamente. Ainda assim algo em mim tensiona, apreensivo.— Não
Apesar de desconfiar das intenções de Alberto, estou feliz de poder viajar, já faz tanto tempo que não faço isso e sinto quase como me senti quando fui para a Disney pela primeira vez.Estou tentando empurrar a culpa para o fundo da mente. Dante até me incentivou a ir visitar meu pai, se ofereceu para ir junto. Desde antes do casamento, ele me disse que poderia pedir minha mãe oficial e tradicionalmente se eu achasse que isso ia ajudar, mas sei que não vai e estou com muito medo de descobrir que não há nada que o faça aceitar Dante.Mandei apenas algumas mensagens avisando que vou passar uma semana fora e quando voltar irei vê-lo.A viagem de avião foi tranquila e o carro que alugamos é bastante confortável. Bom, só até notarmos um barulho suspeito.— Você tá ouvindo, Dante? É melhor parar e ver.— É barulho de carro, Bella. Deve ter entrado uma pedrinha na calota do pneu.— Não parece barulho de pedrinha, parece mais que o pneu furou.Percebo que Dante está com a mandíbula travada, e
A suíte onde estamos é desnecessariamente romântica para um presente vindo do meu avô. E nada mais é que um grande flat moderno com pouca ou nenhuma parede separando os comôdos.Ainda não consigo tirar da cabeça que, para mim, não há nada de relaxante em ser enviado para causar uma boa impressão em Leonel, mas Bella parece estar se divertindo explorando o apartamento e deslumbrada com a vista da sacada onde o oceano começa a poucos metros de nós e se estende por quilômetros a perder de vista.— Você acha que ele pensou nisso como um castigo ou um incentivo? — Ela aponta para a banheira de hidromassagem e o chuveiro moderno completamente exposto, separados por uma mísera parede de vidro.Bella n&atil
E expectativa parece um choque térmico, se espalhando gelada pelos meus ossos enquanto a água quente açoita minha pele.A pressão da água é deliciosa e meu corpo sensível parece um oceano de emoções emergindo em ondas avassaladoras.Dante se vira devagar e eu espero ele estar prestando bastante atenção antes de enfiar um dedo em minha boceta. Ele revira os olhos, apertando o pau por cima da calça quase inconscientemente.Eu pedi calma para não sermos acusados de atentado ao pudor no meio da estrada, mas eu não pretendia me guardar na lua de mel. Estamos em uma praia paradisíaca, em um hotel de luxo e acabamos de nos casar. O que Dante está esperando?— En
Não me surpreendo quando o líquido transparente sai em jato da buceta de Isabella e atinge minha perna, quente. Ela ainda enfia e mete os dedos de maneira controlada, como se abrisse o caminho para sua ejaculação.Eu nunca vou me cansar dessa mulher.Ela tira meu pau da boca só para grunhir, rangendo os dentes e arfando enquanto os resquícios de seu prazer escorrem pelas minhas pernas.Eu nem preciso dizer nada, ela firma a outra mão na minha coxa também, e me engole sem cerimônias. Indo e voltando, brincando com a língua pela cabeça do meu pau que lateja por alívio.É bem difícil durar nesse contexto, por isso logo aviso:—
— Tem certeza que não preferia descer pra jantar?— Sim, teria sido bom sair desse quarto um pouco — ele responde com um sorriso debochado enquanto puxa o carrinho com o serviço de quarto até nossa mesa de jantar. — Mas agora tá meio tarde pra pensar nisso, né?Aperto os lábios me sentindo menos culpada.— Além do mais… — Dante continua. — Se sair do quarto significa que você precisa trocar de roupa, então eu não tenho interesse nenhum em ir pra qualquer lugar.Ele me mede vestindo sua camisa e nada mais. Os botões não estão sequer fechados e Dante lambe os lábios quando mira o meio das minhas pernas, como se nós n&atild
O cheiro de café requentado se mistura ao som do telefone tocando insistentemente no balcão de metal, as vozes falam todas ao mesmo tempo, formam um zunido constante e desconfortável, como se fosse um enxame de insetos.Meu celular vibra no bolso da calça, mas respiro fundo e ignoro tudo enquanto equilibro uma bandeja cheia de xícaras e pratos sujos.O café onde trabalho está lotado nesse fim de tarde e meu chefe, Olavo, um homem baixinho e rabugento, já está bufando impaciente atrás do balcão.— Isabella, se demorar mais um segundo, os clientes vão ter que comer os guardanapos! — resmunga, deslizando outro pedido na minha direção.Respiro fundo, conto mentalmente até três e forço um sorriso simpático.— Eles sabem que sua comida vale a pena esperar, chefe.Ele quase sorri com orgulho, mas deve ter algum código de conduta pessoal que o impeça de ser querido pelos funcionários, o mais perto que consigo de sua simpatia é ser ignorada. O que pode significar que não estou fazendo nada err