Matias sentiu-se desconfortável, pois não era fã de contato físico. Nunca foi de abraçar, nem mesmo sua mãe, e muito menos seu irmão. Muito menos alguém que considerava seu chefe, um homem estranho. Mas o que fazer? Dom Rafael era o rei da máfia, e Matias não tinha o direito de reclamar. Dom Rafael se levantou e seguiu em direção às escadas, subindo para seu quarto. Matias ficou sozinho na sala, aguardando a princesinha da máfia no sofá. Após alguns minutos, Dom Rafael desceu novamente e se aproximou de Matias, informando-o sobre o que havia feito.— Chamei dois seguranças para auxiliá-lo no que precisar. Eles estarão sob suas ordens a partir de hoje. Use e abuse deles. O importante é que Susan esteja sempre bem. Você não precisa mais correr atrás dela, pois os seguranças farão isso por você. No entanto, quero que você cuide pessoalmente da segurança dela e a mantenha sob sua supervisão. Tudo bem para você?Matias ficou surpreso com a notícia. Nunca imaginou que Dom Rafael faria algo
Matias fica calado, pois sabe que qualquer resposta só causaria mais problemas. Ele a considera uma pirralha mimada e sem noção. Não está disposto a arriscar seu emprego por causa dela, mas não pode negar que ela está começando a irritá-lo. Finalmente, eles chegam à boate, descem do carro e deixam o manobrista estacioná-lo. Eles entram e vão direto para a área VIP, como fizeram no dia anterior. As amigas de Susan já estão lá, dançando e bebendo descontroladamente. Matias balança a cabeça em negação ao ver o quão irresponsáveis essas garotas são. Mesmo depois de tudo o que aconteceu, elas agem como se nada tivesse ocorrido. Ele dá ordens aos seguranças para ficarem em locais estratégicos, enquanto ele se mantém próximo a Susan. Acha que ela não se preocupa com a segurança, como se nada e ninguém importasse para ela. Ela já está agarrada a um cara estranho, dançando como se não houvesse amanhã. Matias decide ficar mais atento a cada movimento dela e não desviar os olhos dessa garota pro
— Eu não quero cuidados, não sou bebê! De forma alguma preciso de uma babá, e é isso que ele parece, mais uma babá ou madrasta que só nos faz passar raiva. Todos estão lá, curtindo o restante da noite, e estou aqui em casa por culpa dele. Ele achou que a festa já tinha acabado, e quem é ele para achar alguma coisa? Sou a patroa dele, pago o salário dele. Ele deveria fazer tudo o que mando, não o que ele quer, quando ele quer. Com certeza, ele já estava ficando cansado e me trouxe para casa com um argumento besta, mas não acredito, papai, que o senhor vai deixá-lo sair impune.— Viu o que aconteceu da última vez que saiu? Se não fosse pelo Matias, só Deus sabe o que teria acontecido. Talvez estivesse morta e eu recebesse apenas os pedaços seus. Mas ele te salvou e levou um tiro no seu lugar. E você acha pouco? Não acho que você precise de uma babá, tenho certeza disso. Claro que você precisa. E não adianta reclamar, porque o Matias vai continuar cuidando de você, de uma forma ou de out
Para Matias, as mulheres eram apenas objetos que ele usava para satisfazer seus desejos momentâneos. Ele se questiona como poderia compartilhar toda uma vida com uma única pessoa. Dividir uma vida com alguém era extremamente desafiador para Matias. Dom Rafael continua encarando Matias, observando sua reação.— O que houve, meu filho? Não gostou da ideia? Você não quer se casar com minha filha? Eu sei que ela é um pouco difícil e você teve uma má impressão dela por causa do nosso primeiro encontro, mas posso lhe garantir que com o tempo a convivência melhorará e vocês irão se dar muito bem. Ela pode parecer difícil no início, mas assim que você se acostumar com ela, verá que ela muda e é uma pessoa amorosa.Matias engole em seco e sabe que Dom Rafael está esperando uma resposta. Ele ainda não sabe exatamente o que dizer, mas decidirá com base no que seu coração mandar.— Olhe, não é que eu não queira me casar com sua filha, mas o senhor sabe do meu problema. Sempre fui bem claro: fui d
Dom Rafael desliga e Matias segue para se arrumar. Ele pega o carro e parte em direção à mansão. No caminho, decide fazer uma parada em um café na estrada para tomar um café e comer algo.— Pode me dar um café puro, por favor, e dois donuts para viagem. Vou tomar no carro enquanto dirijo.Matias observa a bela garçonete de cima a baixo e sorri para ela. Ele recebe seu pedido e retorna ao seu carro, ciente de que precisa se manter focado no caminho até a mansão. Para sua surpresa, ele chega lá antes do horário combinado, o que é ótimo, já que ele sempre prefere ser pontual.— Por favor, chame Dom Rafael. Sei que cheguei um pouco antes do combinado, mas ele sabe que costumo ser adiantado. Ele está me esperando. - diz Matias para a empregada.A mulher o encara de forma desagradável antes de sair do seu campo de visão, deixando-o confuso sobre o motivo daquele olhar. Matias não entende por que ela sempre reage dessa maneira quando o vê na mansão, pois ele nunca fez nada de errado para ela
Susan olha para Dom Rafael e não consegue acreditar no que ele havia falado para ela. Nunca imaginou que sua mãe também teve um casamento de fachada. Mas como isso poderia ter acontecido se os dois pareciam até mesmo serem almas gêmeas? Quando os via juntos, tinha absoluta certeza de que queria um romance igual ao dos seus pais. Sabia o quanto os dois se amavam e como poderiam dar a vida um pelo outro. Como poderia ter começado desse jeito, como um contrato de casamento? Era algo totalmente absurdo escutar aquilo da boca do seu pai. Era como se ele estivesse inventando uma mentira para ela, apenas para convencê-la a se casar.— Eu pelo menos o conheço? Pelo menos isso, né? Poderia ser alguém que eu já conhecesse ou tivesse um pouco de convivência. Assim poderia ser até mais fácil.— Claro que conhece, faz pouco tempo, mas conhece. Ele já provou para mim que é um ótimo partido para você. Então, decidi que ele será o seu futuro marido. E ponto final. Não adianta você dizer que não vai s
Susan vê Cassandra entrando no quarto, parecendo um pouco preocupada. Susan já sabe que certamente Sandra deve saber de alguma coisa pelo jeito que está nervosa. Ela olha para Susan com um olhar de preocupação enquanto leva a mão aos cabelos.— Você já sabe, né? Da ideia do meu pai. Não precisa fingir que não sabe de nada, porque eu tô vendo aí nos seus olhos como você está preocupada. Com certeza, o Papai já deve ter te contado tudo para você. Tenho certeza disso. Então, por que não me diz logo de uma vez o que está acontecendo e quem é o meu noivo? Pois você com certeza já deve saber disso também. O papai deve ter te dito.— Sei sim, minha menina. Antes de ele vir aqui para o seu quarto, ele já havia me contado tudo o que estava planejando para você. Mesmo dizendo que era um absurdo e que você era muito nova para uma coisa dessas, ele não quis me escutar. Infelizmente, eu tentei te ajudar, mas não pude.— Isso é injusto. Eu fui a última a saber do meu próprio casamento. É brincadeir
Susan se sente totalmente envergonhada ao ouvir o pai dizendo isso na frente de um estranho. Parece que ele está insinuando que a bateu ali mesmo. Ela toca o rosto, envergonhada, e responde:— Sim, estou! Como não poderia estar mais calma se sou obrigada a isso? Mas tudo bem, não falaremos mais sobre isso. Pelo que vejo, temos outros assuntos a tratar. Vamos resolver logo de uma vez por todas, pois ainda estou com dor de cabeça e quero me recolher para os meus aposentos e descansar um pouco. Espero que essa dor de cabeça passe de uma vez por todas, pois parece que minha cabeça vai explodir a qualquer momento.— Venha aqui que eu quero te apresentar formalmente o seu noivo. Apesar de vocês já se conhecerem muito bem, agora o apresento como o seu futuro marido, o homem de total confiança, "Matias Toscano". Ele já demonstrou ser o marido perfeito para você, inclusive já enfrentou até balas em seu lugar. Isso mostra a lealdade que ele tem por você e o quanto ele irá te proteger dos perigo