Para Matias, as mulheres eram apenas objetos que ele usava para satisfazer seus desejos momentâneos. Ele se questiona como poderia compartilhar toda uma vida com uma única pessoa. Dividir uma vida com alguém era extremamente desafiador para Matias. Dom Rafael continua encarando Matias, observando sua reação.— O que houve, meu filho? Não gostou da ideia? Você não quer se casar com minha filha? Eu sei que ela é um pouco difícil e você teve uma má impressão dela por causa do nosso primeiro encontro, mas posso lhe garantir que com o tempo a convivência melhorará e vocês irão se dar muito bem. Ela pode parecer difícil no início, mas assim que você se acostumar com ela, verá que ela muda e é uma pessoa amorosa.Matias engole em seco e sabe que Dom Rafael está esperando uma resposta. Ele ainda não sabe exatamente o que dizer, mas decidirá com base no que seu coração mandar.— Olhe, não é que eu não queira me casar com sua filha, mas o senhor sabe do meu problema. Sempre fui bem claro: fui d
Dom Rafael desliga e Matias segue para se arrumar. Ele pega o carro e parte em direção à mansão. No caminho, decide fazer uma parada em um café na estrada para tomar um café e comer algo.— Pode me dar um café puro, por favor, e dois donuts para viagem. Vou tomar no carro enquanto dirijo.Matias observa a bela garçonete de cima a baixo e sorri para ela. Ele recebe seu pedido e retorna ao seu carro, ciente de que precisa se manter focado no caminho até a mansão. Para sua surpresa, ele chega lá antes do horário combinado, o que é ótimo, já que ele sempre prefere ser pontual.— Por favor, chame Dom Rafael. Sei que cheguei um pouco antes do combinado, mas ele sabe que costumo ser adiantado. Ele está me esperando. - diz Matias para a empregada.A mulher o encara de forma desagradável antes de sair do seu campo de visão, deixando-o confuso sobre o motivo daquele olhar. Matias não entende por que ela sempre reage dessa maneira quando o vê na mansão, pois ele nunca fez nada de errado para ela
Susan olha para Dom Rafael e não consegue acreditar no que ele havia falado para ela. Nunca imaginou que sua mãe também teve um casamento de fachada. Mas como isso poderia ter acontecido se os dois pareciam até mesmo serem almas gêmeas? Quando os via juntos, tinha absoluta certeza de que queria um romance igual ao dos seus pais. Sabia o quanto os dois se amavam e como poderiam dar a vida um pelo outro. Como poderia ter começado desse jeito, como um contrato de casamento? Era algo totalmente absurdo escutar aquilo da boca do seu pai. Era como se ele estivesse inventando uma mentira para ela, apenas para convencê-la a se casar.— Eu pelo menos o conheço? Pelo menos isso, né? Poderia ser alguém que eu já conhecesse ou tivesse um pouco de convivência. Assim poderia ser até mais fácil.— Claro que conhece, faz pouco tempo, mas conhece. Ele já provou para mim que é um ótimo partido para você. Então, decidi que ele será o seu futuro marido. E ponto final. Não adianta você dizer que não vai s
Susan vê Cassandra entrando no quarto, parecendo um pouco preocupada. Susan já sabe que certamente Sandra deve saber de alguma coisa pelo jeito que está nervosa. Ela olha para Susan com um olhar de preocupação enquanto leva a mão aos cabelos.— Você já sabe, né? Da ideia do meu pai. Não precisa fingir que não sabe de nada, porque eu tô vendo aí nos seus olhos como você está preocupada. Com certeza, o Papai já deve ter te contado tudo para você. Tenho certeza disso. Então, por que não me diz logo de uma vez o que está acontecendo e quem é o meu noivo? Pois você com certeza já deve saber disso também. O papai deve ter te dito.— Sei sim, minha menina. Antes de ele vir aqui para o seu quarto, ele já havia me contado tudo o que estava planejando para você. Mesmo dizendo que era um absurdo e que você era muito nova para uma coisa dessas, ele não quis me escutar. Infelizmente, eu tentei te ajudar, mas não pude.— Isso é injusto. Eu fui a última a saber do meu próprio casamento. É brincadeir
Susan se sente totalmente envergonhada ao ouvir o pai dizendo isso na frente de um estranho. Parece que ele está insinuando que a bateu ali mesmo. Ela toca o rosto, envergonhada, e responde:— Sim, estou! Como não poderia estar mais calma se sou obrigada a isso? Mas tudo bem, não falaremos mais sobre isso. Pelo que vejo, temos outros assuntos a tratar. Vamos resolver logo de uma vez por todas, pois ainda estou com dor de cabeça e quero me recolher para os meus aposentos e descansar um pouco. Espero que essa dor de cabeça passe de uma vez por todas, pois parece que minha cabeça vai explodir a qualquer momento.— Venha aqui que eu quero te apresentar formalmente o seu noivo. Apesar de vocês já se conhecerem muito bem, agora o apresento como o seu futuro marido, o homem de total confiança, "Matias Toscano". Ele já demonstrou ser o marido perfeito para você, inclusive já enfrentou até balas em seu lugar. Isso mostra a lealdade que ele tem por você e o quanto ele irá te proteger dos perigo
Matias assente com a cabeça, agradecendo pela confiança que Dom Rafael está lhe dando, e então continua a falar. — Seu Rafael, vi que a sua filha não gostou muito da ideia. O senhor não quer pensar melhor? Com certeza, o senhor pode pensar em outra pessoa que seja mais adequada para sua filha. Infelizmente, eu não tenho tanto dinheiro assim. Vejo que ela está acostumada ao luxo e há muitas outras coisas que, infelizmente, eu não poderei oferecer a ela. O senhor não poderia pensar melhor e quem sabe arrumar alguém à altura dela?— Eu não tenho nada para pensar, meu rapaz, e como eu disse, já está decidido. Ela não tem nada do que gostar, ou deixar de gostar. Eu que faço a lei nesta casa, e para mim, você é um ótimo partido para ela. Aliás, você é o melhor partido que existe para ela. Não vejo outra pessoa que possa cuidar e proteger a minha filha melhor do que você. Então, não se desmereça, meu querido. Você será assim o meu genro, e já está decidido. Com o tempo, Susan irá aceitar. A
Matias permanece calmo e não se abala com as ofensas da jovem à sua frente. Ele espera o momento certo para falar, pois sempre aguarda a oportunidade de se apresentar. Ele olha para Susan com um leve sorriso no canto da boca, o que a deixa cada vez mais desesperada e cheia de ódio, interpretando-o como um sorriso presunçoso. Mas quando percebe que a situação está saindo do controle, decide falar, aproveitando o momento perfeito.— Dom Rafael... ele é interrompido por Dom Rafael.— Para você, Matias, já que agora é o meu futuro genro, basta me chamar de Rafael, está bom. Não precisamos mais de formalidades no momento.Matias assente com a cabeça, agradecendo a confiança que Rafael está depositando nele, e continua a falar.— Rafael, percebi que sua filha não gostou muito da ideia. Talvez o senhor devesse reconsiderar. Tenho certeza de que o senhor pode encontrar alguém mais adequado para sua filha. Infelizmente, não tenho tantos recursos financeiros. Vejo que ela está acostumada com lu
A paciência de Matias está se esgotando com o comportamento de Susan. Ele segura o dedo dela, resistindo à vontade de fazê-lo desaparecer naquele momento. Se fosse outra pessoa, ela já teria perdido o dedo na primeira provocação, mas como ela era a princesinha da máfia, ele sabia que não podia agir de forma precipitada. Caso contrário, perderia tudo o que havia lutado para conseguir até então.— Seria melhor você não fazer isso. Eu não sou um cara paciente, e o pouco de paciência que eu tinha, você está tirando. Posso dizer que você não vai gostar quando ela se esgotar. Não pense que tenho medo do seu pai ou de qualquer outro homem. No meu vocabulário, homens não têm medo uns dos outros. Enfrento todos de igual para igual. Peço que você se acalme um pouco e me deixe em paz, pois é melhor para você. Caso contrário, você vai ficar sem essa mão e nunca mais a balançará no rosto de ninguém. - Matias diz, olhando seriamente nos olhos dela.Enquanto segura o dedo dela, Matias sente Susan es