Susan se sente totalmente envergonhada ao ouvir o pai dizendo isso na frente de um estranho. Parece que ele está insinuando que a bateu ali mesmo. Ela toca o rosto, envergonhada, e responde:— Sim, estou! Como não poderia estar mais calma se sou obrigada a isso? Mas tudo bem, não falaremos mais sobre isso. Pelo que vejo, temos outros assuntos a tratar. Vamos resolver logo de uma vez por todas, pois ainda estou com dor de cabeça e quero me recolher para os meus aposentos e descansar um pouco. Espero que essa dor de cabeça passe de uma vez por todas, pois parece que minha cabeça vai explodir a qualquer momento.— Venha aqui que eu quero te apresentar formalmente o seu noivo. Apesar de vocês já se conhecerem muito bem, agora o apresento como o seu futuro marido, o homem de total confiança, "Matias Toscano". Ele já demonstrou ser o marido perfeito para você, inclusive já enfrentou até balas em seu lugar. Isso mostra a lealdade que ele tem por você e o quanto ele irá te proteger dos perigo
Matias assente com a cabeça, agradecendo pela confiança que Dom Rafael está lhe dando, e então continua a falar. — Seu Rafael, vi que a sua filha não gostou muito da ideia. O senhor não quer pensar melhor? Com certeza, o senhor pode pensar em outra pessoa que seja mais adequada para sua filha. Infelizmente, eu não tenho tanto dinheiro assim. Vejo que ela está acostumada ao luxo e há muitas outras coisas que, infelizmente, eu não poderei oferecer a ela. O senhor não poderia pensar melhor e quem sabe arrumar alguém à altura dela?— Eu não tenho nada para pensar, meu rapaz, e como eu disse, já está decidido. Ela não tem nada do que gostar, ou deixar de gostar. Eu que faço a lei nesta casa, e para mim, você é um ótimo partido para ela. Aliás, você é o melhor partido que existe para ela. Não vejo outra pessoa que possa cuidar e proteger a minha filha melhor do que você. Então, não se desmereça, meu querido. Você será assim o meu genro, e já está decidido. Com o tempo, Susan irá aceitar. A
Matias permanece calmo e não se abala com as ofensas da jovem à sua frente. Ele espera o momento certo para falar, pois sempre aguarda a oportunidade de se apresentar. Ele olha para Susan com um leve sorriso no canto da boca, o que a deixa cada vez mais desesperada e cheia de ódio, interpretando-o como um sorriso presunçoso. Mas quando percebe que a situação está saindo do controle, decide falar, aproveitando o momento perfeito.— Dom Rafael... ele é interrompido por Dom Rafael.— Para você, Matias, já que agora é o meu futuro genro, basta me chamar de Rafael, está bom. Não precisamos mais de formalidades no momento.Matias assente com a cabeça, agradecendo a confiança que Rafael está depositando nele, e continua a falar.— Rafael, percebi que sua filha não gostou muito da ideia. Talvez o senhor devesse reconsiderar. Tenho certeza de que o senhor pode encontrar alguém mais adequado para sua filha. Infelizmente, não tenho tantos recursos financeiros. Vejo que ela está acostumada com lu
A paciência de Matias está se esgotando com o comportamento de Susan. Ele segura o dedo dela, resistindo à vontade de fazê-lo desaparecer naquele momento. Se fosse outra pessoa, ela já teria perdido o dedo na primeira provocação, mas como ela era a princesinha da máfia, ele sabia que não podia agir de forma precipitada. Caso contrário, perderia tudo o que havia lutado para conseguir até então.— Seria melhor você não fazer isso. Eu não sou um cara paciente, e o pouco de paciência que eu tinha, você está tirando. Posso dizer que você não vai gostar quando ela se esgotar. Não pense que tenho medo do seu pai ou de qualquer outro homem. No meu vocabulário, homens não têm medo uns dos outros. Enfrento todos de igual para igual. Peço que você se acalme um pouco e me deixe em paz, pois é melhor para você. Caso contrário, você vai ficar sem essa mão e nunca mais a balançará no rosto de ninguém. - Matias diz, olhando seriamente nos olhos dela.Enquanto segura o dedo dela, Matias sente Susan es
Enquanto estava na beira da piscina, ela escuta alguém chamando por ela. Ao olhar para o lado, vê que é Cassandra, que está tentando falar com ela. Susan se aproxima rapidamente.— O que é? Não me diga que meu pai já está me chamando. Quando vejo você aparecendo assim do nada, tenho certeza de que o todo-poderoso mandou você ir atrás de mim. Você também está compactuando com isso, Cassandra? Como é que você, a pessoa que sempre considerei como minha segunda mãe, pode compactuar com algo desse calibre? Você sabe muito bem que a mamãe seria totalmente contra isso. Então, por que não me ajuda?— Você tem razão, o seu pai está chamando você. O almoço já está pronto. Eu sei muito bem que sua mãe não compactuaria com isso, minha querida, mas infelizmente você tem que entender que eu sou apenas uma empregada aqui e de maneira alguma eu poderia ser contra o seu pai. Você sabe muito bem como ele é e o que ele poderia fazer comigo. Ele nunca aceitou traições e é totalmente implacável a respeito
Matias sabe que não tem muita paciência para pirraças e sente que Susan parece que está querendo tirá-lo do sério. Ele sabe muito bem que não havia pedido isso e muito menos imaginava se casar com ela. Isso não era o que ele queria. De primeira, ele sempre foi uma pessoa que gostava de causar nos outros. Essa sempre foi a sua especialidade, e nunca se importou com os sentimentos de ninguém. Nunca foi um homem sentimental. Ele pensa que, na realidade, ela deveria reclamar com o pai dela, que havia inventado toda aquela história de ela se casar com ele. E não com ele, que era apenas um ator coadjuvante no meio de tudo aquilo. Ele pensa que Susan não precisa querer crucificá-lo por isso. Durante todo o almoço, percebeu um clima bem tenso. Quando olhava de lado, via que em nenhum momento ela olhava para ele. Ele não liga muito para isso, mas percebeu o quanto Dom Rafael estava incomodado durante todo o almoço. Quando sua filha saiu da mesa e subiu, seja lá para onde ela foi, Dom Rafael en
Ele segue para o galpão onde estão todos os carros tunados, pois lá ele quer escolher um dos melhores carros para si. Deseja estar à frente de tudo e de todos. Assim que pega seu carro, segue para o local combinado e encontra toda sua equipe esperando por ele. Ele dá as ordens para que todos fiquem atentos e reforça que não admite nenhum erro sequer. Ficarão de tocaia no meio do caminho, e como esperado, avistam rapidamente o comboio da polícia seguindo pela estrada com duas carretas e alguns carros de polícia fazendo a escolta. A segurança daquelas carretas é alta, mas Matias está acostumado com dificuldades. Aquilo será apenas mais um treinamento para ele.Quando o comboio se aproxima, dois carros entram à frente, e o restante segue logo atrás. Sob as ordens de Matias, eles atacam rapidamente, instaurando um tiroteio. Algumas viaturas perseguem os carros de Matias, deixando o caminho livre para os carros que vêm logo atrás executarem a emboscada. Matias colide seu carro várias vezes
Depois de ponderar muito, Matias decide não mostrar o rosto, pois, se precisar soltar aquele policial, ele não poderá ser reconhecido por ele. Ele também usa um modulador de voz para que sua voz não seja reconhecida pelo policial. Após entrar na sala, ele vai em direção ao policial, que está perceptivelmente assustado, e tira o capuz de sua cabeça. O policial levanta a cabeça, olhando para Matias com curiosidade. Então, Matias, mostrando ser um profissional, inicia o interrogatório.— Quem passou para você a localização do galpão? Sei que isso é um fato. Então, não tente vir me dizer que não aconteceu, pois eu sei muito bem que alguém passou para você essa informação. Então, pode abrir o bico logo e me dizer de uma vez por todas quem foi o seu informante, ou irei desenhar essa parede com a sua massa encefálica. E posso dizer que sou um artista nato. — Matias diz, sentando em sua frente.— Eu não sei. Fui apenas encarregado de ir até o lugar e fazer a apreensão. Não tenho nada a ver co