Catherine encarava seu reflexo no espelho, arrumada de forma impecável, mas com uma sensação de desconforto evidente. O vestido preto de seda que Jaewon havia escolhido para ela vestir caia perfeitamente em seu corpo, ajustando-se à sua silhueta com precisão. Mesmo fosse realmente lindo , ela sentia como se aquela imagem não fosse a dela , não a da menina que sempre usava jeans e camiseta e tênis .Seu cabelo estava preso em um coque elegante, e os saltos altos faziam com que ela se sentisse ainda mais deslocada do que o habitual. Ela suspirou, resignada, sabendo que não tinha escolha. Jaewon saiu do pequeno closet, vestido com um terno escuro que parecia ter sido feito sob medida para ele. Seus olhos frios a analisaram rapidamente, como se estivesse certificando-se de que tudo estava em ordem. " Ficou lindo em você." Ele disse desviando o olhar para colocar o Rolex no braço. Na verdade ele queria dizer: Você é a mulher mais linda que eu já vi ,minha ,minha esposa! Catherine b
A noite do tão aguardado baile havia chegado. Catherine se olhava no espelho, admirando o vestido impecável que Jaewon comprara para ela. Receberá a peça mais cedo, quando um funcionário do hotel tocou a porta, entregando uma caixa grande e branca, envolta em um laço azul brilhante.O vestido era longo, com um design frente única que deixava suas costas à mostra até a base da coluna. Feito de um tecido brilhante na cor preta, ele se ajustava levemente ao corpo. Catherine complementou o look com uma delicada sandália alta preta e decidiu fazer um coque no cabelo, deixando alguns fios soltos emoldurando seu rosto.Jaewon entrou no quarto. Ele havia saído para pegar uma caixa de charutos que encomendou e, ao vê-la, sua boca se abriu em um formato de "O" de espanto e admiração. Catherine estava deslumbrante, mas ele não iria admitir isso em voz alta. — Alguma coisa errada ? — Ela mordeu o lábio inferior. — Não …você está bem …— Ele interrompeu-se ao ouvir o bipe de mensagem no celular.
A loira piscou lentamente, como se processasse a informação. O sorriso em seus lábios desfez-se gradualmente, transformando-se em algo mais tenso, quase calculador. Ela apoiou a taça na mesa com cuidado e inclinou-se levemente para frente, os olhos faiscando com uma mistura de curiosidade e provocação.— Esposa? — repetiu, com uma risada baixa e seca. — Que interessante. Isso é uma novidade... para todos aqui, inclusive para mim. — Ela lançou um olhar breve e afiado para Catherine, que permaneceu imóvel.Catherine sentiu seu coração acelerar. Havia algo naquela mulher que parecia mais do que simples curiosidade. Talvez fosse a insinuação nas palavras, ou o fato de ela se comportar com tanta familiaridade ao lado ao falar de Jaewon. Catherine não sabia porque mas isso mexeu com ela , mexeu com algo bem no fundo o que fez seu estômago gelar e seu coração acelerar como …Ciúmes ?A ideia pareceu ridícula.Por que ninguém ali sabia sobre o casamento deles? Seria algo que ele escondia delib
O salão onde o chefe da máfia japonesa, Seno, aguardava, era silencioso, exceto pelo suave som de respirações controladas dos guardas ao redor. Catarina entrou ao lado de Jaewon, seu coração pulsando de ansiedade, mas ela mantinha o queixo erguido. Havia um ar de poder sufocante na sala, e Seno, sentado em um canto com uma expressão serena, parecia ser o epicentro desse controle.— Essa é Catherine — Jaewon anunciou, com a voz firme, mas seu olhar frio, quase cortante, não lhe oferecia nenhum conforto. — Minha esposa.Seno observou-a por um longo momento, seus olhos escuros como poços de mistério.— Uma bela escolha, Jaewon — ele disse com uma voz profunda, carregada de significado. — Espero que você a mantenha sob controle. Catherine sentiu uma raiva pinicando seu corpo , como alfinetes em seu vestido . Como aquele homem velho e maldito ousava falar assim dela como se ela fosse uma coisa ? Um prêmio? Um objeto? Ela não era nada daquilo,muito menos de Jaewon. Mas , resolveu morder a
Jaewon se jogou sob o chuveiro assim que se livrou das últimas peças de roupa. A água fria caiu sobre sua cabeça, escorrendo pelos ombros e costas, molhando seu corpo tenso.Ele ergueu a cabeça, os olhos fechados, lutando contra a sensação avassaladora que ela havia deixado nele.— Maldita... — praguejou em um sussurro rouco. — Maldita... — A cada vez que a palavra saía de seus lábios, ele via Catherine em sua mente, como se suas mãos estivessem em seu quadril, apertando-a enquanto ele a consumia, assim como o fogo consome a lenha.Jaewon se amaldiçoou por desejá-la tanto. Ah, sim, ele a queria loucamente. Nunca, jamais, mulher alguma habitou seus pensamentos como Catherine fazia agora — com toda aquela raiva mal direcionada, sua língua afiada, o corpo magro e pequeno, e aquele olhar que oscilava entre a inocência e o indomável.Ele soltou um gemido contido ao atingir sua libertação. O jato escorreu por sua mão, e a água levou embora o último resquício de controle. Seu corpo convulsio
Catherine subiu as escadas rapidamente assim que seus pés tocaram o chão da mansão que, querendo ou não, agora era sua casa. Ela queria ir para o quarto, seu quarto, longe de Jaewon. Queria ficar o mais longe possível dele.— Onde coloco, senhora? — um dos seguranças perguntou com suas malas, ao entrar em seu quarto.— Pode deixar aqui, por favor. — apontou para o local perto da cama. — Obrigada. — acenou quando ele saiu e fechou a porta.Catherine foi até a sacada de seu quarto, ainda fechada, e, pelo vidro, viu Jaewon lá embaixo no jardim. Ele parecia sério enquanto falava ao telefone, sempre gesticulando ou, pelo movimento dos lábios, falando alto. Ela ficou ali, observando-o, até que ele desligou o celular de forma brusca, tirou os óculos escuros e, como se soubesse que ela o olhava, se virou e encontrou o olhar dela. Catherine saiu rapidamente da varanda e levou a mão ao peito, sentindo o coração bater forte ao lembrar do sonho.— Sonho... pesadelo, isso sim. — resmungou para si
Catherine sentia a ansiedade tomando conta dela, como se uma represa tivesse se rompido e as águas invadissem seu peito, ameaçando afogá-la. Ela precisava ver o irmão. Andava de um lado para o outro no quarto, cada passo revelando sua inquietação, até que, de repente, a porta se abriu. Jaewon entrou, com sua presença dominante e quase sufocante.Ele colocou as mãos nos bolsos e a observou com um olhar cauteloso, como se tentasse decifrar suas intenções apenas com os olhos, como se pudesse enxergar o que se passava na mente dela.— E então? Onde ele está? — perguntou Catherine, tentando disfarçar o nervosismo, mas já incomodada com aquele olhar avaliador que parecia lhe atravessar.Jaewon começou a andar pelo quarto, movendo-se como uma pantera — cauteloso, controlado, cada passo medido. Desviou o olhar para o ambiente ao redor, examinando cada detalhe, antes de parar no meio do quarto e voltar a encará-la, com o cenho levemente franzido.— O quê? — indagou Catherine, impaciente, mas ma
Depois da visita de seu irmão, Catherine ficou pensativa sobre o que ele havia lhe dito. As palavras dele faziam total sentido, mas pareciam loucura. Para ser simples, ele sugeriu que ela fingisse estar se apaixonando por Jaewon.Catherine fechou os olhos por um instante, sentindo o vento soprar enquanto estava na sacada do seu quarto. Lembrou-se da primeira noite que passou ali, quando dormiu na cama dele, e do fim de semana nas Bahamas. O pensamento fez seu rosto esquentar, e algo em seu baixo ventre contraiu ao recordar os braços dele a envolvendo com força, o peito nu arfando contra o dela. Não! Catherine se recusava a sentir algo por Jaewon, mesmo que fosse desejo físico e puramente carnal.“Catherine , use isso a seu favor… ele parece gostar de você” a voz de Mário ecoou em sua mente. Ela suspirou, passando as mãos pelo rosto. Mas, afinal, ela tinha que tentar. De fato, uma coisa era certa: isso não seria tão ruim assim. Afinal, Jaewon era um homem atraente, e ela percebeu que