Christian Müller –Beijar Ivy estava virando um vício. Um vício no qual eu não queria mais saber qual era a cura. Minha intenção era me perder por completo nela.O gosto dela me prendeu quando nossos lábios se tocaram. Ivy não me afastou, não recuou. Pelo contrário, ela se moldou a mim, cedendo sem nem perceber o quanto isso me inflamava.Eu estava enlouquecendo.Minhas mãos deslizaram pela cintura dela com firmeza, passando por cada parte de forma possessiva.Eu sentia o corpo dela quente sob meus tatos, enquanto as nossas respirações erronias se misturavam e meu subconsciente gritava dentro de mim para que eu a tivesse, mais uma vez.Porra, eu estava perdendo a cabeça, mas eu me segurei.E nem sabia por que diabos eu estava fazendo isso. É da minha natureza agir por instintos, querer do meu jeito e no meu tempo, mas ela era...Era a Ivy.Me afastei apenas o suficiente para prender seu queixo entre os dedos, a forçando me olhar. Os olhos dela estavam em um misto de desejo e medo. E iss
Christian Müller -Afundei meu rosto na curva do pescoço dela, sentindo minha respiração pesada tocar contra sua pele. Eu a queria de todas as formas, queria vê-la se desfazer em meus braços, sentir seu corpo reagir ao meu.Enquanto eu me movia a fazendo me sentir por inteiro dentro dela, Ivy se moldava a mim de um jeito que parecia natural, como se seu corpo fosse feito para o meu. Cada toque, cada movimento, era como se estivéssemos criando algo ninguém poderia desfazer.Era um momento só nosso. Somente nós dois podíamos explicar, às vezes nem isso.O olhar dela me inebriava. Era perfeito vê-la naquele estado.Os olhos dela mal se mantinham abertos, os lábios dela eram sedutores, deixando o ar passar entre eles enquanto ela exibia um semblante completamente provocativo, gemendo o meu nome.—Argh Ivy... – Chamei enquanto a sentia me apertar, deixando minha voz soar quase rouca. —Você é muito gostosa...Eu estava completamente fora de mim.Ela sorriu. Maldito sorriso que me pez perder
Ivy Hunter-Mais um dia começou e lá estava eu, cheia de pensamentos intrusivos.Assim que Christian saiu para trabalhar, senti um peso no peito. A casa estava silenciosa e por mais que eu quisesse aproveitar aquele tempo sozinha para descansar, minha cabeça estava a mil com tudo o que estava acontecendo.Sem pensar muito, peguei o celular e disquei o número de Amanda. Assim que ela atendeu no terceiro toque, respirei aliviada.— Até que enfim lembrou que tem uma amiga! — Ela brincou e logo voltou a ficar séria. —Ah, eu soube o que houve. Sinto muito Ivy.Assim que ela falou, soltei um respiro profundo e sorri.— Não precisa disso, já estou me recuperando. – Respondi dando uma pausa, continuando em seguida. — Preciso da sua companhia. Vamos ao banco comigo?— Você sabe que eu nunca nego um rolê. Te encontro lá em vinte minutos. – Disse Amanda de prontidão, desligando em seguida.Joguei o telefone em cima da cama e fui até o closet pegar um vestido confortável e um par de sandálias baix
Ivy Hunter-Assim que eu a vi, prendi meus punhos de raiva e me levantei no mesmo instante, encarando Linda com a mandíbula travada. O que diabos ela estava fazendo ali?— O que você quer? — Perguntei, deixando minha voz sair mais firme e carregada de irritação.Linda apenas sorriu, cruzando os braços de forma teatral, como se estivesse prestes a se divertir às minhas custas.Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, senti Dominic se levantar ao meu lado. Sua mão firme segurou meu braço, e quando olhei para ele, vi seus olhos escuros fixos em Linda com uma expressão séria.— Chega, Linda. Pare de provocar a Ivy. – Disse ele com um timbre de voz firme e um olhar escurecido.Ela riu, inclinando a cabeça de lado.— Conseguir o que eu queria? Por favor, Dondom, eu só vim dizer um oi para minha irmãzinha… será que não posso?O veneno em sua voz era perceptível, e eu senti minha paciência começar a se esgotar.— Você nunca faz nada sem uma segunda intenção, Linda. — Rebati a encarando com
Ivy Hunter -Entramos dentro do carro e eu podia sentir o clima pesar. A tensão sobre nós era palpável e Christian nem se quer conseguia me olhar.Ele estava encarando a tela do celular dele, travando o maxilar.Enchi meus pulmões de ar algumas vezes para falar com ele, sempre hesitando, por medo de acabarmos brigando.De repente, a voz de Christian surgiu tomando minha atenção.—Explique-se! – Disse ele com um tom frio, olhando para o meu dedo e em seguida para os meus olhos.Respirei fundo e falei:—Eu perdi a minha aliança! – Menti, mas não podia falar a verdade.— Você perdeu a aliança…? — Ele repetiu devagar, com a sua voz baixa, carregada de algo que eu não conseguia decifrar.— Sim — sussurrei.Um silêncio pesado se instalou entre nós e eu sabia que ele estava irritado.Christian não era um homem de perder o controle facilmente, mas quando algo o contrariava, sua postura ficava ainda mais rígida e o ar ao redor dele se tornava sufocante.— E você achou que era melhor simplesmen
Ivy Hunter -O dia amanheceu e com ele, a minha rotina de volta.Acordei, me arrumei, tomei café, me despedi da tia Meire e fui par ao trabalho.Assim que cheguei na empresa, respirei fundo antes de atravessar as portas de vidro. O dia mal havia começado e eu já sentia que precisaria de uma dose extra de paciência.—Bom dia Ivy! – Disse Andressa com aquele maldito sorriso vencido.Eu a olhei revirando os olhos e dei espaço para que ela entrasse no elevador.—Bom dia! – Respondi mínima, e me sentindo obrigada, a final, havia mais pessoas entrando e eu não poderia ser rude com ela.O cheiro do perfume forte e enjoativo dela invadiu o espaço e seu sorriso malicioso surgiu no instante em que nossos olhares se cruzaram. Ela apertou o botão do andar e se posicionou ao meu lado, ajeitando os cabelos como se quisesse chamar minha atenção.— E aí, senhorita Hunter, já comprou seu vestido para o baile de máscaras? — perguntou ela, com uma expressão de pura provocação. — O meu será vermelho e co
Christian Müller –Já se passavam das quatro e eu ia me atrasar para a reunião.Peguei meu celular, ligando para Ivy na intenção de a avisar. Foram uma, duas, três e nada dela me atender.Mas eu não desisti.— Aqui está sua encomenda, senhor Müller! — Disse a atendente me entregando a sacola.— Obrigado. – Falei saindo rapidamente de lá.Eu estava em um joalheria; espero que a minha tentativa de surpreender Ivy não seja em vã.Respirei fundo olhando para a sacola de papel em minhas mãos, tentando imaginar o sorriso dela ao me ver.Caminhei até o carro e ao tentar novamente, o telefone nem chamou dessa vez.Desligado!Um peso se instalou no meu peito. Algo não parecia certo. Ivy não era assim.Sem pensar duas vezes, liguei para Mark no mesmo instante, ansioso para que ele me atendesse logo.— Fala, Christian. – Disse ele com seu jeito descontraído. Ao menos era assim que ele me tratava na maioria das vezes.— Você está na empresa? — Falei indo direto ao ponto.— Sim. Algum problema?
Ivy Hunter –Eu estava prestes a enlouquecer.Depois de notar um sorriso no canto dos lábios de Andressa ao abraçar alguém que muito parecia Arthur, eu encenei.Eu confesso que, quase acreditei que fosse ele. Quase. Ela só errou por uma coisa:E conheço o corpo de Christian. Eu o reconheceria de olhos fechados, só pelo meu tato.O fio dos cabelos, o modelo do corte, a forma como ele fica parado deixando sua postura impecável, ombros alinhados.Saí correndo primeiro, como uma primeira reação, mas ao entrar dentro do carro, respirei fundo e toquei meu entre tentando nos acalmar.—Não é ele. Ele não faria isso! – Falei respirando fundo, vendo a paisagem passar pelos meus olhos.O motorista me deixou onde pedi, paguei pela corrida com dinheiro para não deixar indícios, mas eu sabia bem que ele me encontraria.Eu não tive medo e sim esperança.Assim que entrei na casa de praia, abri todo o lugar e fui tomar um banho relaxante. Me deitei na cama e acredite, cada canto daquele lugar já havia