Carolina sacudiu o homem ao seu lado com força.- É a mulher da máscara! - Gritou Carolina. Henrique que já tinha aberto os olhos, manteve um olhar calmo.- Não entre em pânico. - Disse Henrique. Os seguranças, que estavam num carro logo atrás deles, perceberam a situação e rapidamente desceram para confrontar as pessoas da Terra das Trevas.Zeca, com as mãos cruzadas sobre o peito, sorriu friamente.Logo, ela surgiu com um grupo ainda maior de pessoas, pelo menos o dobro do tamanho do primeiro.Mesmo contando com a presença dos seguranças de Henrique, ex-militares de elite, eles se viram em desvantagem diante de um contingente de inimigos três vezes maior, especialmente devido ao uso eficaz de armas brancas.Henrique franzia as sobrancelhas e decisivamente trocou de lugar para dirigir.- Afivele o cinto de segurança. - Ordenou Henrique.- Eu sei. - Disse Carolina. Em segundos, o carro disparou pela estrada, com Zeca seguindo de perto.Ao sair da pastelaria, Sr. Carlos ficou atordoa
Henrique percebeu que o carro começou a balançar levemente. Seus olhos brilharam por um instante ao se virar para o rosto pálido de Carolina, que, apesar de sua magreza e do medo incontrolável, ainda protegia seu ventre. Ele se sentiu profundamente tocado por essa cena. Por um instante, seu coração doeu intensamente. Mesmo diante da morte, ela não esquecia de proteger o filho que carregava.Henrique apertou o volante com força, seus dedos embranqueciam levemente, enquanto lembranças de quando se conheceram surgiam em sua mente.“Senhor, posso usar seu telefone para fazer uma ligação? Meu celular descarregou.”“Senhor, eu também estou solteira.”“Não seja tão confiante, e se você se apaixonar por mim primeiro? Estou tentando te seduzir!”Por fim, ele pareceu lutar consigo mesmo, relaxando o volante e se encostando no banco Desistindo, ele se rendeu. Naquele momento, ele só queria que ela estivesse segura. O resto não importava mais. Ela protegia o filho, ele protegia ela.Em pouc
As palmas das mãos de Henrique estavam pegajosas de sangue. Ele limpou o sangue na roupa e apertou o volante.- Você confia em mim? - Perguntou Henrique. Ele já tinha pensado nessa opção, mas as chances de sucesso em tal situação eram mínimas. Se isso acelerasse o colapso do solo, as consequências seriam impensáveis. Ele podia arriscar sozinho, mas com duas pessoas, sempre havia hesitação.- Confio. Dê ré, qualquer chance de sobrevivência deve ser tentada. - Disse Carolina.Henrique olhou para frente, e manteve seus olhos firmes.- Se estiver com medo, feche os olhos. - Disse Henrique. Carolina segurou seu ventre com as mãos, respirando ofegante. Ela queria ver claramente a estrada à frente, mas o carro balançou violentamente, e ela instintivamente fechou os olhos ao som de um estrondo. A estrada desabou, e pedras e terra caíram.Henrique ligou o carro, virou o volante e acelerou para trás. O chão sob seus pés estava se quebrando pedaço por pedaço, levantando poeira e lama. Er
Após o médico e o Sr. Carlos discutirem a condição médica, o Sr. Carlos se virou para Carolina e disse:- Uma costela quebrada e extensos ferimentos nas costas, mas, no geral, nada que seja grave. Com tratamento adequado, ele deverá estar quase recuperado em cerca de duas semanas. Dada a sua condição física, é possível que ele se recupere ainda mais rápido.- Que bom que não é nada sério. - Carolina respirou aliviada.- Nossa chegada coincidiu com o avistamento da mulher mascarada - Disse o Sr. Carlos, de repente.- Ela fugiu? - Perguntou Carolina, buscando mais detalhes. - Para as montanhas. Flávio enviou pessoas para procurar ela por lá. - Respondeu Carlos, esclarecendo a situação. As montanhas não eram grandes, mas após a chuva, o terreno montanhoso se tornava escorregadio e difícil de atravessar. Com a proximidade do inverno, uma pessoa comum dificilmente sobreviveria um dia lá. A mulher mascarada, no máximo, aguentaria dois ou três dias.- Flávio trabalha para a BrilhanteMax ou
- Eu disse a Henrique que também gostava, e ele conseguiu uma para mim. Com você, ele agiu da mesma maneira. Afinal, o que você tem, eu também posso ter. – Paola continuou.Carolina olhou para as chaves do carro em sua mão, seu corpo magro congelou, e, finalmente, sua expressão mudou, uma enorme sensação de humilhação a atingiu, como se ouvisse uma voz zombeteira ao seu redor dizendo. "Veja, este é o homem que você amou; até o amor dele é uma cópia."- A propósito, fui eu quem incentivei Lucas a te difamar. Não esperava que Henrique acreditasse tão facilmente. Os sentimentos dele por você são tão frágeis que não resistem a um mínimo teste, Carolina. Eu tenho pena de você. - Paola se aproximou, falando baixo e com veneno.- Então foi você... - O corpo de Carolina balançou, seus olhos se encheram de ódio. Não era de se admirar que Lucas pudesse de repente fazer tal coisa. Ela deveria ter suspeitado antes. A pessoa que mais se beneficiaria com a separação dela e de Henrique só poderia ser
Carolina parou em frente a uma porta de quarto de hospital, prestes a entrar, quando ouviu vozes lá dentro.- Henrique, que bom que você acordou. Beba um pouco de água para hidratar a garganta - Disse Paola. - Eu já ouvi o Sr. Carlos dizer que hoje foi muito perigoso. Da próxima vez que sair, leve mais seguranças com você. Foi terrível, e se algo tivesse acontecido com você, o que seria do nosso bebê...- Está bem, pare de chorar. Não estou bem aqui? - Henrique falou, sem demonstrar muita emoção na voz.- É que eu tenho medo... - Paola mordeu o lábio. - Quando eu estava subindo, encontrei a Srta. Carolina, e ela não parecia estar em um bom estado...- Como assim? – Henrique perguntou. - Ela estava muito agitada, dizendo que foi por minha causa que o relacionamento de vocês acabou assim, e que eu e o Lucas estamos conspirando... Claro, Henrique, não estou culpando a Srta. Carolina, só acho que ela deve estar se sentindo muito pressionada ultimamente. A gravidez pode causar muito estres
Fernanda pegou um punhado de sementes de girassol e começou a comer uma por uma, manifestando silenciosamente sua concordância e pensando consigo mesma. “Quando Henrique era bom, te colocava nas nuvens; porém, quando era ruim, te lançava impiedosamente no inferno. A cena de comprar todas as bolsas de luxo da cidade T e enviar para Carolininha com um caminhão parece ter ocorrido apenas ontem. Homens, uma vez que conseguem, não dão valor.”- O que planejas fazer agora? – Fernanda percebeu que estava vagando em seus pensamentos e decidiu voltar ao assunto com Carolina. - Não quero mais ficar aqui. - Carolina baixou os olhos, com uma expressão indiferente.- E a empresa? – Fernanda perguntou surpresa. - Estou pensando em vender. – Carolina respondeu, afinal, ela não nutria nenhum sentimento especial pelo Grupo Santos. A maior parte eram memórias dolorosas, e agora era apenas uma ferramenta para ganhar dinheiro. Durante o semestre em que assumiu a liderança, embora não tenha expandido o n
Um brilho estranho cruzou os olhos de Simão, mas rapidamente voltou ao normal.- Não foi nada, apenas proferi algumas palavras indelicadas. Creio que o Sr. Henrique acabou por entender por conta própria. – Simão disse. - Entendeu? Prefiro não elogiar. - Carolina respondeu com ironia.- Inclusive, eu vi num relatório de entretenimento que o Sr. Henrique e a Paola reataram, é verdade isso? - Simão mudou de assunto.- Não sei, talvez tenham reatado. - Carolina mordeu o lábio, forçando um sorriso.- Não fique triste, há muitos homens bons no mundo. No futuro, posso te apresentar alguns. Se você quiser, claro. - Simão deu um tapinha reconfortante no ombro de Carolina.- Eu não quero namorar agora, estou bem sozinha... Além disso, estou ocupada com algumas coisas. – Carolina falou de maneira gentil. Fosse Diego ou Henrique, ambos haviam provado que seu discernimento era terrivelmente falho. Após vivenciar um relacionamento fracassado, ela deveria ter aprendido com os erros, mas acabou sendo