Sr. Carlos não hesitou e adivinhou a resposta em um instante.- A Srta. Carolina deseja que eu a ajude a fugir? - Questionou Carlos. Carolina se mostrou um pouco surpresa.- Não é isso, mas está relacionado. - Respondeu Carolina. Ela estava sozinha e não podia simplesmente esperar pela ajuda de Simão.Amanhã seria o dia do aborto, e ela sentia o medo correr entre suas veias. - Desculpe, não posso te ajudar. - Recusou Carlos.Ele era leal ao Sr. Henrique, trabalhando com ele desde sua formatura.Durante esses anos, apesar de estar sempre ocupado e cansado, tudo o que aprendeu e os recursos sociais que desfrutou foram providenciados pelo Sr. Henrique.Não poderia ser ingrato e trair a confiança dele.O semblante de Carolina escureceu, o resultado era o esperado.- Então, você poderia me dizer onde está Lucas agora, como ele está? - Perguntou Carolina. Se for como Henrique disse, então não haveria testemunha da verdade.- Naquele dia, eu estava esperando do lado de fora, não vi a cena
Carolina e Henrique voltaram ao hospital e esperaram ansiosamente. …No dia seguinte, às dez horas da manhã. - Por favor, venha comigo. - Disse a enfermeira, ao entrar no quarto. Carolina estremeceu, segurando firme a faca de frutas escondida atrás das costas.- Vão prosseguir com a cirurgia? - Perguntou Carolina, nervosa. - Não, é só um exame, para a alta. - Respondeu a enfermeira. Carolina ficou atônita e só quando seguiu o Sr. Carlos para fora do hospital, sentindo o sol em sua pele, quente e confortável, é que ela finalmente sentiu um sopro de vida, como se tivesse renascido.- Srta. Carolina, por favor, entre no carro. - Disse Carlos, ao abrir a porta.- E o Henrique? - Perguntou Carolina.- O Sr. Henrique está ocupado, eu a levarei de volta para a Cidade S para descansar. - Respondeu Carlos. Carolina ficou surpresa.- Eu não vou mais fazer a cirurgia? - Perguntou Carolina. - O Sr. Henrique não me disse especificamente, mas parece que, por enquanto, não será necessário. - R
O Estrela da Noite, na Cidade T, é um KTV muito famoso, onde pessoas de todas as classes sociais se misturam.Henrique, guiado por um garçom, chegou à porta de uma cabine VIP.- O senhor chegou! - Ecoou uma voz masculina. Dois homens guardavam a porta, um deles com um chapéu branco nas mãos.- Sr. Henrique, isto é um presente do Sr. Dedé. - Disse o homem. Antes que terminasse, foi interrompido por um tapa de um dos acompanhantes de Henrique.- Que porcaria é esta? Quer morrer? - Disse um dos acompanhantes de Henrique.O homem atingido caiu contra a parede e seu chapéu caiu na cabeça do companheiro ao lado.Sr. Carlos levantou o polegar para Flávio:.- Irmão, você faz jus ao nome, é bravo. - Disse Carlos. Não era à toa que Sr. Henrique sempre levava este irmão em situações como essa. Com sua altura de um metro e noventa e seu peso de 190 quilos, ele dominava o ambiente.Henrique lançou um olhar ao outro homem na porta, que, tremendo, se apressou em abrir. - Por favor, entre. - Gagu
- Talvez eu já saiba das pistas que você considera novidade. - Disse Henrique. - Impossível. - Desdenhou Dedé, confiante. A BrilhanteMax tinha uma certa influência no mundo dos negócios, mas, na sociedade, podia não ter o poder e as conexões da Terra das Trevas.A única que podia se comparar à Terra das Trevas era a União Solidária.Logo, era possível que Henrique tivesse buscado a ajuda da União Solidária para investigar secretamente.A União Solidária e a Terra das Trevas tinham naturezas semelhantes, mas a diferença era que a União Solidária havia sido fundada apenas há dois anos, embora tenha crescido rapidamente.Henrique, sentado em um sofá de couro, balançava um copo de vinho tinto. Ele desabotoou o casaco do terno, revelando uma camisa de cetim preta por baixo, que emoldurava um rosto de beleza incomparável e perigoso. - O que a Terra das Trevas pode descobrir, eu também posso. - Disse Henrique. - Você acha que eu vou acreditar nisso? - Blefou Dedé. - Acreditar ou não, é
- Houve um imprevisto. - Respondeu Henrique, indiferente, com uma leve irritação no olhar. Paola franziu a testa, preocupada com o imprevisto. “Seria por causa de fatores externos ou pessoais?”Os fatores externos provavelmente não afetariam o curso dos eventos, mas se fossem pessoais, a história seria diferente.Embora desejasse que o filho de Carolina fosse trocado pelo seu, se Carolina terminasse diretamente com Henrique, ela preferiria a segunda opção.- Se não há nada importante, então volte para sua casa. Da próxima vez, evite vir aqui. - Disse Henrique. Paola empalideceu, segurando a bainha da roupa com força, forçando um sorriso. - Eu só estava preocupada com a Srta. Carolina, mas agora que soube que vocês se reconciliaram, estou aliviada. - Disse Paola. Henrique parou, com os olhos frios e insondáveis.- Foi o que Carolina disse? - Perguntou Henrique. - Não, na verdade ela disse... Deixe pra lá, o processo não importa, o que importa é o resultado. - Respondeu Carolina, h
A reação de Henrique à atitude dela foi de rejeição, visível em seu rosto atraente, contudo, ele optou por não afastar ela. - Falaremos sobre isso mais tarde. - Disse Henrique. A pressa não leva a grandes realizações, quanto mais crucial o momento, mais se deve tolerar a humilhação.Depois que Paola saiu, Henrique se sentou sozinho na cadeira.Levar ela com ele, e a expor ao público, certamente atrairia a atenção da família Ribeiro para ela.Extremamente perigoso para Paola.A natureza desumana de Breno poderia até prejudicar o filho no ventre dela.Ele não entendia por que tinha tomado aquela decisão, agindo instintivamente para proteger Carolina.Assim como na noite anterior, ao saber que a cirurgia de aborto era arriscada.Só de pensar que ela poderia morrer na mesa de cirurgia, seu coração se contraía de dor.Mas ele também não conseguia aceitar o filho dela com Lucas, simplesmente não conseguia.Henrique forçou um sorriso nos lábios, um riso curto e irônico.Desde que conheceu C
- Não acredito em você. Você só quer matar meu filho. - Disse Carolina, com o rosto banhado em lágrimas e olhos vermelhos de choro, lutando em desespero.Henrique, sem saber o que fazer, pediu à babá que pegasse uma corda para amarrar ela temporariamente na cama.- Solte ela depois de três horas. - Instruiu Henrique à babá, antes de sair.Em três horas, o remédio teria sido absorvido.- Certo, senhor. - Assentiu a babá. Carolina, sem ter noção do tempo que passou chorando, apresentava seus cabelos negros em completo desalinho, colados ao rosto. Ela estava desgrenhada e amarrada à cama, com marcas vermelhas e machucados nos pontos onde a corda a mantinha presa.Ela olhava fixamente para o teto, seu coração estava cheio de desespero.O tempo passava, segundo a segundo, mas a dor esperada no estômago não chegava.Quando a babá foi desamarrar ela, as pálpebras de Carolina se moveram.- Por que sofrer assim? O senhor faz tudo isso pelo seu bem. Ele pergunta todos os dias se você comeu na h
- Luís, por favor, me salve. Henrique está me enlouquecendo. - Implorou Carolina, contendo as lágrimas, com uma voz cheia de mágoa.Nos últimos dias, ela tem enfrentado uma dor profunda, temendo sinceramente não ser capaz de suportar por mais tempo.Luís olhou para Rodrigo, que estava ao lado com uma expressão séria, ouvindo escondido.- Você e o Sr. Henrique não se reconciliaram? - Perguntou Luís, após uma pausa.- Não, ele não acredita em mim, e eu também não quero que ele acredite. - Respondeu Carolina. O relacionamento deles era como uma miragem no deserto, sempre ilusório do começo ao fim.Uma vez que a névoa se dissipasse, sempre restavam brigas e desconfianças.Carolina estava muito cansada, um amor que não poderia ser mantido deveria simplesmente terminar.Infelizmente, agora, até mesmo terminar parecia um luxo.Luís estava em um dilema.- O que devemos fazer, senhor? - Sussurrou Luís para Rodrigo. - Pergunte à Carolininha se o filho realmente é de Henrique. - Respondeu Rodri