Fernanda havia perdido um dente da frente. - Sugiro que você faça um implante dentário, mas recomendo que vá ao hospital que fica localizado nesta rua, além do portão sul, onde há um prédio dedicado à odontologia com equipamentos superiores aos nossos. - Orientou o chefe dos dentistas. - Entendi, doutor. - Assentiu Fernanda.Henrique franziu ligeiramente a testa.- Sr. Carlos, por favor, a leve até a outra clínica, nós cobriremos as despesas. - Disse Henrique. Sr. Carlos assentiu, sentindo pena de Fernanda.Ela devia estar sentindo muita dor por ter perdido o dente.- Eu não quero o seu dinheiro, pare de fingir que se importa. - Retrucou Fernanda bruscamente, rejeitando a oferta.Ela estava errada.Deveria ter mantido Carolina longe desse homem desde que descobriu a aventura de uma noite entre Henrique e Paola.Se não tivesse o perdoado, Carolina não teria sofrido danos.Ela realmente estava cega, sendo enganada por alguém e prejudicando sua boa amiga.- Não tente levar Carolina, vo
Sr. Carlos não hesitou e adivinhou a resposta em um instante.- A Srta. Carolina deseja que eu a ajude a fugir? - Questionou Carlos. Carolina se mostrou um pouco surpresa.- Não é isso, mas está relacionado. - Respondeu Carolina. Ela estava sozinha e não podia simplesmente esperar pela ajuda de Simão.Amanhã seria o dia do aborto, e ela sentia o medo correr entre suas veias. - Desculpe, não posso te ajudar. - Recusou Carlos.Ele era leal ao Sr. Henrique, trabalhando com ele desde sua formatura.Durante esses anos, apesar de estar sempre ocupado e cansado, tudo o que aprendeu e os recursos sociais que desfrutou foram providenciados pelo Sr. Henrique.Não poderia ser ingrato e trair a confiança dele.O semblante de Carolina escureceu, o resultado era o esperado.- Então, você poderia me dizer onde está Lucas agora, como ele está? - Perguntou Carolina. Se for como Henrique disse, então não haveria testemunha da verdade.- Naquele dia, eu estava esperando do lado de fora, não vi a cena
Carolina e Henrique voltaram ao hospital e esperaram ansiosamente. …No dia seguinte, às dez horas da manhã. - Por favor, venha comigo. - Disse a enfermeira, ao entrar no quarto. Carolina estremeceu, segurando firme a faca de frutas escondida atrás das costas.- Vão prosseguir com a cirurgia? - Perguntou Carolina, nervosa. - Não, é só um exame, para a alta. - Respondeu a enfermeira. Carolina ficou atônita e só quando seguiu o Sr. Carlos para fora do hospital, sentindo o sol em sua pele, quente e confortável, é que ela finalmente sentiu um sopro de vida, como se tivesse renascido.- Srta. Carolina, por favor, entre no carro. - Disse Carlos, ao abrir a porta.- E o Henrique? - Perguntou Carolina.- O Sr. Henrique está ocupado, eu a levarei de volta para a Cidade S para descansar. - Respondeu Carlos. Carolina ficou surpresa.- Eu não vou mais fazer a cirurgia? - Perguntou Carolina. - O Sr. Henrique não me disse especificamente, mas parece que, por enquanto, não será necessário. - R
O Estrela da Noite, na Cidade T, é um KTV muito famoso, onde pessoas de todas as classes sociais se misturam.Henrique, guiado por um garçom, chegou à porta de uma cabine VIP.- O senhor chegou! - Ecoou uma voz masculina. Dois homens guardavam a porta, um deles com um chapéu branco nas mãos.- Sr. Henrique, isto é um presente do Sr. Dedé. - Disse o homem. Antes que terminasse, foi interrompido por um tapa de um dos acompanhantes de Henrique.- Que porcaria é esta? Quer morrer? - Disse um dos acompanhantes de Henrique.O homem atingido caiu contra a parede e seu chapéu caiu na cabeça do companheiro ao lado.Sr. Carlos levantou o polegar para Flávio:.- Irmão, você faz jus ao nome, é bravo. - Disse Carlos. Não era à toa que Sr. Henrique sempre levava este irmão em situações como essa. Com sua altura de um metro e noventa e seu peso de 190 quilos, ele dominava o ambiente.Henrique lançou um olhar ao outro homem na porta, que, tremendo, se apressou em abrir. - Por favor, entre. - Gagu
- Talvez eu já saiba das pistas que você considera novidade. - Disse Henrique. - Impossível. - Desdenhou Dedé, confiante. A BrilhanteMax tinha uma certa influência no mundo dos negócios, mas, na sociedade, podia não ter o poder e as conexões da Terra das Trevas.A única que podia se comparar à Terra das Trevas era a União Solidária.Logo, era possível que Henrique tivesse buscado a ajuda da União Solidária para investigar secretamente.A União Solidária e a Terra das Trevas tinham naturezas semelhantes, mas a diferença era que a União Solidária havia sido fundada apenas há dois anos, embora tenha crescido rapidamente.Henrique, sentado em um sofá de couro, balançava um copo de vinho tinto. Ele desabotoou o casaco do terno, revelando uma camisa de cetim preta por baixo, que emoldurava um rosto de beleza incomparável e perigoso. - O que a Terra das Trevas pode descobrir, eu também posso. - Disse Henrique. - Você acha que eu vou acreditar nisso? - Blefou Dedé. - Acreditar ou não, é
- Houve um imprevisto. - Respondeu Henrique, indiferente, com uma leve irritação no olhar. Paola franziu a testa, preocupada com o imprevisto. “Seria por causa de fatores externos ou pessoais?”Os fatores externos provavelmente não afetariam o curso dos eventos, mas se fossem pessoais, a história seria diferente.Embora desejasse que o filho de Carolina fosse trocado pelo seu, se Carolina terminasse diretamente com Henrique, ela preferiria a segunda opção.- Se não há nada importante, então volte para sua casa. Da próxima vez, evite vir aqui. - Disse Henrique. Paola empalideceu, segurando a bainha da roupa com força, forçando um sorriso. - Eu só estava preocupada com a Srta. Carolina, mas agora que soube que vocês se reconciliaram, estou aliviada. - Disse Paola. Henrique parou, com os olhos frios e insondáveis.- Foi o que Carolina disse? - Perguntou Henrique. - Não, na verdade ela disse... Deixe pra lá, o processo não importa, o que importa é o resultado. - Respondeu Carolina, h
A reação de Henrique à atitude dela foi de rejeição, visível em seu rosto atraente, contudo, ele optou por não afastar ela. - Falaremos sobre isso mais tarde. - Disse Henrique. A pressa não leva a grandes realizações, quanto mais crucial o momento, mais se deve tolerar a humilhação.Depois que Paola saiu, Henrique se sentou sozinho na cadeira.Levar ela com ele, e a expor ao público, certamente atrairia a atenção da família Ribeiro para ela.Extremamente perigoso para Paola.A natureza desumana de Breno poderia até prejudicar o filho no ventre dela.Ele não entendia por que tinha tomado aquela decisão, agindo instintivamente para proteger Carolina.Assim como na noite anterior, ao saber que a cirurgia de aborto era arriscada.Só de pensar que ela poderia morrer na mesa de cirurgia, seu coração se contraía de dor.Mas ele também não conseguia aceitar o filho dela com Lucas, simplesmente não conseguia.Henrique forçou um sorriso nos lábios, um riso curto e irônico.Desde que conheceu C
- Não acredito em você. Você só quer matar meu filho. - Disse Carolina, com o rosto banhado em lágrimas e olhos vermelhos de choro, lutando em desespero.Henrique, sem saber o que fazer, pediu à babá que pegasse uma corda para amarrar ela temporariamente na cama.- Solte ela depois de três horas. - Instruiu Henrique à babá, antes de sair.Em três horas, o remédio teria sido absorvido.- Certo, senhor. - Assentiu a babá. Carolina, sem ter noção do tempo que passou chorando, apresentava seus cabelos negros em completo desalinho, colados ao rosto. Ela estava desgrenhada e amarrada à cama, com marcas vermelhas e machucados nos pontos onde a corda a mantinha presa.Ela olhava fixamente para o teto, seu coração estava cheio de desespero.O tempo passava, segundo a segundo, mas a dor esperada no estômago não chegava.Quando a babá foi desamarrar ela, as pálpebras de Carolina se moveram.- Por que sofrer assim? O senhor faz tudo isso pelo seu bem. Ele pergunta todos os dias se você comeu na h