A sensação de dor rasgando seu couro cabeludo fez Paola gritar, seu rosto expressava terror. - Simão, se você ousar tocar em um fio de cabelo meu, farei com que as pessoas da Terra das Trevas te matem! - Ameaçou Paola. No segundo seguinte, um estalo.Um tapa sonoro acertou o rosto de Paola. A diferença de força entre uma mulher e um homem é significativa. O tapa que Carolina deu ontem doeu, mas estava dentro do que ela podia suportar.Mas o tapa de Simão a deixou tonta e com o rosto ardendo, como se sua pele fosse rachar e sua carne se romper.O peito de Paola subia e descia violentamente, a dor intensa torcia todo o seu rosto, fazendo ela tremer incontrolavelmente de raiva.- Como ousa me bater? - Gritou Paola, cega de raiva. Perdendo toda a razão ela correu para bater em Simão.Simão, calmo e composto, não se esquivou.Aproveitando o momento certo, agarrou novamente o cabelo dela e a deu outro tapa.Desta vez, Paola foi golpeada até perder completamente a capacidade de reagir, se
Bruno ficou paralisado, seu rosto, que normalmente era expressivo, se tornou uma máscara de surpresa.- Grávida? Tão rápido? - Exclamou Bruno, involuntariamente. Fazia pouco tempo que ela perdeu o bebê. Um mês ou dois.E já está grávida novamente.Henrique pode não saber, mas como Carolina, sendo mulher, não sente pena de si mesma?De qualquer forma, deveria cuidar melhor de sua saúde.- O que você quer dizer com “tão rápido”? - Perguntou Henrique, franzindo a testa. - Você está me dizendo que não sabia? Há quantos meses? - Disse Bruno, sem pensar. - Quatro meses. - Respondeu Henrique. Então está certo.Com sua experiência de anos resolvendo casos, ele rapidamente organizou seus pensamentos.Provavelmente Carolina nunca havia abortado, apenas disse a Henrique que o bebê era dele.Meu Deus, os jovens de hoje são tão audaciosos.Eles contam qualquer mentira.- Você sabe de algo? - Questionou Henrique, fixando o olhar em Bruno. Embora não demonstrasse suas emoções, havia sempre um ar
Dedé, com o corpo preguiçosamente apoiado no balcão, observava Carolina com seus olhos astutos e preguiçosos se estreitando como os de uma raposa.- Sem vergonha? Como eu, sendo tão bonito, poderia ser sem vergonha? - Zombou Dedé. - Se você é bonito ou não, isso não me interessa. O que vejo são suas mãos tentando tocar minha funcionária. - Disse Carolina friamente, protegendo a jovem recepcionista atrás de si.Dedé, despreocupado, deu de ombros.- Por que tanta raiva? Eu vim aqui para falar de negócios. - Disse Dedé. - Não faria negócios com alguém como você. Pode ir, não te acompanharei à porta. - Desprezou Carolina. - Tudo bem, eu queria adotar uma abordagem mais suave, mas se não quer dar essa chance, serei direto. - Disse Dedé. Carolina sentiu um mau presságio.Dedé colocou um contrato de compra à frente dela, com um sorriso insano.- Comprei o terreno onde este prédio está. - Revelou Dedé. Carolina pegou o contrato e o examinou imediatamente, seus olhos de amêndoa se arregala
- Bem, está mais ou menos, dá para aguentar. - Respondeu Carolina, ironicamente. - Você está com tempo para jantar comigo? - Convidou Lucas. Carolina mordeu o lábio.- Desculpe, eu não tenho tempo, fica para a próxima vez. Eu e Henrique te convidaremos para algo em breve. - Disse Carolina. Lucas se mostrou constrangido.- Você ainda está chateada comigo por ter te enganado antes? - Perguntou Lucas.- Não, já passou. Estou grávida agora, não é bom ser vista sozinha com outro homem - Explicou Inês, com sinceridade. - Você teme que Henrique fique ciúmes? - Questionou Lucas. Carolina sorriu levemente, mas não respondeu.Ela não temia o ciúmes de Henrique, mas sim o incômodo e a preguiça de ter que se explicar a ele.Afinal, ele não acreditaria numa explicação.Lucas, sem insistir, olhou para o relógio no pulso.- Você ainda não terminou o expediente, né? - Indagou Lucas.- Sim, por quê? - Respondeu Carolina. - Tenho algo para te dar, vou te trazer mais tarde. - Disse Lucas. - Não pr
Carolina se surpreendeu e por um instante ficou atordoada. - Está falando sério? - Indagou Carolina. Ele sorriu e beliscou a ponta do nariz dela. - Quando foi que te enganei? - Respondeu Henrique. Carolina revirou os olhos.- Parece que nunca me enganou, sempre foi mais de anunciar ou ordenar com toda a convicção. - Disse Carolina.Henrique se sentiu ligeiramente confuso. Durante esses trinta anos, a sua vida foi cercada por estudos e trabalho, e, gradualmente, se acostumou a interagir com as pessoas dessa forma.Direto, eficiente.- E sobre o filho da Paola? - Questionou Carolina, com os olhos fixos nele. - Bruno quer ter um segundo filho, mas, por razões especiais, não pode. - Explicou Henrique. Carolina imediatamente entendeu. Bruno adotar a criança era uma opção.Não prejudicaria a criança e, ao mesmo tempo, evitaria o contato direto entre Henrique e Paola.Henrique, ao ver que ela permanecia em silêncio, abraçou ela cuidadosamente. - Tudo bem para você? - Indagou Henrique.
- O que você quer dizer? - Questionou Henrique, erguendo as sobrancelhas, com um tom de voz magnético e frio. Dedé riu friamente, de forma cortante.- Não é nada, apenas um lembrete amigável. Hoje à tarde, por acaso, ouvi um homem que veio procurar sua esposa dizer a ela que preparou algumas roupas novas para o filho deles, usar essa palavra “nosso” é bastante interessante, não é? - Comentou Dedé.Ao ouvir isso, Henrique desligou o telefone imediatamente. Ele olhou para a lixeira na entrada do escritório, com um olhar frio como gelo.Carolina, não ouvindo os passos de Henrique, parou e se virou, confusa. Sob o pôr do sol, a luz alaranjada banhava todo o corpo do homem, destacando seu nariz proeminente e olhos profundos sombreados, enquanto os lábios finos permaneciam firmemente fechados.Visto de lado, ele emanava uma aura inacessível.- O que você está pensando? - Perguntou Carolina. “Jogar fora o presente de Lucas não foi suficiente? Você ainda precisa se lembrar disso várias vez
Carolina respirou fundo, se sentindo completamente irritada ao ouvir esse nome.Ela entregou a marmita para o Sr. Carlos e, irritada, bateu a porta do escritório.Paola gritou de surpresa, cobrindo o rosto com as mãos e se escondendo atrás de Henrique.Letícia observou Carolina de cima a baixo.- Por que não bateu na porta? Me assustou. - Disse Letícia. - Estou procurando meu marido, por que deveria bater? Vocês estavam fazendo algo indecente? - Questionou Carolina. - Não! - Respondeu Letícia, lançando um olhar furtivo para Henrique, pensando que gostaria de estar envolvida em algo indecoroso com ele, se ele quisesse.Assim, seria como Carolina, se tornando esposa de Henrique, e ficaria muito feliz.- Você veio almoçar comigo? - Perguntou Henrique, olhando carinhosamente para Carolina.Carolina, contudo, estava olhando para Paola, atrás dele, com as sobrancelhas franzidas.- Por que está cobrindo o rosto? Como um fantasma com medo da luz. - Questionou Carolina.Letícia se irritou.-
Carolina riu com sarcasmo. Estaria ela temendo ofender a família Braga? Queria, na verdade, o provocar. Ela cruzou os braços e olhou para Henrique com um olhar que continha uma ameaça velada.Henrique encontrou seu olhar, lamentando interiormente.Para ser honesto, ele realmente queria confrontar Simão, aproveitando esta oportunidade para o dar uma lição.Claro, isso não tinha muito a ver com Paola.- Eu posso chamar Simão aqui. - Disse Henrique.Paola se alegrou e seus olhos brilharam com lágrimas.- Obrigada, Henrique, você é tão bom para mim. - Agradeceu Paola. Carolina quase morreu de raiva. - Se você for procurar Simão hoje, não pense em entrar no meu quarto esta noite! - Disse Carolina, furiosamente. Henrique pegou a mão de Carolina e a levou para um lado.- Eu quero que você veja a verdadeira face de Simão, não é para ajudar Paola. - Disse Henrique.Se ele se atrevesse a confrontar Henrique pessoalmente, isso indicaria que Simão era muito suspeito.Seria ótimo se Carolina p