Após ter lidado com Heloísa ao meio-dia e ido à piscina à tarde, Henrique estava realmente exausto.Carolina pegou as chaves do carro e desceu, percebendo que Henrique a encarava com um olhar especialmente gelado.- O que está acontecendo? - Perguntou Carolina, confusa. - De quem é o açúcar que está sobre a mesa? - Questionou Henrique.- É do Simão. - Respondeu Carolina. - Não pegue as coisas dele. Ele não tem boas intenções. - Ordenou Henrique.- Certo, então presumo que você também não queira o filho da Paola. - Disse Carolina. Diante das circunstâncias, Carolina decidiu não se conter mais e falar o que viesse à mente, contanto que isso a fizesse feliz.- Vamos, dirija. - Disse Henrique, reconhecendo seu erro e encerrando a conversa imediatamente.- Maldito cafajeste. - Murmurou Carolina. Henrique ficou sem palavras.Enquanto dirigia, Carolina mostrava total concentração, demonstrando habilidade até quando era ultrapassada, sem se perturbar.Henrique sentia um alívio, sua pequena
Henrique estava angustiado.- Eu só concordei em te levar porque ela disse que queria falar sobre você. - Explicou Henrique. - Sobre minha situação? - Perguntou Carolina.- Você está grávida. - Interrompeu Paola. O rosto de Carolina escureceu, e ela se virou para Paola.- Como você descobriu que eu estou grávida? - Questionou Carolina. - Na piscina, eu caí na água por acidente e vi que sua barriga estava um pouco saliente. - Explicou Paola. - É mesmo? Normalmente, quem não sabe nadar não consegue abrir os olhos debaixo d'água. - Disse Carolina, rindo friamente. Paola deu de ombros.- Eu não sei nadar, Henrique sabe disso, não há motivo para eu mentir para você. - Disse Paola. - Realmente, ela não sabe nadar. - Concordou Henrique, enfatizando o fato.Paola nunca participava de atividades aquáticas. Certa vez, ela caiu acidentalmente de um navio e quase se afogou.Carolina bufou sarcasticamente.- Claro, você sabe de tudo. - Disse Carolina. E ainda por cima, defendendo ela e toman
A sensação de dor rasgando seu couro cabeludo fez Paola gritar, seu rosto expressava terror. - Simão, se você ousar tocar em um fio de cabelo meu, farei com que as pessoas da Terra das Trevas te matem! - Ameaçou Paola. No segundo seguinte, um estalo.Um tapa sonoro acertou o rosto de Paola. A diferença de força entre uma mulher e um homem é significativa. O tapa que Carolina deu ontem doeu, mas estava dentro do que ela podia suportar.Mas o tapa de Simão a deixou tonta e com o rosto ardendo, como se sua pele fosse rachar e sua carne se romper.O peito de Paola subia e descia violentamente, a dor intensa torcia todo o seu rosto, fazendo ela tremer incontrolavelmente de raiva.- Como ousa me bater? - Gritou Paola, cega de raiva. Perdendo toda a razão ela correu para bater em Simão.Simão, calmo e composto, não se esquivou.Aproveitando o momento certo, agarrou novamente o cabelo dela e a deu outro tapa.Desta vez, Paola foi golpeada até perder completamente a capacidade de reagir, se
Bruno ficou paralisado, seu rosto, que normalmente era expressivo, se tornou uma máscara de surpresa.- Grávida? Tão rápido? - Exclamou Bruno, involuntariamente. Fazia pouco tempo que ela perdeu o bebê. Um mês ou dois.E já está grávida novamente.Henrique pode não saber, mas como Carolina, sendo mulher, não sente pena de si mesma?De qualquer forma, deveria cuidar melhor de sua saúde.- O que você quer dizer com “tão rápido”? - Perguntou Henrique, franzindo a testa. - Você está me dizendo que não sabia? Há quantos meses? - Disse Bruno, sem pensar. - Quatro meses. - Respondeu Henrique. Então está certo.Com sua experiência de anos resolvendo casos, ele rapidamente organizou seus pensamentos.Provavelmente Carolina nunca havia abortado, apenas disse a Henrique que o bebê era dele.Meu Deus, os jovens de hoje são tão audaciosos.Eles contam qualquer mentira.- Você sabe de algo? - Questionou Henrique, fixando o olhar em Bruno. Embora não demonstrasse suas emoções, havia sempre um ar
Dedé, com o corpo preguiçosamente apoiado no balcão, observava Carolina com seus olhos astutos e preguiçosos se estreitando como os de uma raposa.- Sem vergonha? Como eu, sendo tão bonito, poderia ser sem vergonha? - Zombou Dedé. - Se você é bonito ou não, isso não me interessa. O que vejo são suas mãos tentando tocar minha funcionária. - Disse Carolina friamente, protegendo a jovem recepcionista atrás de si.Dedé, despreocupado, deu de ombros.- Por que tanta raiva? Eu vim aqui para falar de negócios. - Disse Dedé. - Não faria negócios com alguém como você. Pode ir, não te acompanharei à porta. - Desprezou Carolina. - Tudo bem, eu queria adotar uma abordagem mais suave, mas se não quer dar essa chance, serei direto. - Disse Dedé. Carolina sentiu um mau presságio.Dedé colocou um contrato de compra à frente dela, com um sorriso insano.- Comprei o terreno onde este prédio está. - Revelou Dedé. Carolina pegou o contrato e o examinou imediatamente, seus olhos de amêndoa se arregala
- Bem, está mais ou menos, dá para aguentar. - Respondeu Carolina, ironicamente. - Você está com tempo para jantar comigo? - Convidou Lucas. Carolina mordeu o lábio.- Desculpe, eu não tenho tempo, fica para a próxima vez. Eu e Henrique te convidaremos para algo em breve. - Disse Carolina. Lucas se mostrou constrangido.- Você ainda está chateada comigo por ter te enganado antes? - Perguntou Lucas.- Não, já passou. Estou grávida agora, não é bom ser vista sozinha com outro homem - Explicou Inês, com sinceridade. - Você teme que Henrique fique ciúmes? - Questionou Lucas. Carolina sorriu levemente, mas não respondeu.Ela não temia o ciúmes de Henrique, mas sim o incômodo e a preguiça de ter que se explicar a ele.Afinal, ele não acreditaria numa explicação.Lucas, sem insistir, olhou para o relógio no pulso.- Você ainda não terminou o expediente, né? - Indagou Lucas.- Sim, por quê? - Respondeu Carolina. - Tenho algo para te dar, vou te trazer mais tarde. - Disse Lucas. - Não pr
Carolina se surpreendeu e por um instante ficou atordoada. - Está falando sério? - Indagou Carolina. Ele sorriu e beliscou a ponta do nariz dela. - Quando foi que te enganei? - Respondeu Henrique. Carolina revirou os olhos.- Parece que nunca me enganou, sempre foi mais de anunciar ou ordenar com toda a convicção. - Disse Carolina.Henrique se sentiu ligeiramente confuso. Durante esses trinta anos, a sua vida foi cercada por estudos e trabalho, e, gradualmente, se acostumou a interagir com as pessoas dessa forma.Direto, eficiente.- E sobre o filho da Paola? - Questionou Carolina, com os olhos fixos nele. - Bruno quer ter um segundo filho, mas, por razões especiais, não pode. - Explicou Henrique. Carolina imediatamente entendeu. Bruno adotar a criança era uma opção.Não prejudicaria a criança e, ao mesmo tempo, evitaria o contato direto entre Henrique e Paola.Henrique, ao ver que ela permanecia em silêncio, abraçou ela cuidadosamente. - Tudo bem para você? - Indagou Henrique.
- O que você quer dizer? - Questionou Henrique, erguendo as sobrancelhas, com um tom de voz magnético e frio. Dedé riu friamente, de forma cortante.- Não é nada, apenas um lembrete amigável. Hoje à tarde, por acaso, ouvi um homem que veio procurar sua esposa dizer a ela que preparou algumas roupas novas para o filho deles, usar essa palavra “nosso” é bastante interessante, não é? - Comentou Dedé.Ao ouvir isso, Henrique desligou o telefone imediatamente. Ele olhou para a lixeira na entrada do escritório, com um olhar frio como gelo.Carolina, não ouvindo os passos de Henrique, parou e se virou, confusa. Sob o pôr do sol, a luz alaranjada banhava todo o corpo do homem, destacando seu nariz proeminente e olhos profundos sombreados, enquanto os lábios finos permaneciam firmemente fechados.Visto de lado, ele emanava uma aura inacessível.- O que você está pensando? - Perguntou Carolina. “Jogar fora o presente de Lucas não foi suficiente? Você ainda precisa se lembrar disso várias vez