Simão, sem esperar a resposta de Henrique, se virou para seguir Carolina. Antes de ir, ele lançou um olhar carregado de advertência para Paola, que com o olhar vacilante, desviou o rosto, evitando sua mira. Henrique assistiu impotente enquanto o jovem e a mulher saíam lado a lado. Ele, incapaz de conter sua raiva, bateu repetidamente no apoio ao seu lado, até a palma da mão ficar ferida. Paola se aproximou alguns passos, fingindo preocupação:- Você deveria ir atrás da Srta. Carolina, eu fico bem sozinha.- Você está bem? - Henrique viu através de suas intenções, com um olhar profundo e penetrante. - Não foi você quem me chamou aqui para assistir a essa cena?- Como você pode pensar assim de mim... Eu nem sabia que o Simão viria. - Paola parecia extremamente abalada, com os olhos úmidos brilhando. Essa afirmação era verdadeira; o encontro foi realmente uma surpresa.- Chega, não quero ouvir isso.- Henrique, eu queria ir ao hospital verificar, mas não trouxe meu carro. Você poderia
Mansão dos Santos.Carolina retirou as roupas lavadas da máquina e as pendurou no varal do terraço, peça por peça.A luz morna envolvia seu corpo, lembrando uma esposa dedicada em suas tarefas domésticas, aguardando o retorno do marido, numa cena acolhedora e encantadora.Henrique, ao ver aquela cena, sentiu o coração acelerar, uma imagem que era distante há tempos.Ele estacionou o carro e caminhou para até o quintal.Carolina, após lavar uma maçã para comer, ergueu os olhos e se deparou com a figura do homem, logo, sentiu seu coração apertado. Sem pensar, rapidamente jogou a maçã fora e correu para o segundo andar para trocar de roupa.A camisola que ela estava usando era justa demais.- Espere. - Chamou Henrique com a voz grave.Carolina não hesitou, subindo as escadas apressadamente.Com passos largos, Henrique rapidamente a alcançou, segurando delicadamente seu pulso, enquanto sua mão repousava suavemente sobre a barriga dela. Seu olhar se intensificou, revelando uma mistura de
- Vamos deixar isso de lado por enquanto. - Disse Henrique. Henrique, naturalmente, também não queria seguir esse caminho, mas sentia ser difícil esclarecer a situação no momento. Assim, decidiu adiar a conversa.- Você estava falando sério agora há pouco? - Perguntou Henrique, segurando a mão de Carolina e se sentando no sofá. - O quê? - Indagou Carolina.- Sobre escolher entre o filho da Paola e você. - Respondeu Henrique. Carolina olhou nos olhos escuros dele, resoluta. - Sim. - Respondeu Carolina. - Por quê? - Indagou Henrique, confuso. - Não posso tolerar o menor defeito. - Explicou Carolina. Ela ao menos tentou, mas realmente era impossível.Se a criança fosse de antes de Henrique estar com ela, não se sentiria enojada.Mas o problema é que essa criança foi concebida durante o casamento deles.Aquela noite foi um acidente então, por que deveriam assumir responsabilidade por uma criança concebida acidentalmente?Ela não entendia, tampouco compreendia o comportamento dele.A
Após ter lidado com Heloísa ao meio-dia e ido à piscina à tarde, Henrique estava realmente exausto.Carolina pegou as chaves do carro e desceu, percebendo que Henrique a encarava com um olhar especialmente gelado.- O que está acontecendo? - Perguntou Carolina, confusa. - De quem é o açúcar que está sobre a mesa? - Questionou Henrique.- É do Simão. - Respondeu Carolina. - Não pegue as coisas dele. Ele não tem boas intenções. - Ordenou Henrique.- Certo, então presumo que você também não queira o filho da Paola. - Disse Carolina. Diante das circunstâncias, Carolina decidiu não se conter mais e falar o que viesse à mente, contanto que isso a fizesse feliz.- Vamos, dirija. - Disse Henrique, reconhecendo seu erro e encerrando a conversa imediatamente.- Maldito cafajeste. - Murmurou Carolina. Henrique ficou sem palavras.Enquanto dirigia, Carolina mostrava total concentração, demonstrando habilidade até quando era ultrapassada, sem se perturbar.Henrique sentia um alívio, sua pequena
Henrique estava angustiado.- Eu só concordei em te levar porque ela disse que queria falar sobre você. - Explicou Henrique. - Sobre minha situação? - Perguntou Carolina.- Você está grávida. - Interrompeu Paola. O rosto de Carolina escureceu, e ela se virou para Paola.- Como você descobriu que eu estou grávida? - Questionou Carolina. - Na piscina, eu caí na água por acidente e vi que sua barriga estava um pouco saliente. - Explicou Paola. - É mesmo? Normalmente, quem não sabe nadar não consegue abrir os olhos debaixo d'água. - Disse Carolina, rindo friamente. Paola deu de ombros.- Eu não sei nadar, Henrique sabe disso, não há motivo para eu mentir para você. - Disse Paola. - Realmente, ela não sabe nadar. - Concordou Henrique, enfatizando o fato.Paola nunca participava de atividades aquáticas. Certa vez, ela caiu acidentalmente de um navio e quase se afogou.Carolina bufou sarcasticamente.- Claro, você sabe de tudo. - Disse Carolina. E ainda por cima, defendendo ela e toman
A sensação de dor rasgando seu couro cabeludo fez Paola gritar, seu rosto expressava terror. - Simão, se você ousar tocar em um fio de cabelo meu, farei com que as pessoas da Terra das Trevas te matem! - Ameaçou Paola. No segundo seguinte, um estalo.Um tapa sonoro acertou o rosto de Paola. A diferença de força entre uma mulher e um homem é significativa. O tapa que Carolina deu ontem doeu, mas estava dentro do que ela podia suportar.Mas o tapa de Simão a deixou tonta e com o rosto ardendo, como se sua pele fosse rachar e sua carne se romper.O peito de Paola subia e descia violentamente, a dor intensa torcia todo o seu rosto, fazendo ela tremer incontrolavelmente de raiva.- Como ousa me bater? - Gritou Paola, cega de raiva. Perdendo toda a razão ela correu para bater em Simão.Simão, calmo e composto, não se esquivou.Aproveitando o momento certo, agarrou novamente o cabelo dela e a deu outro tapa.Desta vez, Paola foi golpeada até perder completamente a capacidade de reagir, se
Bruno ficou paralisado, seu rosto, que normalmente era expressivo, se tornou uma máscara de surpresa.- Grávida? Tão rápido? - Exclamou Bruno, involuntariamente. Fazia pouco tempo que ela perdeu o bebê. Um mês ou dois.E já está grávida novamente.Henrique pode não saber, mas como Carolina, sendo mulher, não sente pena de si mesma?De qualquer forma, deveria cuidar melhor de sua saúde.- O que você quer dizer com “tão rápido”? - Perguntou Henrique, franzindo a testa. - Você está me dizendo que não sabia? Há quantos meses? - Disse Bruno, sem pensar. - Quatro meses. - Respondeu Henrique. Então está certo.Com sua experiência de anos resolvendo casos, ele rapidamente organizou seus pensamentos.Provavelmente Carolina nunca havia abortado, apenas disse a Henrique que o bebê era dele.Meu Deus, os jovens de hoje são tão audaciosos.Eles contam qualquer mentira.- Você sabe de algo? - Questionou Henrique, fixando o olhar em Bruno. Embora não demonstrasse suas emoções, havia sempre um ar
Dedé, com o corpo preguiçosamente apoiado no balcão, observava Carolina com seus olhos astutos e preguiçosos se estreitando como os de uma raposa.- Sem vergonha? Como eu, sendo tão bonito, poderia ser sem vergonha? - Zombou Dedé. - Se você é bonito ou não, isso não me interessa. O que vejo são suas mãos tentando tocar minha funcionária. - Disse Carolina friamente, protegendo a jovem recepcionista atrás de si.Dedé, despreocupado, deu de ombros.- Por que tanta raiva? Eu vim aqui para falar de negócios. - Disse Dedé. - Não faria negócios com alguém como você. Pode ir, não te acompanharei à porta. - Desprezou Carolina. - Tudo bem, eu queria adotar uma abordagem mais suave, mas se não quer dar essa chance, serei direto. - Disse Dedé. Carolina sentiu um mau presságio.Dedé colocou um contrato de compra à frente dela, com um sorriso insano.- Comprei o terreno onde este prédio está. - Revelou Dedé. Carolina pegou o contrato e o examinou imediatamente, seus olhos de amêndoa se arregala