Henrique olhou para ela, divertido:- Por que essa surpresa? Você achava que, após o casamento, continuaríamos a morar em Cidade S?- Por que não? - Carolina, olhando para seus pés e com uma voz baixa e incerta, questionou. - É confortável morar em Cidade S.- A localização de Cidade S é boa, mas faltam escolas por perto. Isso será um inconveniente quando tivermos filhos e eles precisarem ir à escola.Carolina abriu a boca, surpresa.Ela olhou diretamente para Henrique:- Você está pensando no filho da Paola?- Ela ainda não fez a amniocentese, e o resultado não saiu. Não posso chamá-lo de meu filho ainda. - Henrique falou firmemente, com um desejo intenso de sobreviver.- Então vamos esperar e ver. Se for seu filho, reformar agora é prematuro, pois não sabemos quantos quartos infantis precisaremos. - Carolina disse com sarcasmo, se contendo. Além disso, ela não queria se perder nas promessas encantadoras que ele fazia.Ela precisava estar constantemente ciente da crise entre eles, nã
Henrique levantou as sobrancelhas e colocou as pantufas ao lado dos pés dela, dizendo:- Vá se lavar e desça para tomar café da manhã. Depois te levo para o trabalho. Amanhã, tenho que ir à Cidade Y. Hana recebeu alta e vai se reportar a você nos próximos dias.Carolina concordou, pensativa, e mordeu o lábio:- Talvez eu também tenha que viajar à França a negócios em alguns dias. Há um projeto que preciso verificar.- Por quantos dias?- Um pouco mais de duas semanas. - Ela estava preocupada que Henrique não concordasse, então minimizou, observando cautelosamente as mudanças na expressão dele.Henrique parou de repente:- Tanto tempo?- Parece um pouco longo, mas inspecionar o investimento do projeto exige atenção, e eu também quero aprender algo na França. Com idas e vindas, o tempo se estende.Esta era uma meia verdade. A inspeção e o aprendizado eram reais, mas com a gravidez, se encontrartodos os dias revelaria a verdade. Simão estava certo; era melhor ficar fora por um tempo, at
Yago entregou a Francisco o cheque assinado, questionando:- Não é só sobre o pen drive, certo? Cadê os outros resultados dos dados?Francisco, com cautela, respondeu:- Irei ao banco retirar o dinheiro e, em seguida, lhes entregarei os arquivos confidenciais.Sua expressão se alterou ao observar Dedé.Este, com indiferença, acenou com a mão, ostentando um sorriso cada vez mais amplo e enigmático no rosto:- Sem pressa, vá conferir.Ele aparentava desinteresse.- Tudo bem, então está acertado. - Disse Francisco, satisfeito com a postura, ao contrário de Henrique, que sequer o respeitava.Dedé pegou o pen drive, entrou no carro e partiu.Quando Francisco estava prestes a se retirar, foi cercado por um enxame de repórteres, com inúmeras câmeras e flashes quase o cegando.Antes que pudesse reagir, algo frio prendeu seu pulso.Ao olhar para baixo, seus olhos quase saltaram do rosto.- Quem me algemou!- Somos da Polícia Civil de Cidade M. Você está preso sob suspeita de roubo. - O policial
Grupo JH, escritório do presidente.Dedé olhava despreocupadamente para o grupo no celular, onde os ricos de vários círculos discutiam o roubo dos arquivos secretos por Francisco. As palavras sarcásticas e zombeteiras eram incessantes.Um sorriso sádico se formou nos lábios de Dedé, muito satisfeito.Yago entrou segurando um pen drive: - Sr. Dedé, a equipe de desenvolvimento analisou o conteúdo do pen drive. Eles dizem que este plano não está finalizado, precisa de polimento, não está completo. No entanto, a ideia é excelente e prática. Algumas partes importantes ainda precisam ser ajustadas para integrar nossos próprios projetos. No próximo mês, o projeto aprovado pela cidade será nosso Grupo JH.Dedé ficou bastante satisfeito, não negava o talento comercial de Henrique: - Faça a equipe da empresa acelerar o processo.- Sim.- Quanto a Francisco, não se preocupe com isso, deixe que nossos irmãos vão cuidar bem dele na prisão.- Entendi, Sr. Dedé. Além disso, aquele médico ligou ont
Carolina, do lado de fora da porta, abaixou a cabeça em silêncio, contorcendo amargamente os cantos da boca. Rodrigo tossiu algumas vezes:- Tudo bem, como quiserem, mas devo avisar que essa criança afetará o relacionamento entre vocês. Esteja psicologicamente preparado.- Carolininha já concordou, ela é muito compreensiva.Rodrigo encarou Henrique com raiva:- Ela não é compreensiva, ela está sem escolha, é um compromisso, é amor por você!- Vou tratar ela ainda melhor para não a decepcionar. - O rosto encantador de Henrique estava sério, pensativo. - No futuro, também teremos nossos próprios filhos, não seria uma coisa boa para as duas crianças terem uma companhia?Rodrigo estava cansado, acenou com a mão para que ele saísse:- A chame para entrar.Henrique concordou e, ao abrir a porta, encontrou os olhos de Carolina do lado de fora. O olhar dela para ele era frio, seu rosto todo expressava descontentamento. Ela odiava a ideia de meio-irmãos, talvez não houvesse problema quando a
Carolina franziu as sobrancelhas e questionou:- Você sabe qual foi a pergunta que mais me atormentou durante minha infância?Henrique, surpreso, perguntou:- Qual?- Por que eu tinha que compartilhar um pai com a Beatriz? - Ela caminhou até a janela, observando as estrelas, com uma voz suave que parecia transportar sua alma para um passado distante.A indiferença de Antônio, o assédio de Beatriz, a falsidade de Mariana.Tudo isso ainda estava vivo em sua memória.Será que seu filho teria o mesmo destino que o dela?Henrique, perturbado, a envolveu em seus braços:- Podemos esconder a verdade da criança.Carolina se desvencilhou e o encarou:- E se não dissermos, ele jamais saberá?- Ele eventualmente iria descobrir. Paola poderia muito bem contar tudo para ele, já que ela perdeu a oportunidade de criar a criança.Se Paola fosse inocente e não tivesse cometido aqueles atos desprezíveis, talvez ele deixasse a criança com ela.Mas Paola não merecia criar seu filho.- Isso é só o que você
Carolina tinha os olhos úmidos e disse:- O avô também te ama muito. Ele suportou tudo isso sozinho por tantos anos. Perder um filho na meia-idade, a morte da esposa, as lutas internas da família, a decepção do segundo filho... Tudo isso fez com que cada dia dele fosse solitário.Por causa de Nádia, o filho dele se suicidou, deixando o posto de liderança da família Mendonça vago. Rodrigo, sem alternativa, depositou todas as suas energias em Henrique, sendo ao mesmo tempo avô e pai, e se dedicou a criar o neto com todo o coração.Henrique não decepcionou suas expectativas e se tornou o orgulho de todos. No entanto, a família Ribeiro apareceu novamente, trazendo notícias de que Nádia ainda estava viva. Como Rodrigo poderia entregar a carta de despedida a Henrique? Mas, nesses dias, ele pensou muito. Uma vez que a família Ribeiro tomou a iniciativa, Henrique não poderia simplesmente aguentar tudo em silêncio. Já velho, Rodrigo não podia mais ajudar Henrique, então decidiu deixar qu
- Luís seguiu as instruções e continuou a receber a medicação prescrita pelo Dr. Gilberto. O experiente médico analisou os componentes do remédio que a Srta. Carolina estava tomando e concluiu que era apenas um medicamento comum para regulação do corpo. Ele sugeriu que ela completasse o ciclo do tratamento para observar os efeitos.- Francisco foi enganado por Dedé, que lhe passou um cheque sem fundos - Disse Sr. Carlos, olhando para Henrique com admiração. - Felizmente, você previu que a família Ribeiro agiria contra Francisco e se preparou com antecedência, substituindo os documentos no cofre. Caso contrário, o Grupo Mendonça teria sofrido grandes perdas nas mãos de Francisco!A previsão de Sr. Henrique foi incrível.Henrique abriu os olhos e sorriu friamente:- Alguém do Grupo Mendonça intercedeu por Francisco?- Não, apenas Vasco veio uma vez, mas foi rejeitado por Luís.Ele tinha um olhar profundo e enigmático:- Desta vez, graças a Vasco, conseguimos identificar o golpe cedo.Qua