Carolina tinha os olhos úmidos e disse:- O avô também te ama muito. Ele suportou tudo isso sozinho por tantos anos. Perder um filho na meia-idade, a morte da esposa, as lutas internas da família, a decepção do segundo filho... Tudo isso fez com que cada dia dele fosse solitário.Por causa de Nádia, o filho dele se suicidou, deixando o posto de liderança da família Mendonça vago. Rodrigo, sem alternativa, depositou todas as suas energias em Henrique, sendo ao mesmo tempo avô e pai, e se dedicou a criar o neto com todo o coração.Henrique não decepcionou suas expectativas e se tornou o orgulho de todos. No entanto, a família Ribeiro apareceu novamente, trazendo notícias de que Nádia ainda estava viva. Como Rodrigo poderia entregar a carta de despedida a Henrique? Mas, nesses dias, ele pensou muito. Uma vez que a família Ribeiro tomou a iniciativa, Henrique não poderia simplesmente aguentar tudo em silêncio. Já velho, Rodrigo não podia mais ajudar Henrique, então decidiu deixar qu
- Luís seguiu as instruções e continuou a receber a medicação prescrita pelo Dr. Gilberto. O experiente médico analisou os componentes do remédio que a Srta. Carolina estava tomando e concluiu que era apenas um medicamento comum para regulação do corpo. Ele sugeriu que ela completasse o ciclo do tratamento para observar os efeitos.- Francisco foi enganado por Dedé, que lhe passou um cheque sem fundos - Disse Sr. Carlos, olhando para Henrique com admiração. - Felizmente, você previu que a família Ribeiro agiria contra Francisco e se preparou com antecedência, substituindo os documentos no cofre. Caso contrário, o Grupo Mendonça teria sofrido grandes perdas nas mãos de Francisco!A previsão de Sr. Henrique foi incrível.Henrique abriu os olhos e sorriu friamente:- Alguém do Grupo Mendonça intercedeu por Francisco?- Não, apenas Vasco veio uma vez, mas foi rejeitado por Luís.Ele tinha um olhar profundo e enigmático:- Desta vez, graças a Vasco, conseguimos identificar o golpe cedo.Qua
Sr. Carlos a viu e imediatamente adivinhou o motivo de sua visita.Assim que a Sra. Carolina partiu, ela logo chegou.Com que objetivo? Qualquer um com bom senso poderia adivinhar.- Eu quero ver o Henrique - Disse Paola, diretamente e com uma postura nobre.- O Henrique está ocupado. Foi a resposta implícita de que não seria recebida.Paola sorriu de forma provocativa, levantando as sobrancelhas:- Você não vai anunciar minha chegada?- O Sr. Henrique disse que não quer ser incomodado durante o trabalho - Explicou o Sr. Carlos.- Nem mesmo eu posso?- Apenas a Sra. Carolina tem essa exceção.O Sr. Carlos tentou irritar Paola de propósito, mas a subestimou.Em vez de se irritar, Paola sorriu astutamente e, sem dizer uma palavra, tentou passar por ele para entrar.Instintivamente, o Sr. Carlos estendeu a mão para impedir a passagem, mas assim que tocou em Paola, ela caiu no chão, olhando para ele com uma expressão de dor:- Era mesmo necessário? Eu só disse algumas palavras, e você me
Henrique lançou um olhar rápido para Paola e fixou sua atenção em Sr. Carlos: - Você está certo, vamos proceder assim.Paola, lutando para manter a compostura, riu nervosamente:- Pare de brincar, não podemos enganar o bebê dessa maneira.Contudo, a única resposta que ela recebeu foi a fria silhueta de Henrique se afastando e o som da porta se fechando.O rosto de Paola se contorceu por um momento, mas a expressão maliciosa desapareceu rapidamente. Ela passou o livro sobre paternidade para Sr. Carlos:- Precisarei da sua ajuda esta noite.Sr. Carlos, surpreso, indagou:- Você está falando sério?- Se é você que vai ler, não precisarei ficar aqui. Conversaremos por telefone em casa, e você vai me contar o livro inteiro. - Paola falou baixo, com um sorriso irônico. - Assim satisfaz seu gosto por falar.Sr. Carlos ficou atônito, olhando para o grosso livro em suas mãos:- Você quer que eu passe a noite inteira lendo isso?Paola ajustou seu cachecol:- Não apenas isso, você tem que me dei
Henrique não falou imediatamente; ele ponderou por um momento, com seus olhos escuros fixos em Carolina:- Você quer ouvir a verdade?Naquele momento, Carolina adivinhou a resposta dele, mas não desistiu.- Sim, quero ouvir a verdade. Diga o que realmente pensa.- Paola tem problemas de saúde e, além disso, está grávida de seis meses. Agora, não pode fazer um aborto. Se a criança for minha, não posso abandonar. Não tive pais para me proteger na infância, e minha vida foi muito difícil. Não quero que meu filho passe por isso, sozinho e sem cuidados. - Henrique fez uma pausa e disse. - Eu quero ser um pai responsável. Carolininha, consegue entender meus sentimentos?Carolina, frustrada, respondeu: - Você está sendo responsável, e o que vai acontecer com o nosso filho?- Enquanto não contarmos, ele nunca saberá.- Henrique! - Carolina, furiosa, exclamou. - Nosso filho ainda nem nasceu, e você já planeja mentir para ele?Que perspicácia, usada até mesmo contra a própria família!Henrique
O olhar de Simão se desviou lentamente do notebook para o rosto dela.Ela possuía traços delicados, pele branca com um leve rubor e longos cílios curvos que caíam sobre as pálpebras, lhe conferindo uma aparência dócil.Neste dia, ela se vestia de maneira mais madura, mas devido ao tamanho grande das roupas, que escondiam intencionalmente sua barriga de grávida, o conjunto parecia um tanto desproporcional.- Vamos começar - Disse Simão, se recostando na cadeira e falando de repente.Médicos vestidos com jalecos brancos saíram de uma sala ao lado e levaram Carolina para a sala adjacente.Na sala, se encontravam um ultrassom e muitos outros equipamentos, todos preparados antecipadamente. Os médicos examinaram Carolina habilmente.- Agora podemos coletar o líquido amniótico - Afirmou um deles.- Certo - Respondeu Simão, pausando por um momento. - Ela não perceberá a picada depois de acordar, certo?- Não, ela não perceberá. Em nossa Cidade A, adotamos uma nova técnica para exames invasivo
Vasco ficou atônito: - O avô estava bem até um mês atrás, como pode ser que...- Insuficiência de órgãos grave.- Você me impediu de ver o avô há um mês, e agora, bem, terei poucas oportunidades de falar com ele! Deve ser porque você não cuidou bem dele, certo? Henrique, você é realmente egoísta!Nos olhos de Vasco, ira e frustração transbordavam, como se quisesse furar Henrique com o olhar.Henrique permaneceu inexpressivo, com uma voz serena: - Não me force a te bater.Vasco sentiu um arrepio percorrer seu braço; ele temia aquela expressão indiferente de Henrique.Henrique sempre cumpria o que dizia, sem medo de nada.Parecia tão forte que nada poderia o derrubar.Um verdadeiro ar de imperador.Em comparação, Vasco se sentia como uma formiga, insignificante e pequena.Eternamente pisoteado.Desesperado, Vasco foi embora.Ele precisava salvar seu pai com suas próprias habilidades!O avô sempre favoreceu Henrique, talvez depois que ele partisse, as coisas se tornassem mais fáceis par
O homem sabia que não podia deixar o diretor escapar. Ao perceber que o diretor estava prestes a correr, agarrou pela roupa, tapou a boca e o arrastou para dentro da escada de incêndio.O diretor, já idoso, não possuía forças para resistir e foi brutalmente arrastado até o último andar.Após gritos aterrorizantes, foi jogado do último andar, perdendo todos os sinais de vida ao bater violentamente no chão.À noite, um comunicado foi emitido.“Sob imensa pressão, o diretor escolheu pular do prédio e se suicidar.”Dr. Gilberto, ao olhar o comunicado, se sentia tomado pelo medo, pela culpa e pela inquietação.Será que ele seria a próxima vítima?Deveria confessar tudo a Henrique, na esperança de redimir seus crimes e encontrar uma saída para aquela situação desesperadora?Não, não, não!Não poderia ser ele, que sempre fora tão obediente.Sua esposa e filho ainda estavam nas mãos deles; precisava persistir...Três dias depois, Carolina retornou ao país.Quando o avião aterrizou, enviou uma