- Quem te empurrou para baixo?Henrique entrou no quarto, parando contra a luz, com seu cabelo curto e negro como jade emitindo um brilho suave. Seu rosto anguloso estava sombreado, tornando impossível discernir seus pensamentos atuais.Carolina também fixou seu olhar no idoso na cama, fervendo em raiva enquanto esperava pela resposta.Quem seria o desalmado capaz de fazer algo assim?- Não sei, eu estava subindo as escadas para me exercitar, seguindo a recomendação do Dr. Gilberto. Quando estava na metade, ouvi alguém atrás de mim, mas não dei importância. Em seguida, essa pessoa me empurrou por trás, e eu acordei aqui.- Você não viu quem era?- Eu não vi, mas posso descobrir - Disse Rodrigo, batendo na mesa com raiva, acidentalmente machucando seu ferimento e fazendo uma careta de dor. - Vamos checar as câmeras de segurança do hospital. Eu quero ver quem teve a coragem de fazer isso!- Não precisa procurar - Disse Henrique friamente.- Por quê? - Carolina hesitou. - Não tem câmeras
Carolina ficou bastante sem palavras, permanecendo ao lado e sendo repreendida.- Você não é como eu, que tem esposa e amante, vivendo uma vida vibrante e incomparável. - Henrique disse com escárnio, seus lábios finos tingidos de zombaria, e cada palavra carregada de dor.Ao lado dele, Francisco sentia o olhar desapontado de Rodrigo, enquanto a raiva fazia seu rosto ficar roxo.Farto das queixas de Francisco, Henrique deu algumas instruções a Luís e partiu com Carolina.Depois que Henrique saiu, Francisco, envergonhado, falou para Rodrigo: - Pai, fique aqui tranquilo para se recuperar. Não se preocupe com as despesas médicas, eu cuidarei delas.- Este hospital é quase todo meu,Eu preciso de você?- Pai, estou tentando ser um bom filho. Você não tem estado bem, não brigue comigo. Sei que manter uma amante é errado. Eu cometi um erro.Rodrigo suavizou um pouco sua expressão:- Você se divorciou de Cecília?- Como eu poderia? Como posso simplesmente me divorciar depois de vinte anos de c
O escritório do gerente geral, inicialmente ocupado por Rodrigo, passou depois para o pai de Henrique e agora estava sob o comando de Henrique. Três gerações da família se sucederam, mas Francisco nunca teve sua vez. Desde que Henrique assumiu a BrilhanteMax, raramente voltava lá.Apesar disso, Rodrigo ainda confiava em Henrique, embora não lhe desse o cargo de gerente geral. Diziam que ele não tinha capacidade, mas ele podia suportar isso, pois não tinha grandes ambições. Lhe Bastava ficar na Mansão dos Mendonça e manter seu direito a voz no conselho.Mas Henrique foi além, expulsando primeiro Vasco e depois ele. Era claro que queria destruir a família deles! Francisco não podia mais tolerar aquilo; caso contrário, seria um inútil! O escritório do gerente geral tinha uma senha dupla, conhecida por ele, mas não sabia se Henrique a havia mudado.Com a intenção de tentar, Francisco digitou a senha. A porta emitiu um som e se abriu. Diante dele, o escritório escuro, sem luzes, pa
Henrique olhou para ela, divertido:- Por que essa surpresa? Você achava que, após o casamento, continuaríamos a morar em Cidade S?- Por que não? - Carolina, olhando para seus pés e com uma voz baixa e incerta, questionou. - É confortável morar em Cidade S.- A localização de Cidade S é boa, mas faltam escolas por perto. Isso será um inconveniente quando tivermos filhos e eles precisarem ir à escola.Carolina abriu a boca, surpresa.Ela olhou diretamente para Henrique:- Você está pensando no filho da Paola?- Ela ainda não fez a amniocentese, e o resultado não saiu. Não posso chamá-lo de meu filho ainda. - Henrique falou firmemente, com um desejo intenso de sobreviver.- Então vamos esperar e ver. Se for seu filho, reformar agora é prematuro, pois não sabemos quantos quartos infantis precisaremos. - Carolina disse com sarcasmo, se contendo. Além disso, ela não queria se perder nas promessas encantadoras que ele fazia.Ela precisava estar constantemente ciente da crise entre eles, nã
Henrique levantou as sobrancelhas e colocou as pantufas ao lado dos pés dela, dizendo:- Vá se lavar e desça para tomar café da manhã. Depois te levo para o trabalho. Amanhã, tenho que ir à Cidade Y. Hana recebeu alta e vai se reportar a você nos próximos dias.Carolina concordou, pensativa, e mordeu o lábio:- Talvez eu também tenha que viajar à França a negócios em alguns dias. Há um projeto que preciso verificar.- Por quantos dias?- Um pouco mais de duas semanas. - Ela estava preocupada que Henrique não concordasse, então minimizou, observando cautelosamente as mudanças na expressão dele.Henrique parou de repente:- Tanto tempo?- Parece um pouco longo, mas inspecionar o investimento do projeto exige atenção, e eu também quero aprender algo na França. Com idas e vindas, o tempo se estende.Esta era uma meia verdade. A inspeção e o aprendizado eram reais, mas com a gravidez, se encontrartodos os dias revelaria a verdade. Simão estava certo; era melhor ficar fora por um tempo, at
Yago entregou a Francisco o cheque assinado, questionando:- Não é só sobre o pen drive, certo? Cadê os outros resultados dos dados?Francisco, com cautela, respondeu:- Irei ao banco retirar o dinheiro e, em seguida, lhes entregarei os arquivos confidenciais.Sua expressão se alterou ao observar Dedé.Este, com indiferença, acenou com a mão, ostentando um sorriso cada vez mais amplo e enigmático no rosto:- Sem pressa, vá conferir.Ele aparentava desinteresse.- Tudo bem, então está acertado. - Disse Francisco, satisfeito com a postura, ao contrário de Henrique, que sequer o respeitava.Dedé pegou o pen drive, entrou no carro e partiu.Quando Francisco estava prestes a se retirar, foi cercado por um enxame de repórteres, com inúmeras câmeras e flashes quase o cegando.Antes que pudesse reagir, algo frio prendeu seu pulso.Ao olhar para baixo, seus olhos quase saltaram do rosto.- Quem me algemou!- Somos da Polícia Civil de Cidade M. Você está preso sob suspeita de roubo. - O policial
Grupo JH, escritório do presidente.Dedé olhava despreocupadamente para o grupo no celular, onde os ricos de vários círculos discutiam o roubo dos arquivos secretos por Francisco. As palavras sarcásticas e zombeteiras eram incessantes.Um sorriso sádico se formou nos lábios de Dedé, muito satisfeito.Yago entrou segurando um pen drive: - Sr. Dedé, a equipe de desenvolvimento analisou o conteúdo do pen drive. Eles dizem que este plano não está finalizado, precisa de polimento, não está completo. No entanto, a ideia é excelente e prática. Algumas partes importantes ainda precisam ser ajustadas para integrar nossos próprios projetos. No próximo mês, o projeto aprovado pela cidade será nosso Grupo JH.Dedé ficou bastante satisfeito, não negava o talento comercial de Henrique: - Faça a equipe da empresa acelerar o processo.- Sim.- Quanto a Francisco, não se preocupe com isso, deixe que nossos irmãos vão cuidar bem dele na prisão.- Entendi, Sr. Dedé. Além disso, aquele médico ligou ont
Carolina, do lado de fora da porta, abaixou a cabeça em silêncio, contorcendo amargamente os cantos da boca. Rodrigo tossiu algumas vezes:- Tudo bem, como quiserem, mas devo avisar que essa criança afetará o relacionamento entre vocês. Esteja psicologicamente preparado.- Carolininha já concordou, ela é muito compreensiva.Rodrigo encarou Henrique com raiva:- Ela não é compreensiva, ela está sem escolha, é um compromisso, é amor por você!- Vou tratar ela ainda melhor para não a decepcionar. - O rosto encantador de Henrique estava sério, pensativo. - No futuro, também teremos nossos próprios filhos, não seria uma coisa boa para as duas crianças terem uma companhia?Rodrigo estava cansado, acenou com a mão para que ele saísse:- A chame para entrar.Henrique concordou e, ao abrir a porta, encontrou os olhos de Carolina do lado de fora. O olhar dela para ele era frio, seu rosto todo expressava descontentamento. Ela odiava a ideia de meio-irmãos, talvez não houvesse problema quando a