Ao ouvir isso, Jenifer desabou em lágrimas. Sua aparência inocente provocava compaixão em qualquer pessoa que a visse.Carolina, com os braços cruzados sobre o peito e um sorriso malicioso nos lábios vermelhos, admirava mulheres como Jenifer e Beatriz, que demonstravam emoções tão livremente. Talvez tivessem sido torneiras em suas vidas passadas.Henrique, ao ver Jenifer nesse estado, ficou levemente irritado.- Michel, pague a ela três meses de salário como indenização. - Disse Henrique.- Sr. Henrique, eu não estou interessada no dinheiro. - Murmurou Jenifer, tensa. - Então, por que está chorando? - Questionou Henrique.Jenifer havia chorado nas duas vezes que se encontraram, ontem e hoje.Chorar uma vez poderia gerar simpatia, mas chorar demais apenas causaria irritação.Além disso, Henrique não apreciava mulheres que choravam no trabalho.- Eu quero permanecer na BrilhanteMax. Vou me comportar bem, por favor, não me expulse. - Implorou Jenifer, com um olhar triste.- Seu irmão que
- Um milhão? - Perguntou Carolina, incrédula, exibindo um grande ponto de interrogação no rosto.- Sim, um milhão. - Respondeu Jenifer, com desdém. - Você não vale um milhão. - Afirmou Carolina. A necessidade de dinheiro deveria ser avaliada considerando o verdadeiro valor da pessoa.- Eu valho. - Afirmou Jenifer, com convicção.- Por qual o motivo? - Questionou Carolina, arqueando uma sobrancelha. - Se eu não entrar na BrilhanteMax, vou poupar muitos problemas para você. A minha presença no centro da BrilhanteMax vai causar uma crise para você. - Explicou Jenifer, com confiança.- Então vá. - Disse Carolina, baixando a cabeça para olhar a tela do computador, sem querer dar mais atenção.- Você não tem medo? - Perguntou Jenifer. - O interessante é que você realmente não pode entrar na BrilhanteMax. Por que eu daria esse milhão? Seria um ato tolo e desnecessário, não acha? - Disse Carolina, com sarcasmo. - Eu ainda não terminei! - Exclamou Jenifer, furiosa e envergonhada.- Então c
Após ouvir a história, Henrique ficou atônito por um momento.- Jenifer deve estar inventando coisas. - Disse Henrique. Paola, apesar de sua vida pessoal não ser exemplar, não tinha um passado muito relevante.Ela também veio do interior, sem razões aparentes para ter conexões com a Terra das Trevas.Se tal possibilidade existisse, ele teria notado há cinco anos.- Então venha agora, vamos ouvir a gravação juntos. - Disse Carolina, irritada.- Tudo bem, vou terminar este documento e chego em meia hora. - Disse Henrique, desligando o telefone. Jenifer havia acabado de sair, e a viagem de ida e volta deveria levar um pouco mais de meia hora.Quinze minutos depois, Jenifer ligou para Carolina, dizendo que tinha chegado.- Tão rápido? Você não foi até a casa dos Ferreira? - Perguntou Carolina, surpresa. - Claro que não, algo tão importante eu não deixaria em casa. - Respondeu Jenifer. Carolina concordou, achando lógico. - Então suba. - Pediu Carolina. - Melhor você descer, vamos nos
Quando ouviu isso, o policial olhou para Carolina, que estava pálida e solicitou a um colega que trouxesse a bolsa de evidências. Poucos minutos depois, ao revistar a bolsa, encontraram registros de chamadas entre Carolina e Jenifer, além de um depósito de duzentos mil reais.- Srta. Carolina, por favor, nos acompanhe até a delegacia para prestar depoimento. - Orientou o policial. - Eu não fiz nada, não fui eu! - Afirmou Carolina, desesperada.- Foi você! Ontem mesmo você estava com ciúmes de Jenifer, temendo que ela substituísse a Senhora Mendonça! - Acusou Geovane, furiosamente. - Cale a boca! - Ordenou Henrique, lançando um olhar sombrio sobre Geovane.Geovane estremeceu, se calando e murmurando seu descontentamento.- Sr. Henrique, que temperamento! Não está se sentindo culpado? - Comentou Elder, com sarcasmo. - Nós vamos contratar um advogado. - Disse Henrique, segurando firmemente a mão gelada de Carolina.- Sem problemas - Assentiram os policiais. Ao ouvir a palavra "advoga
Mesmo André, conhecido pela sua avidez ilimitada, não conseguiu deixar de desprezar a atitude de Geovane.- Apenas três horas após a morte dela, e você já está tão ansioso para lucrar com isso. Ter você como pai é uma grande tragédia para ela! - Zombou André. - O que você entende da situação? Os mortos não voltam à vida. Ela não pôde ajudar a família enquanto viva, mas pode contribuir com a sua morte, certamente se sentirá honrada no céu. - Disse Elder. - Deus observa nossas ações, Elder. Você se esforça tanto para manipular tudo, mas nunca me superou. Já pensou que talvez seja por fazer tanto mal e estar recebendo o que merece? - Retrucou André. Sem argumentos, Elder ficou com o rosto vermelho de raiva.- Que proveito há em ser sarcástico? Com certeza o Sr. Henrique não gostaria de ver sua amada esposa na prisão. - Repreendeu Geovane, com uma voz severa. - Claro que não gostaria. - Respondeu Henrique, com uma postura reta como um pinheiro, queixo erguido e olhos frios. Geovane sor
- Quase me esqueci dos seus contatos. - Lembrou André, ficando surpreso por um momento. O Sr. Rodrigo dedicou sua vida ao exército, alcançando grande prestígio antes de se aposentar alguns anos atrás. Embora não estivesse mais em uma posição ativa, seu respeito militar permanecia intacto.Para Carolina, que não tinha cometido nenhum erro, ser liberada não representava uma dificuldade.Recebendo a notícia, Carolina sentiu um grande alívio.Ela prosseguiu para assinar os documentos necessários e, no caminho, cruzou com duas policiais que escoltavam uma mulher que aparentemente havia acabado de prestar depoimento.A mulher possuía cabelos longos, negros e brilhantes até a cintura.Ela caminhava de cabeça baixa, com os cabelos ocultando seu rosto. Não parecia muito jovem, mas exibia uma aura distinta, como a de uma senhora de família abastada.- Furto em local público. - Comentou um policial baixo. - Isso não é algo comum? Por que a surpresa? - Indagou o policial grisalho. - O furto e
Henrique segurava o celular com firmeza, usando um tom de voz grave.- Estou resolvendo um assunto fora. Carolina está no hospital? - Perguntou Henrique, desorientado. - Que assunto é mais importante que cuidar da esposa do seu neto? - Retrucou Rodrigo. - Alguém viu minha mãe na Praça do Comércio. - Disse Henrique. - Ela foi encontrada? - Perguntou Rodrigo, calmamente após ficar em silêncio por um instante. - Não, talvez tenha sido um engano. - Disse Henrique. - Será que a família Ribeiro está inventando isso para te enganar? - Perguntou Rodrigo. - Independentemente do que você pense, prefiro acreditar que minha mãe está viva e conseguiu fugir, a pensar que ela já morreu. - Disse Henrique. Rodrigo suspirou profundamente.- Não foi isso que quis dizer. Só quero que a nossa família Mendonça fique segura. - Comentou Rodrigo. - A segurança da família Mendonça e a vida da minha mãe não estão interligadas. No passado, não éramos fortes o suficiente. - Disse Henrique. - Entendo, esto
- Fui com a Fernanda, não fui sozinha. - Disse Carolina, um pouco confusa e apressada.A sensibilidade de Henrique era tamanha que, se ela hesitasse mesmo que por um segundo, ele certamente perceberia algo errado.- Foi acompanhar a Fernanda? - Questionou Henrique.- Sim, o ciclo menstrual da Fernanda estava irregular, então ela me pediu para ir com ela ao hospital. Naquele momento, Fernanda estava ao meu lado. Sabe como é, as meninas são tímidas com assuntos de privacidade corporal. Não dá para falar diretamente disso com você, um homem. - Respondeu Carolina, se sentindo um pouco culpada, tocando o nariz.- Ciclo menstrual irregular? - Perguntou Henrique, franzindo a testa. "Fernanda, desculpa, mas ajudar uma boa amiga em apuros não é pedir muito, certo?"Eles trocaram olhares, envoltos em um silêncio denso.O último raio de sol desapareceu, deixando a casa sem luz. Henrique estava imerso na escuridão, e sua temperatura corporal pareceu despencar.Carolina, inquieta, evitava o olhar