Henrique ainda estava confuso.- Se eu enviar a mensagem, a Carolina ficará feliz?- Claro, eu garanto.- Encontre o número de telefone da Jenifer para mim. Eu não o tenho.Embora fosse desnecessário, ele concordou em fazer isso para agradar sua esposa irritada.Às vinte horas da noite, Jenifer recebeu uma mensagem e franziu o cenho ao ver o conteúdo.Devia ser Carolina usando o celular de Henrique!Henrique, uma pessoa tão respeitável e educada, nunca diria algo tão vulgar....Paola soube que Jenifer foi até a Brilhante Max procurar Henrique e sorriu enquanto tirava sua máscara facial.- Ela ainda está tentando se aproximar de Henrique?Zeca respondeu: - Parece que sim.- Ela se valoriza demais. Mesmo que eu a deixe causar problemas, ela não se compara à Carolina.Jenifer havia sido usada pelo Sr. S há três anos como isca. O objetivo era testar sua posição no coração de Henrique, e se fosse apropriado, ela agiria. Jenifer não era uma pessoa da Terra das Trevas; ela faria qualquer
Carolina, enfurecida, exclamou:- O que isso tem a ver comigo? Foi o seu pai quem traiu a sua mãe!Com medo de confrontar Henrique, ele foi descontar sua raiva nela, um verdadeiro covarde!- É normal um homem se divertir fora de casa, desde que ele não abandone a família e os filhos!O pai dele cometeu um erro que qualquer homem poderia cometer.Com o couro cabeludo sendo puxado, Carolina levantou a cabeça com dificuldade e cuspiu na cara de Vasco.- Pare de ser repugnante! - Exclamou ela.Desde quando não abandonar a família e os filhos era considerado uma virtude?Ele era ridículo.Vasco, tremendo de raiva e com uma expressão feroz, levantou a mão para bater. Carolina fechou os olhos, assustada, mas num instante, um copo de leite quente voou da multidão, acertando Vasco na cabeça. Vasco, atordoado, recuou, segurando o rosto e gritando de dor.Carolina olhou para trás e viu Simão, que apareceu de repente na multidão, e perguntou atônita:- Foi você que jogou?Simão passou um sanduíc
Henrique, ignorando completamente a preocupação dela, pisou fundo no acelerador. Carolina, intrigada, perguntou:- Por que você está acelerando tanto?Henrique retrucou:- Por que Simão apareceria no seu prédio?- Ele estuda perto, morar aqui facilita as coisas.Henrique sentiu uma raiva intensa e perguntou:- Desde quando ele se mudou para cá?- Não sei ao certo, provavelmente na mesma época que eu.Henrique ficou visivelmente mais tenso, e segurou o volante tão forte que suas juntas ficaram brancas.- A partir de hoje, você vai se mudar de volta para a Cidade S.- Por quê?- Simão tem segundas intenções com você.Carolina riu com desdém:- E onde estão as provas?- Não é óbvio que ele se mudou para o mesmo prédio que você?- Ele é um estudante de pós-graduação! Não tenho tanto charme assim para influenciar a escolha da escola dele.Mas Henrique estava convencido. Ele disse:- Ele planejou isso há muito tempo.- Deixa pra lá, não dá para conversar com você!Carolina, frustrada, se vi
Ao ouvir isso, Jenifer desabou em lágrimas. Sua aparência inocente provocava compaixão em qualquer pessoa que a visse.Carolina, com os braços cruzados sobre o peito e um sorriso malicioso nos lábios vermelhos, admirava mulheres como Jenifer e Beatriz, que demonstravam emoções tão livremente. Talvez tivessem sido torneiras em suas vidas passadas.Henrique, ao ver Jenifer nesse estado, ficou levemente irritado.- Michel, pague a ela três meses de salário como indenização. - Disse Henrique.- Sr. Henrique, eu não estou interessada no dinheiro. - Murmurou Jenifer, tensa. - Então, por que está chorando? - Questionou Henrique.Jenifer havia chorado nas duas vezes que se encontraram, ontem e hoje.Chorar uma vez poderia gerar simpatia, mas chorar demais apenas causaria irritação.Além disso, Henrique não apreciava mulheres que choravam no trabalho.- Eu quero permanecer na BrilhanteMax. Vou me comportar bem, por favor, não me expulse. - Implorou Jenifer, com um olhar triste.- Seu irmão que
- Um milhão? - Perguntou Carolina, incrédula, exibindo um grande ponto de interrogação no rosto.- Sim, um milhão. - Respondeu Jenifer, com desdém. - Você não vale um milhão. - Afirmou Carolina. A necessidade de dinheiro deveria ser avaliada considerando o verdadeiro valor da pessoa.- Eu valho. - Afirmou Jenifer, com convicção.- Por qual o motivo? - Questionou Carolina, arqueando uma sobrancelha. - Se eu não entrar na BrilhanteMax, vou poupar muitos problemas para você. A minha presença no centro da BrilhanteMax vai causar uma crise para você. - Explicou Jenifer, com confiança.- Então vá. - Disse Carolina, baixando a cabeça para olhar a tela do computador, sem querer dar mais atenção.- Você não tem medo? - Perguntou Jenifer. - O interessante é que você realmente não pode entrar na BrilhanteMax. Por que eu daria esse milhão? Seria um ato tolo e desnecessário, não acha? - Disse Carolina, com sarcasmo. - Eu ainda não terminei! - Exclamou Jenifer, furiosa e envergonhada.- Então c
Após ouvir a história, Henrique ficou atônito por um momento.- Jenifer deve estar inventando coisas. - Disse Henrique. Paola, apesar de sua vida pessoal não ser exemplar, não tinha um passado muito relevante.Ela também veio do interior, sem razões aparentes para ter conexões com a Terra das Trevas.Se tal possibilidade existisse, ele teria notado há cinco anos.- Então venha agora, vamos ouvir a gravação juntos. - Disse Carolina, irritada.- Tudo bem, vou terminar este documento e chego em meia hora. - Disse Henrique, desligando o telefone. Jenifer havia acabado de sair, e a viagem de ida e volta deveria levar um pouco mais de meia hora.Quinze minutos depois, Jenifer ligou para Carolina, dizendo que tinha chegado.- Tão rápido? Você não foi até a casa dos Ferreira? - Perguntou Carolina, surpresa. - Claro que não, algo tão importante eu não deixaria em casa. - Respondeu Jenifer. Carolina concordou, achando lógico. - Então suba. - Pediu Carolina. - Melhor você descer, vamos nos
Quando ouviu isso, o policial olhou para Carolina, que estava pálida e solicitou a um colega que trouxesse a bolsa de evidências. Poucos minutos depois, ao revistar a bolsa, encontraram registros de chamadas entre Carolina e Jenifer, além de um depósito de duzentos mil reais.- Srta. Carolina, por favor, nos acompanhe até a delegacia para prestar depoimento. - Orientou o policial. - Eu não fiz nada, não fui eu! - Afirmou Carolina, desesperada.- Foi você! Ontem mesmo você estava com ciúmes de Jenifer, temendo que ela substituísse a Senhora Mendonça! - Acusou Geovane, furiosamente. - Cale a boca! - Ordenou Henrique, lançando um olhar sombrio sobre Geovane.Geovane estremeceu, se calando e murmurando seu descontentamento.- Sr. Henrique, que temperamento! Não está se sentindo culpado? - Comentou Elder, com sarcasmo. - Nós vamos contratar um advogado. - Disse Henrique, segurando firmemente a mão gelada de Carolina.- Sem problemas - Assentiram os policiais. Ao ouvir a palavra "advoga
Mesmo André, conhecido pela sua avidez ilimitada, não conseguiu deixar de desprezar a atitude de Geovane.- Apenas três horas após a morte dela, e você já está tão ansioso para lucrar com isso. Ter você como pai é uma grande tragédia para ela! - Zombou André. - O que você entende da situação? Os mortos não voltam à vida. Ela não pôde ajudar a família enquanto viva, mas pode contribuir com a sua morte, certamente se sentirá honrada no céu. - Disse Elder. - Deus observa nossas ações, Elder. Você se esforça tanto para manipular tudo, mas nunca me superou. Já pensou que talvez seja por fazer tanto mal e estar recebendo o que merece? - Retrucou André. Sem argumentos, Elder ficou com o rosto vermelho de raiva.- Que proveito há em ser sarcástico? Com certeza o Sr. Henrique não gostaria de ver sua amada esposa na prisão. - Repreendeu Geovane, com uma voz severa. - Claro que não gostaria. - Respondeu Henrique, com uma postura reta como um pinheiro, queixo erguido e olhos frios. Geovane sor