Henrique, com o rosto inexpressivo, lançou um olhar frio e disse:- Foram atrás de você?Eles eram colegas na época de escola. Desde que Henrique havia ido ao exterior para empreender, a família Mendonça acreditava que os dois tinham perdido o contato.Por um instante, André mostrou arrogância, mas seu rosto logo expressou desprezo:- Como assim? Eu sou muito caro. Vasco procurou aquele advogado que sempre fica atrás de mim.No mundo jurídico, André era considerado o número um, com Elder Ferreira em segundo lugar.Henrique inclinou a cabeça, zombando:- Elder?- Sim, ele mesmo.- O pai dele esteve aqui hoje, causou um escândalo.André entendeu de imediato:- Eles conhecem o Francisco, não é? Estão juntos nessa?- Estão no mesmo lado.André tomou um gole d’água e perguntou:- O que você vai fazer agora?Henrique olhou para ele com desprezo:- Você não pode lidar com isso?- Claro que pode, mas tenho receio da opinião do Sr. Rodrigo.Rodrigo se mostrou irritado.- Sob que acusação Franc
- Você está me xingando?Subitamente, a porta do quarto se abriu, e um homem de postura ereta e rosto bonito entrou, emanando uma aura de frieza. Contudo, a colher de sopa em sua mão contrastava com sua atitude, criando um contraste curioso.Carolina arregalou os olhos, surpresa, e ficou alguns segundos o encarando antes de dizer: - Quando você chegou?- Há uma hora.- Você é um fantasma? Você não fez barulho algum!Henrique se fez de inocente: - Vi que você dormia profundamente e não quis te acordar. Nunca percebi que seu sono era tão pesado.Um lampejo brilhou nos olhos de Carolina.- Hoje estou um pouco cansada.Henrique sentiu um aperto no coração. Ultimamente, estava muito ocupado e mal tinha tempo para ela. E ainda a tinha deixado chateada.- Preparei algo para comer, venha.Carolina estava realmente com fome, então não recusou.Sentada à mesa, ela observou Henrique servindo os pratos que havia preparado: quatro pratos e uma sopa, todos de aparência deliciosa. Já pelo aroma,
Carolina, ao ouvir tal resposta, ficou com os olhos marejados, e suas emoções explodiram. Lágrimas escorreram pelas extremidades de seus olhos, caindo no chão. Seu belo rosto, delicado como uma flor lavada pela chuva, parecia vulnerável e triste, partindo o coração de quem o visse.Apesar da concordância de Henrique, ela jamais diria algo como "Jenifer é um lixo".O que ela desejava era apenas uma atitude mais decisiva dele.Carolina gritou para ele:- Vá embora! Eu não quero mais te ver.Henrique, relutante em partir e desesperado, tentou enxugar as lágrimas dela, dizendo:- Mas eu não fiz nada, por que você está chorando assim?Ela o empurrou com força e exclamou:- Você claramente não se importa comigo, só fica do lado da Jenifer. Ela que é sua esposa, vá ficar com ela.- Então, se eu disser que ela é um lixo, você se sentirá melhor? - Henrique suspirou, acreditando que tais palavras não condiziam com a elegância de Carolina.- Já é tarde! - Carolina, sem mais explicações, o empur
Henrique ainda estava confuso.- Se eu enviar a mensagem, a Carolina ficará feliz?- Claro, eu garanto.- Encontre o número de telefone da Jenifer para mim. Eu não o tenho.Embora fosse desnecessário, ele concordou em fazer isso para agradar sua esposa irritada.Às vinte horas da noite, Jenifer recebeu uma mensagem e franziu o cenho ao ver o conteúdo.Devia ser Carolina usando o celular de Henrique!Henrique, uma pessoa tão respeitável e educada, nunca diria algo tão vulgar....Paola soube que Jenifer foi até a Brilhante Max procurar Henrique e sorriu enquanto tirava sua máscara facial.- Ela ainda está tentando se aproximar de Henrique?Zeca respondeu: - Parece que sim.- Ela se valoriza demais. Mesmo que eu a deixe causar problemas, ela não se compara à Carolina.Jenifer havia sido usada pelo Sr. S há três anos como isca. O objetivo era testar sua posição no coração de Henrique, e se fosse apropriado, ela agiria. Jenifer não era uma pessoa da Terra das Trevas; ela faria qualquer
Carolina, enfurecida, exclamou:- O que isso tem a ver comigo? Foi o seu pai quem traiu a sua mãe!Com medo de confrontar Henrique, ele foi descontar sua raiva nela, um verdadeiro covarde!- É normal um homem se divertir fora de casa, desde que ele não abandone a família e os filhos!O pai dele cometeu um erro que qualquer homem poderia cometer.Com o couro cabeludo sendo puxado, Carolina levantou a cabeça com dificuldade e cuspiu na cara de Vasco.- Pare de ser repugnante! - Exclamou ela.Desde quando não abandonar a família e os filhos era considerado uma virtude?Ele era ridículo.Vasco, tremendo de raiva e com uma expressão feroz, levantou a mão para bater. Carolina fechou os olhos, assustada, mas num instante, um copo de leite quente voou da multidão, acertando Vasco na cabeça. Vasco, atordoado, recuou, segurando o rosto e gritando de dor.Carolina olhou para trás e viu Simão, que apareceu de repente na multidão, e perguntou atônita:- Foi você que jogou?Simão passou um sanduíc
Henrique, ignorando completamente a preocupação dela, pisou fundo no acelerador. Carolina, intrigada, perguntou:- Por que você está acelerando tanto?Henrique retrucou:- Por que Simão apareceria no seu prédio?- Ele estuda perto, morar aqui facilita as coisas.Henrique sentiu uma raiva intensa e perguntou:- Desde quando ele se mudou para cá?- Não sei ao certo, provavelmente na mesma época que eu.Henrique ficou visivelmente mais tenso, e segurou o volante tão forte que suas juntas ficaram brancas.- A partir de hoje, você vai se mudar de volta para a Cidade S.- Por quê?- Simão tem segundas intenções com você.Carolina riu com desdém:- E onde estão as provas?- Não é óbvio que ele se mudou para o mesmo prédio que você?- Ele é um estudante de pós-graduação! Não tenho tanto charme assim para influenciar a escolha da escola dele.Mas Henrique estava convencido. Ele disse:- Ele planejou isso há muito tempo.- Deixa pra lá, não dá para conversar com você!Carolina, frustrada, se vi
Ao ouvir isso, Jenifer desabou em lágrimas. Sua aparência inocente provocava compaixão em qualquer pessoa que a visse.Carolina, com os braços cruzados sobre o peito e um sorriso malicioso nos lábios vermelhos, admirava mulheres como Jenifer e Beatriz, que demonstravam emoções tão livremente. Talvez tivessem sido torneiras em suas vidas passadas.Henrique, ao ver Jenifer nesse estado, ficou levemente irritado.- Michel, pague a ela três meses de salário como indenização. - Disse Henrique.- Sr. Henrique, eu não estou interessada no dinheiro. - Murmurou Jenifer, tensa. - Então, por que está chorando? - Questionou Henrique.Jenifer havia chorado nas duas vezes que se encontraram, ontem e hoje.Chorar uma vez poderia gerar simpatia, mas chorar demais apenas causaria irritação.Além disso, Henrique não apreciava mulheres que choravam no trabalho.- Eu quero permanecer na BrilhanteMax. Vou me comportar bem, por favor, não me expulse. - Implorou Jenifer, com um olhar triste.- Seu irmão que
- Um milhão? - Perguntou Carolina, incrédula, exibindo um grande ponto de interrogação no rosto.- Sim, um milhão. - Respondeu Jenifer, com desdém. - Você não vale um milhão. - Afirmou Carolina. A necessidade de dinheiro deveria ser avaliada considerando o verdadeiro valor da pessoa.- Eu valho. - Afirmou Jenifer, com convicção.- Por qual o motivo? - Questionou Carolina, arqueando uma sobrancelha. - Se eu não entrar na BrilhanteMax, vou poupar muitos problemas para você. A minha presença no centro da BrilhanteMax vai causar uma crise para você. - Explicou Jenifer, com confiança.- Então vá. - Disse Carolina, baixando a cabeça para olhar a tela do computador, sem querer dar mais atenção.- Você não tem medo? - Perguntou Jenifer. - O interessante é que você realmente não pode entrar na BrilhanteMax. Por que eu daria esse milhão? Seria um ato tolo e desnecessário, não acha? - Disse Carolina, com sarcasmo. - Eu ainda não terminei! - Exclamou Jenifer, furiosa e envergonhada.- Então c