A enfermeira olhou para cima e viu um homem tão bonito puxando conversa que ficou envergonhada e corou.- Eu também não tenho uma ideia específica, talvez mais de trinta anos... – Ela respondeu de maneira tímida. Henrique ficou com uma expressão ainda pior, pois ele tinha exatamente 31 anos.- Senhor, que tal trocarmos números no WhatsApp? - Perguntou a enfermeira nervosamente.- Tenho 31 anos. - Ele respondeu friamente.- Aonde você vai? – A enfermeira perguntou, mas Henrique já havia dado de costas para ela. “O que há de errado em ter 31 anos? Sendo bonito, está tudo bem!” Ele pensava enquanto seguia seu caminho. Dentro do hospital, Paola estava sentada no banco do corredor esperando, vestindo um vestido bege, com um xale nos ombros, usando sapatos de couro britânicos, expondo pés delicados, parecendo um pouco doente. Ao lado dela estava Letícia.Henrique a viu de longe, não se aproximou e entrou no consultório do médico. O Sr. Carlos também estava lá. - Sr. Henrique, fizemos exa
A tensão que envolvia Paola instantaneamente se dissipou.- Se você viu as câmeras de vigilância, deveria entender a verdade dos acontecimentos. O sequestrador não gostou que eu estava grávida, e decidiu focar na Carolina. O que há de errado nisso? – Ela continuou, sem ceder. - Foi o sequestrador quem percebeu sua gravidez? Ou foi você mesma que disse? – Henrique perguntou. Afinal, Paola e Carolina eram duas jovens magras, e mesmo após três meses de gravidez, não era possível notar em roupas largas.- E daí? Diante da vida e da morte, eu quero viver. Há algo de errado em querer que meu bebê sobreviva? Além disso, Carolina não é tão nobre. – Paola gaguejou e quase perdeu o equilíbrio.- Exatamente, as relações entre elas já não eram boas. Não podemos sacrificar a nós mesmos para salvá-la, não é? - Letícia concordou.- Carolina realmente não é nobre, mas ela também não está disposta a empurrar outras pessoas para salvar a própria vida. - Henrique manteve a calma.- Tenho um filho em meu
- Também não tenho ideia. - Letícia balançou a cabeça.- Bom, preciso pensar em algo. - Paola respirou fundo.- Espere, e se procurássemos alguém online para confrontar a Carolina? - Letícia sugeriu. - Essa ideia parece meio estúpida. - Paola franziu a testa. Afinal, se a resistência psicológica de Carolina fosse frágil, ela não teria chegado a essa situação.- A reputação da Celestial Shine Jewelry já foi prejudicada em certa medida. Se Carolina, a embaixadora global, se envolver novamente em comportamento negativo, talvez a Celestial Shine Jewelry a abandone. – Letícia continuou. - Pode ser uma tentativa. - Os olhos de Paola brilharam ligeiramente. Contudo, ela sabia que manipular a opinião pública não seria suficiente. Simão, provavelmente, protegeria Carolina. Mas, a possibilidade de divulgar aquelas fotos, surgia como uma alternativa intrigante. Quanto a Simão, Paola realmente não compreendia seus objetivos. Tampouco sabia a extensão da informação que ele possuía. .No exato mom
Ao ouvir essas palavras, o coração de Carolina apertou com força. Era o dote que sua mãe havia deixado para ela.- Pergunte ao Simão. As joias que sua tia deixou têm um acabamento e qualidade muito bons. Talvez não tenham sido reformuladas. - Fernanda se aproximou para aconselhar.- Só podemos fazer isso. – Carolina respondeu.Hoje, Fernanda havia tirado folga, e em alguns dias seria o aniversário dela. Fernanda gostava de uma bolsa específica, e coincidentemente, na pilha de bolsas que Henrique havia dado a Carolina, havia uma igual. Carolina planejava dar a ela como presente de aniversário. Então, elas foram juntas ao armazém do Grupo Santos para pegar as bolsas.Ao ver o armazém cheio de bolsas de marca, Fernanda franziu a testa: - Isso é realmente um desperdício!- Vendi algumas na Plataforma de Segunda Mão, senão teria ainda mais. – Carolina se resignou.- Deus, você é demais. Mostrar isso na minha frente é pedir para ser espancada! – Fernanda resmungou,- Pode escolher à vontade
- Já chamei a polícia, estou aguardando o desenrolar do processo. - Lucas olhava fixamente.- Eu preciso de um tempo para ficar sozinha. – Carolina disse. - Tudo bem, se se sentir mal, pode me ligar; estou aqui para te acompanhar. - Lucas falou seriamente.Carolina não tinha cabeça para ligar para ele, ela precisava do link das fotos. Então, entrou rapidamente em contato com Bruno.Bruno, ao saber da situação, ficou em silêncio por um momento.- Coisas que se espalham na internet são difíceis de controlar. Vou tentar fazer com que meus colegas na Polícia da Internet bloqueiem isso. Não deixarei essas fotos aparecerem no país. – Ele tentou confortá-la. - Obrigada. - Carolina apertou os lábios, seu rosto pálido recuperou um pouco de cor.- Mas... E você e Henrique? Qual é a situação? – Bruno perguntou de forma delicada.- Não há situação. – Carolina respondeu. - Algumas coisas eu preciso te dizer antecipadamente. Se você e Henrique se reconciliarem, precisa esclarecer para ele sobre o
Carolina ouvia, baixando lentamente o olhar. Ela realmente queria contar a ele, mas ao mesmo tempo temia que ele ficasse zangado. Antes, quando ela e Lucas não faziam nada demais, apenas de estarem juntos já era o suficiente para que ele ficasse furioso. Agora, com essas fotos repugnantes circulando...Se Henrique descobrisse, ela não sabia qual seria sua reação. Ela não se atrevia a pensar nisso.- Não é nada demais, vamos sair logo. - Ela forçou um sorriso no rosto delicado. - Está bem. - Ele a encarou com seriedade. Henrique segurou a mão dela enquanto se dirigiam ao local onde o carro estava estacionado. Dez dedos entrelaçados. Embora as mãos de Henrique fossem comparativamente pequenas, estavam extremamente geladas. Seu olhar permanecia sombrio enquanto segurava a mão dela, palma contra palma, transmitindo um calor constante que gradualmente aquecia suas mãos frias.Henrique havia agendado um compromisso na loja de vestidos de noiva mais luxuosa de Cidade T. O gerente estava cien
- Você está falando besteira. Se alguém está difamando você de propósito, por que eu não acreditaria? Henrique segurou os ombros dela, levantando levemente as sobrancelhas.Carolina ficou atônita, seu desconcerto se prolongou antes de encontrar as palavras adequadas para respondeu. - Já mandei apagar as postagens na internet. - Henrique continuou.- Você está se referindo a esse assunto... - O rosto bonito de Carolina estava frio. - Você tem mais alguma coisa que não me contou? – Henrique perguntou. Carolina balançou a cabeça reflexivamente.O olhar atraente de Henrique permanecia imperturbável, transmitindo frieza. O olhar aguçado dele dava a sensação de que Carolina estava escondendo algo, enquanto a pequena mentira dentro dela relutava em ser revelada. Ultimamente, ele estava mimando-a demais, e ela começou a mentir novamente.Henrique estava um pouco irritado, mas no momento não planejava pressionar demais.Depois do jantar, eles tinham tempo de sobra. Afinal, eles já haviam co
- Vovô, comprei a sobremesa que você gosta. - Carolina lançou um leve piscar de olhos, mudando de assunto. - Você sempre foi a neta mais obediente. Henrique cresceu e nunca me comprou nada! – Rodrigo disse. - Nunca comprei sobremesa para você, apenas resolvi algumas dívidas bilionárias para o Grupo Mendonça. - Um homem vestido com roupas de casa desce as escadas e diz com um tom frio e cortante.- Ser obediente e fazer negócios são coisas diferentes! Não misture! - Rodrigo torceu a barba.- Tudo bem, no futuro, eu não vou mais cuidar do Grupo Mendonça, só vou comprar sobremesas para você, o que acha? – O homem usava um roupão de seda azul, abandonando a postura autoritária do trabalho, se tornando mais descontraído e acessível.- Cale a boca, não diga coisas que me aborrecem! – Rodrigo disse de forma ríspida. Carolina serviu um pedaço de carne na tigela de Rodrigo com uma colher. - Henriquinho é inteligente e naturalmente um líder nos negócios. Deixar ele comprar sobremesas é injus