Henrique sentia um calor intenso em seu peito, uma necessidade desesperada de se libertar. A bebida que tinha consumido naquela noite não estava normal; o Sr. Rodrigo a tinha adulterado.Mas ele não tinha tempo para pensar nisso agora; sua mente estava repleta de imagens de Carolina de mãos dadas com Simão.“Por que ela é sempre tão desobediente?”Ela disse que ia terminar com Lucas e logo depois se aproximou de Simão. “Ela não consegue viver sem um homem?”Uma intensa onda de ciúmes derrubou a última barreira, e ele a encarou profundamente, beijando seus lábios impulsivamente.Carolina não era submissa; até um coelho morde quando provocado.Ela deu um tapa forte em seu rosto, sem suavizar o golpe, fazendo-o virar a cabeça, imóvel.O tempo pareceu congelar, a marca dos dedos de Carolina estava claramente impressa na imaculada bochecha de seu rosto. Além disso, com a ferida na testa ainda não cicatrizada, sua aparência notável ficou tingida de vermelho, parecendo um tanto patético.C
Luís ficou momentaneamente sem palavras.- A Srta. Carolina está certa. O senhor pode controlar as coisas por um tempo, mas não para sempre. E você, não sente nada pelo jovem senhor?Carolina estava atordoada, sentindo uma dor latejante na parte superior da perna que fez seus cílios tremerem ligeiramente. - Nada.Henrique estava certo. Ela não deveria ter se envolvido com ele, só estava causando problemas a si mesma. Carolina saiu diretamente da Mansão Mendonça, sem se despedir de Rodrigo. Ela sabia que Rodrigo certamente continuaria a persuadi-la.A primeira coisa que fez ao retornar à empresa foi verificar o registro do acidente.Ela inseriu a placa do carro de Lucas e, ao ver as informações surgirem na rede de segurança rodoviária, seu coração se apertou.Naquele dia, o veículo com o qual colidiram definitivamente não era um caminhão, mas sim um carro particular comum.Ela não conseguia acreditar, então decidiu perguntar à rede de segurança rodoviária.Os resultados foram idêntico
A chamada não estava no viva-voz, mas Paola se aproximou e conseguiu pegar algumas palavras-chave.“Carolina, polícia, advogado...”E com isso ela logo deduziu que algo estava acontecendo com Carolina.Henrique desligou o telefone, com a testa franzida.- Querido, o que aconteceu? - Perguntou Paola.Ele respondeu com um tom sério: - Preciso sair por um tempo.- Mas... O médico ainda não terminou de falar. Você não está preocupado com a saúde do bebê? - Disse Paola.Os olhos de Henrique se fixaram na barriga ainda plana dela: - Entre em contato com o Sr. Carlos.Com isso, ele se levantou e saiu. Paola apertou as mãos com firmeza."Eles já estão divorciados, por que ela está tentando roubar meu homem agora? Carolina, essa mulher!"...Delegacia.Carolina foi levada para uma sala de interrogatório, e a situação estava clara. Osvaldo não havia seguido suas instruções e continuou a fazer os trabalhadores trabalharem horas extras.Os equipamentos de segurança também não foram adquiridos n
- Claro, ele me atacou e me colocou aqui para apodrecer!Beatriz proferiu absurdos, olhando fixamente com os olhos bem abertos, ela simplesmente não suportava o fato de que todos os homens pareciam preferir Carolina."Quando Carolina e Henrique se separarem, terei maneiras de lidar com essa mulher desprezível!"Carolina estava se sentindo pesarosa, olhando para o rosto de Beatriz, que não demonstrava o menor arrependimento. De repente, não sabia o que dizer, estava com vontade de rir, mas também sentia que ela não tinha salvação.Carolina respirou fundo, séria e resignada: - Não minta mais, Henrique não seria tão baixo.- O que você quer dizer? Acredita em um homem, mas não em mim? - Beatriz gritou alto, irritando os guardas da prisão.Bruno lançou um olhar de lado, pressionando: - Não perca mais tempo com ela, Henrique está na delegacia.Carolina assentiu com a cabeça e se levantou para segui-los.Beatriz ficou frustrada, determinada a encontrar uma maneira de sair e recuperar tudo
Carolina mal tinha saído da delegacia com Henrique quando o telefone começou a tocar. Era Lucas.Henrique, descontraído, cruzou os braços. - Atenda.Carolina sussurrou: - Não quero atender.- Eu atendo para você. - Henrique pegou o telefone de sua mão de repente e, ao atender, ativou o viva-voz.- Carolina, o que aconteceu? Por que você decidiu terminar de repente comigo? Henrique está te incomodando de novo?!Com medo de deixar Henrique irritado, Carolina levantou-se nas pontas dos pés e segurou o braço forte e musculoso dele, enquanto respondia apressadamente ao telefone: - Não tem nada a ver com ele, foi uma decisão minha. Aquele dia, o acidente nem sequer envolveu um caminhão. Eu odeio mentiras, então, por favor, não entre em contato comigo no futuro.Após terminar a ligação, ela pressionou o botão para encerrar a chamada e pegou o celular de volta.Tudo aconteceu como uma dança sincronizada.Henrique sorriu de forma irônica: - Mentir ainda não faz seu coração acelerar.Carolin
Simão tirou uma caixa de balas de hortelã do bolso e colocou duas na boca.Seu olhar estava repleto de dúvidas, como o de um bom aluno faminto por conhecimento. - A Paola é sua namorada? E o que está acontecendo entre ela e o Henrique?Jacarias balançou a cabeça confusa, com o rosto cheio de angústia. - Não sei, eu também não sei.Jacarias não sabia por que estava sendo perseguido, e também não sabia por que Paola terminou subitamente o relacionamento. Ele não sabia nada sobre o que estava acontecendo entre ela e Henrique.- Paola está grávida. - Disse Simão.- Isso eu já sabia! - Jacarias imediatamente se animou, a felicidade brilhando em seus olhos.Simão levantou as sobrancelhas com interesse, sentindo-se intrigado.Jacarias viu que ele não acreditava e afirmou com convicção: - Eu sou o namorado dela, como eu não saberia que ela está grávida?- Você tem certeza de que é o seu filho?- Claro, passamos o mês inteiro juntos. - Eles estavam sempre juntos e fizeram amor várias vezes.
Rodrigo balançou a cabeça com raiva.- Não é possível, essa mulher não vai continuar causando problemas....Henrique, preguiçoso, ergueu os olhos para a pequena mulher de mãos vazias que voltou e começou a folhear documentos, claramente dentro do que ele esperava.- Meu avô não me entregou o testamento.- Continue procurando uma solução.- Meu avô disse que só entregaria o testamento se você se casasse e tivesse filhos. - Disse Carolina.Henrique parou de mexer nas coisas, sem levantar os olhos: - O que você está tentando dizer?- Sinto que infelizmente não conseguirei concluir essa tarefa. - Ela murmurou, derrotada, baixando a cabeça, quase como um sussurro. - Que tal você me dar outra tarefa para fazer?Surpreendentemente, Henrique não a pressionou e disse calmamente: - Preciso pensar.Carolina assentiu.- Enquanto eu não tomar uma decisão, você deve estar pronta para me atender a qualquer momento. - Disse Henrique.Carolina revirou os olhos.Rodrigo não a reteve, provavelmente pe
Henrique parou abruptamente, franzindo as sobrancelhas com força.Carolina percebeu algo de errado e também parou.Caminhando lado a lado, um simples deslocamento de olhos permitiu que ela visse o conteúdo na tela do celular.Seus dedos delicados apertaram a palma da mão subitamente, a sensação dolorosa a despertou de imediato.Ela olhou para o homem que estava a apenas alguns passos de distância, a tensão que a acompanhara durante todo o dia se desfez de repente.Como ela poderia esquecer novamente que ele já era de outra pessoa?Ele e Paola eram uma família.Carolina baixou os olhos, seus longos cílios curvados escondendo as emoções em seus olhos, e murmurou suavemente: - Não precisa me acompanhar, vá logo ver Paola.- Não, estou procurando o Sr. Carlos... - Ele não terminou a frase e foi interrompido friamente por Carolina.- De verdade, não precisa, posso ir sozinha. Você deve voltar para cuidar de Paola, ela precisa muito de você agora.Henrique ficou insatisfeito, apertou um pou